sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Lixo espacial: projeto americano prevê reciclagem de satélites


Durante os meses de setembro e outubro, o Apolo11
noticiou duas reentradas de lixo espacial que chamaram
a atenção, mais pelo tamanho das peças do que 
pelas consequências. 
Agora, a agência de projetos de defesa dos EUA 
apresentou finalmente um plano que tentará reciclar esse 
material antes que apresente risco ou seja destruído na
atmosfera.






Batizado de Phoenix, o projeto permitirá a reciclagem
do material que está atualmente em órbita e que segundo 
a DARPA (Projetos de Pesquisa Avançados de Defesa,
dos EUA) está avaliado em cerca de 300 bilhões de dólares.
O maior problema em fazer isso hoje em dia é que o custo 
para se interceptar um satélite em órbita é muito elevado,
o que exigirá o desenvolvimento de novas tecnologias 
robóticas. No entender de David Barnhart, gerente do 
programa Phoenix, serão necessárias novas tecnologias 
de imagens remotas e criação de ferramentas automáticas especiais, 
capazes de prender, cortar e modificar sistemas complexos em pleno 
espaço.
 “Os satélites que estão em órbita não 
foram projetados levando em consideração 
a reciclagem. Não é uma questão de apenas soltar um 
parafuso ou desconectar um painel. As juntas são 
moldadas ou soldadas, o que exige tecnologias que ainda
 não dispomos,mas que será o objetivo do Phoenix", 
explicou o pesquisador.



O objetivo inicial do Phoenix são os satélites 
geoestacionários, 
que orbitam a Terra a 36 mil quilômetros de altitude. 
Quando encerram sua vida útil, muitos desses 
equipamentos são 
colocados em uma órbita conhecida como "cemitério", 
onde
podem permanecer por milhares de anos antes de 
reentrarem na atmosfera. No entanto, muitas 
peças - especialmente as antenas - 
podem sobreviver por muito
mais tempo que a vida útil do satélite e são essas peças 
que deverão ser inicialmente recicladas. Existem centenas 
de satélites nessas condições, esperando que um dia 
possam ceder material que será usado novamente. 



Lixos e Reentradas 

Dos 40 objetos que deverão reentrar na atmosfera nos
próximos 60 dias, 13 são fragmentos restantes da colisão
entre o satélite americano Iridium 33 e o russo Cosmos 
2251, ocorrida em fevereiro de 2009 em pleno espaço. 
A maior parte do lixo é composta de restos de foguetes 
propulsores que foram usados para colocar objetos em 
órbita e que agora estão retornando à Terra. Desde o
 início do ano, 273 satélites ou restos espaciais já
retornaram à Terra, o que dá uma média de um objeto
por dia rompendo nossa atmosfera. Desses, 15 eram 
satélites e 66 consistiam de fragmentos da colisão entre
os satélites Iridium 33 e Cosmos 2251. Por ano, cerca
de 80 toneladas de material espacial retornam à Terra. 
A próxima reentrada que deverá ocorrer é a do foguete
chinês Longa Marcha CZ-3B R/B, prevista para acontecer 
em 30 de outubro. A queda desse artefato pode ser
acompanhada pelo aplicativo SATVIEW, que permite 
o rastreio de inúmeros satélites no espaço. Para seguir 
este e satélite e prever se poderão ser vistos a partir de 
sua cidade, use oSATVIEW Artes: No topo, concepção
artística mostra a quantidade de objetos em órbita da 
Terra e que um dia deverão retornar ao planeta, Na 
sequência, vídeo da DARPA mostra como deverá ser 
o resgate de satélites proposto pelo projeto Phoenix. 

Créditos: ESA, Darpa, Apolo11.com
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http://www.apolo11.com/spacenews.php?titulo=Lixo_espacial_projeto_americano_preve_reciclagem_de_satelites&posic=dat_20111026-095541.inc