domingo, 31 de janeiro de 2010

PROTESTOS CONTRA CONSTRUÇÃO DE PONTE ITAPARICA-SALVADOR (Ba)


O escritor João Ubaldo Ribeiro lidera protesto contra a construção da ponte ligando Itaparica ao continente, que irá descaracterizar o bucolismo da ilha.



Assine petição on-line (endereço ao final).

João Ubaldo Ribeiro
Da Ilha de Itaparica (BA)

Como todos os anos, vim a Itaparica, para passar meu aniversário em minha terra, na casa onde nasci. Casa de meu avô, coronel Ubaldo Osório, que fez pouco mais na vida que amar e defender a ilha e seu povo. De lá para cá, muito se tem perpetrado para destruí-los física ou culturalmente e há nova tentativa em curso. Trata-se da anunciada construção de uma ponte de Salvador para cá. Isso é qualificado, por seus idealizadores, de progresso.

EMISSÃO DE POLUENTES PELA INDÚSTRIA TÊXTIL


A indústria têxtil possui um dos processos de maior geração de poluentes, contribuindo quantitativa e qualitativamente com carga poluidora rejeitada no meio ambiente, os quais, quando não correctamente tratados,são indutores de sérios problemas de contaminação ambiental.

Aqui deveremos considerar os impactos que esta indústria potencializa de uma forma horizontal, ou seja, os aspectos ambientais negativos associados ao processo produtivo considerados desde a fase de cultivo das matérias-primas utilizadas (como por exemplo a utilização de resíduos tóxicos de pesticidas e agentes para preservação do algodão e da lã...processos de tingimento e acabamento incluindo corantes, fosfatos, metais pesados e agentes de complexação) e finalmente os resíduos resultantes do mesmo processo de fabrico (como por exemplo os lodos)...

sábado, 30 de janeiro de 2010

DIA MUNDIAL DAS ZONAS ÚMIDAS - DOIS DE FEVEREIRO


Dia dois de fevereiro marca o  Dia Mundial das Zonas Úmidas. É a data da adoção da Convenção sobre Zonas Úmidas ocorrida em 2 de fevereiro de 1971, na cidade iraniana de Ramsar  nas margens do Mar Cáspio. Anualmente, desde 1997, agências governamentais, organizações não-governamentais e grupos de cidadãos em todos os níveis da comunidade aproveitam a oportunidade para empreender ações destinadas a sensibilizar a opinião pública do valor das zonas úmidas, dos benefícios em geral, e da Convenção de Ramsar, em particular .
Em Brasilia haverá comemorações alusivas à data.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

ÁGUA UM DESAFIO PARA O SÉCULO XXI

Quando as represas que abastecem a região da Grande São Paulo estão com água saindo pelo ladrão, o estudo realizado pela Agência Nacional de Águas e publicado pelo jornal "O Estado de São Paulo" mostra que a captação e o fornecimento do precioso líquido exigirá, para não entrar em colapso, de vultosos investimentos nos próximos quinze anos.
O problema da água no Brasil, que a tem em abundância, está muito mais ligado à adequação do que à escassez. A distribuição e captação por ser desigual dá origem a áreas críticas.
 Problema a ser resolvido.
À Redação

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

APRENDENDO COM A SABEDORIA POPULAR


Com baixo custo de implementação e alto potencial transformador, as tecnologias sociais surgidas do conhecimento das comunidades apontam saídas para problemas cotidianos da população




Por: Evelyn Pedrozo Fotos Martim Garcia
Galinheiro integrado ao cultivo de hortaliças e agrofloresta é tecnologia verde


Quando aquela mulher humilde, com os pés descalços sobre a terra, usou o termo “sustentabilidade” para falar sobre o que acontece em sua propriedade, o significado da palavra ganhou forma.

RADIAÇÃO EM POÇO PREOCUPA POPULAÇÃO






Mesmo após notificação da Secretaria de Saúde da Bahia e do Inga (Instituto de Gestão das Águas e Clima), água segue sendo consumida pela população

Greenpeace Brasil


Ativistas do Greenpeace protestaram em frente ao prédio da Secretaria de Recursos Hídricos de Caetité, município do sudoeste da Bahia que abriga uma mina de urânio operada pela estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB)

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

ESPÉCIES AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO TERÃO DNA CONGELADO


Museu Americano de História Natural preserva material para futuras pesquisas


Logo abaixo da exposição dos dinossauros, um laboratório no porão do edifício novecentista do Museu Americano de História Natural (AMNH na sigla em inglês), em Nova York, abriga a mais nova coleção da instituição: oito grandes cilindros criogênicos refrigerados por nitrogênio líquido. Chamada de Coleção Ambrose Monell para Pesquisa Molecular e Microbiana, o laboratório guarda milhares de microscópicas amostras genéticas congeladas. E a coleção recebeu alguns novos – e raros – espécimes.

CERTIFICADO DE REPOSIÇÃO FLORESTAL


Empresas recebem certificado de Reposição Florestal




Mais de 400 estabelecimentos do município de São Paulo fizeram a reposição de madeira e outros produtos florestais consumidos em 2008

O gerente da Grill Hall, André Barbosa, já sabe onde ficará o certificado de Reposição Florestal de sua churrascaria. “Vamos pendurar na entrada para que os consumidores vejam que cumprimos a lei e estamos ajudando o meio ambiente”, contou. Ele e mais 442 empresas de São Paulo receberam o certificado de Reposição Florestal da Secretaria Estadual do Meio Ambiente – SMA.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

NIGERIA - NÍVEIS PERIGOSOS DE RADIAÇÃO NAS RUAS DE AKOKÁN

Areva reconhece denuncias de radiação em ruas da Nigéria


Greenpeace Rianne Teule mede os níveis de radiação nas ruas de Akokán, cidade próxima a duas minas de urânio de propriedade da empresa francesa Areva. Rianne é parte da equipe do Greenpeace que pesquisou a área e encontrou níveis perigosos de radiação. A Areva havia declarado a segurança de radiação nas ruas.

 Greenpeace / Philip Reynaers

SANTA CATARINA - O LIXO ESCONDIDO EM BIGUAÇU

Ana Echevenguá



O Instituto Eco&Ação está elaborando um diagnóstico socioambiental de Santa Catarina. Sua equipe, através de pesquisa, entrevistas, captura de imagens e coleta de documentos, fará uma radiografia da situação atual dos recursos naturais do Estado e o tratamento a estes dispensados.


Engajados nesse projeto, no dia 15 de janeiro de 2010, eu, o cinegrafista Oberdan Corrêa e o jornalista Carlos Agne, sobrevoamos a região da Grande Florianópolis, sob os cuidados do Comandante Alexandre Schlichting, da Golden Air.

sábado, 23 de janeiro de 2010

PARA 94% DOS BRASILEIROS POBREZA PREOCUPA


BBC Brasil


Brasil tem maior taxa de preocupação com a pobreza entre os 23 países


A pobreza extrema no mundo é considerada um problema muito grave para 71% das pessoas em 23 países do mundo, segundo um levantamento encomendado pelo Serviço Mundial da BBC.


No Brasil, 94% das pessoas ouvidas afirmaram que a pobreza no mundo é um problema muito grave atualmente.

LIXO MARINHO CAUSA AUMENTO DA MORTALIDADE DE TARTARUGAS



 Carla Lisboa - Fonte: Envolverde/ICMBio

A negligência com o lixo tem sido uma das principais causas da elevação do número de mortes de tartarugas marinhas no litoral brasileiro. Somente entre janeiro e agosto deste ano, mais de 44% das tartarugas necropsiadas pela equipe do Projeto Tamar no litoral dos Estados do Ceará, Sergipe, Bahia, Espírito Santo, São Paulo e Santa Catarina morreram por causa da ingestão de lixo. O levantamento mostra que das 192 tartarugas mortas, 80 tinham objetos em seu trato digestivo (estômago), principalmente plástico.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

LIXO EM FLORIANÓPOLIS - ULTIMA NOTÍCIA - DIÁRIO CATARINENSE

TRANSPORTE DO LIXO

Licitação milionária é suspensa pela Justiça

Concorrência para o transporte e destinação final de resíduos em Florianópolis, no valor de R$ 74 milhões, é questionada


A escolha da empresa que será responsável pelo transporte e destinação final do lixo urbano produzido em Florianópolis entre 2010 e 2014, numa concorrência pública de R$ 74 milhões, está suspensa por decisão da Justiça. O juiz Hélio do Valle Pereira, da Vara da Fazenda Pública da Capital, determinou a medida até que a prefeitura se manifeste sobre a suspeita de que o edital beneficiaria a atual empresa prestadora do serviço.

LICITAÇÃO IRREGULAR DO LIXO DE FLORIPA?


*Ana Echevenguá

Imagem do lixo a céu aberto no aterro da Proactiva, Biguaçu




Temporada de verão: a capital catarinense está cheia de turistas. Quem desconhece os nossos problemas, compra a propaganda midiática de que aqui é o paraíso e decide gastar seus tostões nas nossas praias.


quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

CÓDIGO FLORESTAL - REFORMAR PARA QUÊ?

Governo retoma discussão sobre Código Florestal





Depois de assinar, no fim do ano passado, o novo decreto que prorroga por dois anos o prazo para que os latifundiários que desmataram possam se regularizar, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai retomar as discussões sobre o Código Florestal, agora envolvendo a equipe ministerial. Ao que tudo indica, as pastas de Meio Ambiente e da Agricultura sentarão na próxima semana para tentar acabar com a polêmica em torno do novo texto.

EMPRESAS BRASILEIRAS ENVOLVIDAS EM DENÚNCIAS NO PARAGUAI

Por Guilherme Dreyer Wojciechowski - SopaBrasiguaia.com


Em briga de cachorro grande, que envolve a participação da organização não-governamental Survival e, até mesmo, da Anistia Internacional, empresários brasileiros, proprietários da empresa agrícola Yaguareté Porã SA, voltaram a desmatar as terras onde viveriam uma das últimas tribos isoladas da América do Sul.



A denúncia, que repercutiu nos principais meios de comunicação do Paraguai, foi protocolada pela organização Gente, Ambiente e Território (GAT), que zela pela defesa dos indígenas Ayoreo Totobiegosode que seguem à margem do contato com a “civilização”.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

A EDUCAÇÃO NO MUNDO



A crise financeira ameaça baixar os níveis de educação em todo o mundo, afirma um relatório da Unesco. Enquanto países empobrecidos tentam equilibrar seus orçamentos diante de economias minguantes, qualquer esperança de alcançar as Metas do Milêmio para a educação pode ser frustrada.


A meta fundamental é que todas as crianças do mundo tenham educação primária até 2015, diz Kevin Watkins, coordenador do ‘Educação para Todos - Relatório Global de Monitoramento 2010’, apresentado nesta terça-feira.

ENCENAÇÃO DA ILHA DE SÃO VICENTE

Raquel Santos/uol

Considerado pelo Guiness Book (livro dos recordes) o maior espetáculo teatral em areia de praia do mundo, a Encenação da Fundação da Vila de São Vicente, por Martim Afonso de Souza, se transformou em patrimônio cultural e referência nacional no que diz respeito ao resgate da memória histórica da primeira cidade do Brasil. Ao todo são mais de 2,5 mil pessoas envolvidas na produção e bastidores do espetáculo, cerca de mil atores, 3 mil peças de figurino, 300 objetos cenográficos, 280 toneladas de ferro nas arquibancadas e 1500 m² de camarins. Além disso, as exibições (ao ar livre) são feitas em uma arena de 20 mil m², com capacidade para 10 mil expectadores por dia na praia do Gonzaguinha.


Foto: Encenação 2009 (divulgação) prefeitura de são Vicente




A Encenação faz parte das comemorações do aniversário de São Vicente (que completará 478 anos), em 22 de janeiro. Em sua 28ª edição, as apresentações ocorrerão entre os dias 18 e 24. Embora o tema apresentado todos os anos seja o mesmo, o foco da narrativa traz sempre uma novidade. Em 2010 abordará a "Democracia nas Américas", que teve roteiro escolhido por meio de concurso popular. A mesma iniciativa foi adotada para a seleção da atriz Marissol Dias, que interpretará a Índia Bartira, uma das personagens centrais do enredo.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

A DESCOSTRUÇÃO DO DESCASO



Por Jamile Chequer

Grupos impactados por toda sorte de projetos - que vão desde o plantio da cana-de-açúcar e eucalipto à construção de hidrelétricas e exploração de minério - denunciaram a violação de seus direitos e a depredação do meio ambiente nas regiões onde moram. Os relatos foram feitos durante o I Encontro Sul-americano de Populações Afetadas por Projetos Financiados pelo BNDES, de 23 a 25 de novembro.

Nas cinco regiões do país, milhares de pessoas – ribeirinhos(as), quilombolas, indígenas, pescadores(as), agricultores(as) etc – sofrem com a implantação do “desenvolvimento”. O número é imensurável, a quantidade de pessoas que configuram como impactadas diretamente pelas obras é infinitamente menor que a relatada pelos grupos que ali estiveram.

No encontro, pôde-se perceber que a extensão dos danos desses projetos que envolvem grandes empresas vão além, e muito além, da valoração material. Vistas como “entraves para o desenvolvimento”, essas populações sofrem com barragens construídas a poucos metros de suas casas; nuvem de poeira por retirada de minério das jazidas; atropelamento em vias férreas sem sinalização ou passagem para pedestres; assoreamento, poluição e extinção de rios; manguezais destruídos; envenenamento e extinção de peixes, barulho constante; trânsito crescente com a presença maciça de grandes caminhões. “Nós, ribeirinhos, não temos mais o direito de pescar. Dizem que a causa é a natureza. Impacto da natureza que nada, é a desgraça da hidrelétrica”, denuncia Cleide Passos, coordenadora do Movimento de Atingidos por Barragem.

MANDIOCA: A BASE DA ALIMENTAÇÃO DO POVO AMAZÔNICO




“A mandioca é a base da alimentação da população amazônica, tanto na cidade como no interior. É difícil existir uma casa onde não há farinha como complemento alimentar. Para as famílias pobres, principalmente do interior, ela é a base do ‘chibé’”, conta o pesquisador Jorge Oliveira, do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPeg), se referindo à mistura de água e farinha que chega a ser a principal refeição do dia em comunidades de baixa renda.



Um estudo desenvolvido no Museu Goeldi, com foco na comunidade de Vila da Penha (município de Maracanã, microrregião do Salgado, nordeste do Pará), concluiu que a mandioca é a espécie que ocupa a maior área de cultivo da região.


A pesquisa se concentrou nos roçados, unidades onde se desenvolvem atividades de agricultura e se constituem em sistemas de subsistências e de produção. Agricultores estabelecem seus roçados em áreas de vegetação secundária numa atividade primordialmente familiar, mas que também pode contar com mão-de-obra contratada como diarista.


O objetivo da pesquisa foi identificar as plantas cultivadas e os modos (técnicas) de cultivo nos roçados da região do nordeste paraense para fazer a posterior comparação com as demais regiões do estado. Desenvolvida por Denize de Oliveira Rosário, bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) do Mpeg, sob orientação do pesquisador Jorge Oliveira, é intitulada “Levantamento das espécies vegetais cultivadas em roçados na comunidade de Vila da Penha – Maracanã/PA”.


“A mandioca é a espécie mais importante cultivada nos roçados (de Vila da Penha) e tem papel preponderante na socioeconomia local, por meio da venda dos diversos produtos derivados”, lembra Denize. A goma, o tucupi, a farinha e o beiju são alguns desses produtos que puderam ser observados na Vila, assim como em outras localidades. “Em Caxiuanã, no município de Melgaço (onde o Museu mantém a Estação Científica Ferreira Penna), por exemplo, as espécies verificadas foram quase as mesmas. Então, pode-se ver que a nossa região tem quase a mesma base de cultivo: mandioca (Manihot esculenta Kantz.- Euphorbiaceae), macaxeira (Manihot aypim Kantz. – Euphorbiaceae) e milho (Zea mays L. – Poaceae)”, diz Jorge. Veja os termos no Glossário abaixo.


O comércio e sustento
O excedente da produção desses produtos é comercializado na comunidade e vizinhanças. O comércio é pequeno, sendo incrementado em feriados prolongados quando turistas chegam à comunidade, que se localiza próxima à Praia de Marieta, no município de Salinópolis. A rotina dos agricultores não sofre grande alteração em virtude do aumento da população: “Eles mantêm a produção normal, sendo que o excedente que é comercializado na própria comunidade já tem o comprador confirmado nesses períodos”, conta o orientador.


Para o estudo, foram entrevistados agricultores donos de seus próprios roçados. Com área que varia de 250 a 2000 m2, o tamanho do roçado depende do número de pessoas da família e da situação financeira das mesmas. Os roçados podem garantir o sustento de famílias inteiras, e de acordo com Jorge, quem trabalha no roçado são, normalmente, os pais e os filhos mais novos. Os filhos mais velhos, com frequência, já não moram mais em casa, pois vão estudar nas cidades próximas, e até em Belém.


Mandioca, arroz e feijão
A comunidade de Vila da Penha, na Reserva Extrativista de Maracanã, guarda peculiaridades em relação a outras do seu gênero. É comum que com a chegada de tecnologias, os instrumentos tradicionais tanto de cultivo quanto de processamento sejam deixados de lado. É assim em diversas outras localidades do Pará, onde já se notam mudanças no cultivo, na utilização de implementos agrícolas e nos processos de produção. “As casas de farinha, por exemplo, estão sendo transferidas para os terreiros (quintais) das residências. Já no caso dos implementos agrícolas, nota-se uma gradativa substituição do tipiti (instrumento para extração do sumo da mandioca, o tucupi) pela prensa de madeira, e do ralador pela tarisca movida à tração humana ou a motores elétricos ou a gasolina”, explica Denize. Mas em Vila da Penha, ainda é possível observar o uso da tarisca movida à tração humana e do tipiti, assim como ainda existem as casas de farinha afastadas das moradias. Confira também o Glossário.


Alguns agricultores cultivam o arroz (Oriza sativa L. var. subulata - Poaceae) juntamente com a mandioca, enquanto o feijão (Phaseolus vulgaris L. – Fabaceae), plantado no verão, ganha área diferenciada no roçado, pois precisa de adubação especial. “O feijão não é muito cultivado, o que pode ocorrer por não ser apreciado pela população, que tem facilidade em comprar o “feijão do sul” nos mercados próximos. Então, as pessoas não vêem necessidade de cultivar o que pode ser comprado”, comenta Jorge Oliveira.
Subsistência e preservação


“É necessário saber e entender as informações sobre a alimentação na comunidade, porque, sendo a localidade uma área de reserva extrativista (resex), o sustento dos seus integrantes deve vir do extrativismo e, complementarmente, da agricultura de subsistência. É preciso saber o que existe no local, para, então, saber como utilizar isso de forma sustentável”, argumenta Jorge, ao lembrar que os objetivos básicos de uma resex são proteger os meios de vida e a cultura das populações que nela residem e assegurar o uso sustentável dos recursos naturais da unidade. Daí o objetivo da pesquisa de identificar as espécies cultivadas e as formas de cultivo na comunidade.


Além disso, segundo o pesquisador, são poucos os dados sobre as espécies cultivadas nos roçados e os modos de processamento dos produtos na região, o que foi comprovado com a pequena bibliografia encontrada para a pesquisa.


Para a utilização futura, as espécies identificadas durante a pesquisa, que foram coletadas em novembro de 2008, foram submetidas ao processo usual de herborização - prensagem, secagem e preparação de exemplar botânico -, e depositados no Herbário do Museu Emílio Goeldi.


Pequeno glossário da Mandioca


Vila da Penha - Uma comunidade amazônica - A Vila da Penha está situada no município de Maracanã, no estado do Pará, e está inserida na Reserva Extrativista de Maracanã. A Resex possui mais de 19 mil hectares e abriga áreas como restinga, mata secundária (capoeira), várzea, igapó e manguezal, além de diversas espécies de animais. O acesso à comunidade é efetuado através de transporte terrestre e fluvial, e suas principais atividades econômicas são a agricultura familiar e a pesca artesanal. O sistema educacional é municipal, sendo constituído por uma escola de curso fundamental e médio e uma pré-escola. A Vila é servida por um posto médico, serviço de abastecimento de água domiciliar, mas não possui coleta de lixo ou rede de esgotos, assim como as ruas não possuem calçamento e nem asfalto.


Casa de Farinha – Local onde se processa a mandioca, e consiste em uma barraca coberta na sua maioria com palha de “inajá” (Maximiliana maripa (Corr. Serr.) Drude - Arecaceae), de chão batido, sem paredes, onde estão o forno e os demais utensílios necessários para o processamento da mandioca. Normalmente, localiza-se próximo aos roçados e cursos d'agua, porém, hoje, pode estar localizada às proximidades das residências pela facilidade para se utilizar energia elétrica.


Forno – Um enorme tacho de latão, de formato retangular ou redondo, onde é torrada a mandioca para fazer os diversos tipos de farinha.


Farinha – É um dos principais produtos da mandioca, de uso muito difundido em todo o país e parte da dieta alimentar de muitos brasileiros. É alimento rico em carboidratos e fibras. Pode ser d'água, misturada, seca ou carimã, de coloração amarela ou branca; de acordo com o tamanho do grão, fina (para farofa), média ou grossa (para consumo direto na comida).


Tarisca ou Catitu – Uma peça em madeira de forma cilíndrica ornada com serrilhas de aço no sentido longitudinal, utilizado para ralar (cevar) a mandioca.


Beiju ou Biju – Alimento originalmente produzido por indígenas, é um subproduto do processamento da mandioca. Feito da mandioca ralada – sua parte mais fina é torrada e consumida como acompanhamento.


Tipiti – Objeto de forma cilíndrica, alongada, confeccionado com talas de guarumã (Ischnosiphon arouma (Aubl.) Koern. – Marantaceae) ou jacitara (Desmoncus orthacanthus Mart. - Arecaceae) entrelaçadas, dotado de elasticidade, usado para espremer a massa da mandioca, para a retirada do tucupi.


Tucupi – Sumo extraído da mandioca, de coloração amarelo intenso, é obtido da massa da mandioca que foi descascada, ralada e espremida (tradicionalmente usando-se um tipiti – confira verbete). Depois de extraído, o sumo "descansa" para que a goma (amido) se separe do líquido (tucupi), processo esse conhecido como decantação. Inicialmente venenoso devido à presença do ácido cianídrico, o líquido é fervido para garantir que à alta temperatura o veneno seja eliminado. Só então é usado nas famosas iguarias paraenses como o tacacá, o pato no tucupi e o molho de pimenta.


Goma – É o amido fino e branco, resultado da decantação do tucupi, após a mandioca ralada e exprimida. Com a goma são produzidos a tapioquinha, iguaria feita em pequena frigideira aquecida que se transforma em um tipo de panqueca em cuja superfície se passa manteiga ou é recheada com côco, queijo e doces diversos, como feito na culinária urbana da atualidade. Outras iguarias são o tacacá (mistura de tucupi, jambú e camarões secos) e a farinha de tapioca, constituída por grãos brancos, crocantes que se prestam à preparação de bolos, pudins, doces e salgados os mais diversos, bem como pode ser consumida como um cereal no café e no leite.


Fonte: Assessoria de Comunicação/Agência do Museu Goeldi







segunda-feira, 18 de janeiro de 2010




O III Simpósio Internacional de Cultura e Comunicação na América Latina: Integrar para além do mercado pretende reunir pesquisadores, docentes, estudantes e acadêmicos em geral, para um encontro de três dias com o objetivo de dar continuidade às discussões sobre as perspectivas de integração da América Latina no âmbito da cultura e comunicação. O CELACC (Centro de Estudos Latino Americanos sobre Cultura e Comunicação) já realizou dois simpósios na Universidade de São Paulo, ambos com financiamento do CNPq e FAPESP que debateram a comunicação e os movimentos sociais e a integração latino-americana do ponto de vista da cultura.



Com o avanço das discussões no contexto da geopolítica regional da integração do continente, o CELACC entende que é necessário um aprofundamento destas temáticas tendo em vista mudanças no cenário das indústrias culturais continentais, das políticas culturais na região e mesmo a maior visibilidade da temática da diversidade cultural, hoje reconhecida como um direito humano pela UNESCO. Assim, “integrar para além do mercado” significa integrar a espacialidade das idéias, das reflexões, dos conceitos e este é o principal objetivo deste III Simpósio que terá como atividade de lançamento o Seminário.

domingo, 17 de janeiro de 2010

BIODIVERSIDADE PODE IMPULSIONAR ECONOMIA









Agência da ONU realizou lançamento oficial do Ano Internacional da Biodiversidade em Berlim, na Alemanha
Diretor-executivo do PNUMA Achim Steiner falou sobre o papel dos ecossistemas na economia e na vida de bilhões de pessoas.

sábado, 16 de janeiro de 2010

POLUIÇÃO NOS RIOS DA AMAZÔNIA PREOCUPA


No início da década de 90 rio São Joaquim tinha água cristalina


por Suzana Lopes/UFPA.br


foto Wagner Meier

Água para beber, navegar e ter momentos de lazer é o que não falta na Amazônia. A região tem o maior recurso hídrico do Brasil – banhada pelas bacias Amazônica e Araguaia-Tocantins, que totaliza 55,29% das águas que banham o País, o maior rio do mundo em volume de água (o Rio Amazonas, com uma vazão de 190 mil metros cúbicos por segundo) e concentra 73% da água doce do Brasil.

INDIOS VIVEM EM EXTREMA POBREZA EM TODO GLOBO





Um relatório divulgado nesta quinta-feira (14/1) pela Organização das Nações Unidas (ONU) mostra que povos indígenas vivem em situação de pobreza em todo o planeta.


O documento aponta que cerca de 15% dos 370 milhões de índios existentes representam um terço das pessoas mais pobres do mundo, e um terço dos 900 milhões de pessoas que vivem em extrema pobreza (com menos de U$ 4,00 por dia) e habitam áreas rurais.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

RANKING DAS ELETRÔNICAS MAIS "VERDES" DO MUNDO SEGUNDO O GREENPEACE

SEGUNDO O GREENPEACE EM RELATÓRIO DE 10/01
Por ordem decrescente

7.3
Nokia -- Remains in first place with good scores on toxics use reduction, but loses points on energy.

6.9
 Sony Ericsson -- Moves up with top marks on toxics elimination but weak on recycling.

5.3
Toshiba -- Good score on toxics elimination but needs to meet upcoming phase out commitment by March 2010. ...


5.3
Philips -- Loses points for failing to lobby for phase out of hazardous substance in legislation.

5.1
Apple -- Continues to improve, scoring best on eliminating toxic chemicals and e-waste criteria.


5.1
LG Electronics -- LG score improves, but is still penalized for postponing date for toxics phase out.


5.1
Sony -- Maintains overall score with better energy total, but needs to lobby for stronger chemicals
 legislation.

5.1
Motorola -- Slightly reduced score, due to lack of lobbying for stronger chemicals legislation.


5.1
Samsung -- Big drop due to penalty point for failing to meet commitment to phase out hazardous substances. 


4.9
 Panasonic -- Score unchanged, strongest on energy but poor on e-waste and recycling.
4.7
 HP  Improved position thanks to clear support for global emissions reductions, but needs to lobby for improved chemical legislation.More...


4.5
 Acer -- Score unchanged but Acer is lobbying for stronger chemicals legislation.


4.5
Sharp -- Loses points due to poor information on toxics elimination and fails to support stronger chemicals legislation.

3.9
 Dell -- Reduced score on energy criteria and penalty point for delaying toxics phase out till 2011.


3.5
Fujitsu -- Improved score due to support for global carbon emission reductions and cutting its own emissions.


2.5
 Lenovo -- Score unchanged, with penalty point for indefinite delay on toxics phase out.


2.4
 Microsoft -- Reduced score, fails to support strong chemicals legislation.


1.4
 Nintendo -- Nintendo remains in last place with the same score.


Veja a matéria em português em http://www.colunadosardinha.wordpress.com/

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

NIGERIA: SHELL RESPONDERÁ EM HAIA


Por Sophie van Leeuwen/radionw

A Shell Nigéria terá que se apresentar diante de um tribunal holandês para se responsabilizar pela poluição de terras agrícolas na Nigéria, segundo foi determinado esta semana por um tribunal de Haia. Quatro agricultores nigerianos que iniciaram o processo e a Milieudefensie (organismo holandês de defesa do meio ambiente) estão satisfeitos com a determinação.
Geert Ritsema, porta-voz da Milieudefensie: “Há anos estas pessoas tentam conseguir que a Shell limpe sua bagunça e pare de poluir suas terras. Mas até agora ainda não tinham conseguido nada. Por isso tentam agora reclamar seus direitos na Holanda. Esta sentença do juiz é a primeira vitória para todos os nigerianos que há muitos anos lutam por um meio ambiente mais limpo e por seus direitos.”

LITORAL PAULISTA - PRAIAS IMPRÓPRIAS SÃO TRINTA POR CENTO




Praias impróprias

 Das 156 praias monitoradas pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), 51 estão impróprias para o banho nesta primeira semana de 2010. O número é 34% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado, quando 38 praias apresentavam condições inadequadas.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

CHINA - GRANDE ATÉ NAS CONTRADIÇÕES - veja vídeo




A China está a caminho de se transformar tanto no maior contaminador mundial como no maior investidor em tecnologia limpa.


E várias empresas holandesas têm ligação direta com isso. Por exemplo, o escritório de engenharia DHV, que está construindo com as técnicas mais modernas uma ecocidade em Tianjin.

ARTIGO




Marina Bittencourt/agencia fiocruz


A obesidade em países em desenvolvimento não é mais uma doença restrita aos grupos de melhor situação sócio-econômica e, atualmente, grupos mais pobres estão sendo atingidos. Em artigo publicado nos Cadernos de Saúde Pública da Fiocruz, pesquisadores analisam a relação entre o estado nutricional e a situação sócio-econômica de adolescentes moradores da cidade de Niterói.




Mesmo entre os mais pobres, o sobrepeso representa um problema de saúde pública que atinge 1/10 desse grupo populacional




A obesidade na infância e na adolescência já é reconhecidamente um sério problema de saúde pública. Estudos realizados no Rio de Janeiro mostram uma queda da desnutrição e um aumento da obesidade nas últimas décadas. Dados recentes sobre adultos mostram maior prevalência de sobrepeso e obesidade em mulheres de baixa escolaridade. Já no grupo dos homens, a prevalência é maior naqueles com alta escolaridade. Com os adolescentes, estas associações são diferentes. Os autores citam pesquisa conduzida pelo IBGE que evidencia que, “no Brasil, são encontradas maiores prevalências de sobrepeso em populações de adolescentes com melhores condições financeiras”.


Os pesquisadores afirmam que “o estado nutricional de adolescentes está associado com a situação sócio-econômica familiar, neste estudo indicada pela renda familiar per capita e pelo número de moradores do domicílio.” O número de moradores do domicílio está ligado ao baixo peso/magreza em adolescentes e se nota uma tendência de crescimento na proporção de adolescentes com sobrepeso/obesidade à medida que a renda familiar per capita aumenta. “Entretanto, é importante ressaltar que, mesmo entre os mais pobres, o sobrepeso representa um problema de saúde pública que atinge 1/10 desse grupo populacional, entre meninos e meninas”.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

HOLANDA: BAIRRO ECOLÓGICO

Um arquiteto holandês criou um bairro em que todos os edifícios são ecológicos e as emissões de carbono foram reduzidas a zero. Segundo ele, esta é a maior comunidade carbononeutra do mundo.


A Stad van de Zon (Cidade do Sol), no norte da Holanda, foi inaugurada como um exemplo de desenvolvimento sustentável. Ashok Balohtra, o criador da Cidade do Sol, iniciou o projeto há quase vinte anos. Trata-se de uma ilha no meio de um lago de 60 hectares, mais ou menos do tamanho de uma cidade medieval. Balohtra explica que o modelo medieval o ajudou a projetar uma comunidade pequena, muito bem articulada.

clic em "mais informações" para ler mais

SUIÇA: DESPERTAR CONSCIÊNCIAS EM 2.010


 Desde 2001, o monitoramento da biodiversidade na Suíça é feito periodicamente. (Keystone)


Mau aluno em termos de proteção da diversidade biológica, a Suíça quer aproveitar de 2010, decretado pela ONU “ano da biodiversidade”, para despertar consciências.
Para isso o país tem um plano. Explicações.




A Suíça decidiu agir. Para marcar o ano da biodiversidade decretado pela ONU, funcionários do Ministério do Meio Ambiente, Energia, Transportes e Comunicações estiveram reunidos com um série de Ongs para elaborar um programa conjunto de eventos para todo o ano 2010.

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segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

REUSO DE ÁGUA POUPARÁ R$ 80 MIL POR ANO




Projeto vai reaproveitar 24 mil litros diários de água potável


O projeto de reuso de água do Departamento de Recursos Hídricos e Meio Ambiente da Escola Politécnica da UFRJ prevê economia R$ 80 mil por ano com abastecimento a partir de um investimento de R$ 15 mil.


O projeto tem como objetivo destinar à irrigação de jardins e canteiros ornamentais do campus parte do esgoto sanitário produzido para atividades de ensino e pesquisa na Cidade Universitária e tratado no CESA. A iniciativa do Departamento de Recursos Hídricos e Meio Ambiente será conduzida no Centro Experimental de Saneamento Ambiental da UFRJ (CESA/UFRJ).


O projeto, segundo seu coordenador, o professor Isaac Volschan Jr, resultará na economia dos 24 mil litros diários de água potável utilizados atualmente para esta finalidade, que geram uma despesa anual de aproximadamente R$80 mil.


O investimento de R$15 mil será utilizado na construção de unidades de tratamento terciário, para desinfecção do efluente. "Tínhamos apenas o secundário, não suficiente para alcançar o padrão necessário para o reuso, então construímos as unidades de filtração terciárias, uma unidade para desinfecção do esgotos e uma unidade para armazenar a água".


A água será levada para os jardins por caminhão pipa, onde funcionários regarão as plantas. "A água que utilizamos no projeto poderia, em tese, satisfazer um padrão para consumo, sobre o ponto de vista das tecnologias e processos de tratamento que ela está sendo submetida. Isso somente poderia ser confirmado por uma análise laboratorial. Além disso, do ponto de vista de processo talvez precisássemos clarificá-la um pouco".


Por causa do padrão sanitário estabelecido para proteção da saúde do trabalhador, a água que chega aos canteiros não contém nutrientes, daí a necessidade da construção das novas estações para ajustar sua qualidade.


"O resultado é uma água de boa qualidade e que não apresenta um potencial nutricional que os esgotos têm - matéria orgânica, nitrogênio, fosforo -, e que o tratamento acaba removendo", explica o professor.


Segundo Volschan Jr, alguns grupos trabalham nessa linha de pesquisa de reaproveitamento de esgotos para fins de irrigação. Ele cita a Universidade de São Paulo, Universidade Federal do Rio Grande do Norte e as companhias de tratamento de efluêntes dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.


O professor diz acreditar que o projeto de reuso da água poderá ser expandido para outras obras, como é o caso da Baía de Guanabara onde o transporte dos resíduos está causando um levantamento de poeira.


"A dragagem na Baía de Guanabara causa uma movimentação muito grande de caminhões, levantando muita poeira. Existe a possibilidade do uso da água para segurar essa partículas mas ainda estamos em negociação", disse. "A idéia é também utilizar a água no necessário processo de tratamento deste rejeito dragado", disse.
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