Estudos genéticos oferecem dados sobre história evolutiva de espécies do Cerrado e da Mata Atlântica
Jacarandá-da-Bahia, vinhático e duas espécies de jatobá, leguminosas arbóreas de ampla ocorrência no Cerrado e/ou na Mata Atlântica, foram objeto de pesquisas coordenadas pelos professores Maria Bernadete Lovato e José Pires de Lemos Filho, do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG, com base na variação de sequências de DNA de cloroplasto, organelas que realizam a fotossíntese. A intenção do estudo foi conhecer os fatores históricos que moldaram a atual distribuição e diversidade genética dessas espécies. Segundo Bernadete Lovato, o trabalho teve como base a filogeografia ou estudo da distribuição da diversidade genética em um contexto geográfico e temporal, abordagem utilizada principalmente em estudos com espécies do Hemisfério Norte.
“Apesar da riqueza em biodiversidade, e em alguns casos, alto nível de degradação, os biomas da América do Sul têm sido pouco estudados quanto a esses aspectos, em especial o Cerrado, que juntamente com a Mata Atlântica está entre os 34 hotspots para conservação da biodiversidade, isto é, áreas prioritárias ao se considerar a necessidade de preservação da biodiversidade no planeta”, comenta a professora.
Em palestra com o tema Contribuições da filogeografia para a história evolutiva do Cerrado e da Mata Atlântica, Bernadete Lovato levará os resultados da pesquisa ao 61º Congresso de Botânica (CNBot), que reunirá em Manaus, de 5 a 10 de setembro, palestrantes do Brasil e do exterior, em debates sobre Diversidade vegetal brasileira: conhecimento, conservação e uso. A participação da professora ocorrerá no dia 7, durante o simpósio Padrões filogeográficos em espécies de plantas nos neotrópicos.
Bernadete Lovato explica que durante os períodos glaciais, em geral, as condições mais frias e secas diminuíram a área de distribuição de vegetações associadas a climas úmidos e quentes como florestas tropicais úmidas. “O contrário ocorreu para vegetações associadas a climas frios, como campos subtropicais, que se expandiram durante estes períodos, substituindo a vegetação do Cerrado e da Mata Atlântica na porção sul da área atual de sua distribuição”, completa.
As pesquisas realizadas na UFMG mostraram marcante estrutura filogeográfica nas quatro espécies, “com evidências de que as mudanças climáticas ocorridas no Pleistoceno influenciaram a sua distribuição espacial e estrutura genética atual”. Os resultados das pesquisas também trazem contribuições para orientar a conservação dessas espécies.
“Apesar da riqueza em biodiversidade, e em alguns casos, alto nível de degradação, os biomas da América do Sul têm sido pouco estudados quanto a esses aspectos, em especial o Cerrado, que juntamente com a Mata Atlântica está entre os 34 hotspots para conservação da biodiversidade, isto é, áreas prioritárias ao se considerar a necessidade de preservação da biodiversidade no planeta”, comenta a professora.
Em palestra com o tema Contribuições da filogeografia para a história evolutiva do Cerrado e da Mata Atlântica, Bernadete Lovato levará os resultados da pesquisa ao 61º Congresso de Botânica (CNBot), que reunirá em Manaus, de 5 a 10 de setembro, palestrantes do Brasil e do exterior, em debates sobre Diversidade vegetal brasileira: conhecimento, conservação e uso. A participação da professora ocorrerá no dia 7, durante o simpósio Padrões filogeográficos em espécies de plantas nos neotrópicos.
Bernadete Lovato explica que durante os períodos glaciais, em geral, as condições mais frias e secas diminuíram a área de distribuição de vegetações associadas a climas úmidos e quentes como florestas tropicais úmidas. “O contrário ocorreu para vegetações associadas a climas frios, como campos subtropicais, que se expandiram durante estes períodos, substituindo a vegetação do Cerrado e da Mata Atlântica na porção sul da área atual de sua distribuição”, completa.
As pesquisas realizadas na UFMG mostraram marcante estrutura filogeográfica nas quatro espécies, “com evidências de que as mudanças climáticas ocorridas no Pleistoceno influenciaram a sua distribuição espacial e estrutura genética atual”. Os resultados das pesquisas também trazem contribuições para orientar a conservação dessas espécies.
fonte- UFMG