O investimento em inovação para o crescimento econômico do país foi defendido no último dia 25 de maio pelo presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCT), Glauco Arbix, em audiência na Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT), do Senado Federal.
Na avaliação de Arbix, apesar do fortalecimento da pesquisa e da capacidade de desenvolver tecnologia, o Brasil ainda está muito aquém dos países desenvolvidos. Nas nações mais avançadas, as empresas que inovam representam 67% do crescimento da economia.
Para Arbix, o Brasil tem capacidade de avançar em inovação por possuir uma indústria integrada, heterogênea e diversificada. “Temos capacidade de geração própria de tecnologia. O Brasil é diferente porque construiu um parque de serviços único capaz de fazer produtos e bens altamente sofisticados”, disse.
A maioria dos pesquisadores brasileiros, quase 57%, está trabalhando nas universidades, enquanto que nas empresas são 37% e no governo 5%. Nos Estados Unidos, essa estatística é bem diferente: 79% dos pesquisadores estão nas empresas, apenas 14,8% nas universidades e 3,6% no governo. “Precisamos aproximar as universidades das empresas, da economia e manter uma sincronia fina sem nenhum prejuízo”, defendeu Arbix.
A audiência foi a primeira do ciclo “Jornada pela Inovação”, de oito debates. Ao final do ciclo será formado um grupo de trabalho para consolidar propostas legislativas de interesse à ciência, tecnologia e inovação. O presidente da CCT no Senado, Eduardo Braga (PMDB/AM), disse que o trabalho resultará mudanças efetivas no marco regulatório de ciência e tecnologia.
Além de senadores que compõem a comissão, participou da audiência o diretor de Educação e Tecnologia do Serviço Nacional da Aprendizagem Industrial (Senai), Rafael Lucchesi.
Agência FAPEAM
(Com informações do CNPq)