segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Potencial de potássio na Amazônia é confirmado

Solos da Amazônia são ricos em potássio (Imagem: Divulgação)
24/08/2011
 A Potássio do Brasil, empresa brasileira com sócios locais e internacionais, confirmou ontem o potencial para potássio de classe mundial na bacia Amazônica.
Segundo a empresa, poderão ser descobertas “múltiplas jazidas”. A confirmação foi realizada pela perfuração PB-AT-11-09, que interceptou minério de potássio com teor de 39,94% KCl (cloreto de potássio) e espessura de 1,82 metro a uma profundidade de 843,08 metros na cidade de Autazes interior do Amazonas (a 108 quilômetros de Manaus).
Sócios da empresa, reunidos na mineradora Falcon Metais, venceram, em 2008, licitação da Petrobras para exploração de Fazendinha. Mas o processo foi interrompido pelo governo na época sob alegação de que a política para o setor seria revista, o que não foi feito até hoje. Enquanto aguardavam a decisão do governo, alguns sócios da Falcon -brasileiros, canadenses e australianos- adquiriram outros direitos minerários na região.


Na primeira perfuração da área obtida no Departamento Nacional de Pesquisa Mineral (DNPM), a Potássio do Brasil comprovou o potencial de grande porte da mina. Na época, a empresa planejava fazer IPO para obter recursos necessários para desenvolver o negócio, operação agora adiada para 2012. A estimativa da companhia é que sejam necessários de US$ 3,5 bilhões a US$ 4 bilhões para produzir anualmente 4 milhões de toneladas de cloreto de potássio.
“A empresa está em processo de captação de recursos da ordem de US$ 100 milhões tanto no Brasil quanto no exterior”, informou em nota. O governo brasileiro luta para reduzir a dependência de fertilizantes importados. No caso do potássio, utilizado na produção de fertilizantes, o País importa cerca de 90% da demanda anual.

Fonte: Jornal da Ciência/FAPEAM