Buraco na camada de ozônio atinge nível recorde no Ártico
Do Correio do Brasil
Redação, com Reuters - de Genebra
Uma redução recorde na camada de ozônio, que protege os seres vivos dos raios solares, foi observada no Ártico nos últimos meses, informou nesta terça-feira a Organização Meteorológica Mundial (OMM).
– A degradação da camada de ozônio atingiu um nível sem precedentes acima do Ártico nesta primavera do hemisfério norte, por conta da presença prolongada de substâncias na atmosfera que provocam a degradação e de um inverno muito frio na estratosfera –, disse a OMM em comunicado.
Observações da terra, de balões e de satélites indicam que a região sofreu uma perda de cerca de 40% na coluna de ozônio desde o começo do inverno até o final de março, segundo a agência da Organização das Nações Unidas.
A maior perda de ozônio registrada anteriormente sobre o Ártico, de cerca de 30%, ocorreu diversas vezes nos últimos 15 anos, aproximadamente, disse a porta-voz da OMM.
– Se a área com menor índice de ozônio se afastar do pólo em direção a latitudes mais baixas, pode-se esperar um aumento na radiação ultravioleta (UV) em comparação com os índices normais para a estação –, disse a OMM.
Mas qualquer aumento na radiação UV em latitudes mais baixas, distantes do Ártico, o que poderia afetar partes do Canadá, os países nórdicos, a Rússia e Alasca nos Estados Unidos, não seria da mesma intensidade que aquela sofrida nos trópicos, disse a agência.
Raios UV-B já foram relacionados ao câncer de pele, catarata e danos ao sistema imunológico humano.
– Algumas plantações e formas de vida marinha também sofrem de efeitos adversos –, informou.