Bioma Caatinga
Trabalho sobre produção florestal não-madeireira é apresentado por pesquisadora do IPT em evento no Nordeste
A pesquisadora Caroline Souza, da Seção de Sustentabilidade de Recursos Florestais do IPT, participou da 2ª Conferência Internacional sobre Clima, Sustentabilidade e desenvolvimento Sustentável em Regiões Semiáridas, em Fortaleza, e palestrou no dia 18 de agosto sobre "Produção Florestal Não-madeireira na Caatinga". O objetivo do evento foi identificar e focalizar ações para o desenvolvimento sustentável das regiões áridas e semiáridas do planeta. Participaram representantes de governos, agências das Nações Unidas, organizações intergovernamentais e não-governamentais, universidades, mídias, institutos de pesquisa e outros grupos da sociedade civil de mais de 100 países.
O trabalho da pesquisadora envolveu uma análise geral da situação da produção florestal não-madeireira (PFNM) no Bioma Caatinga, no que se refere à diversidade de produtos e de espécies, organização social, comercialização e aspectos econômicos. Após avaliar 1.177 empreendimentos de produção florestal não-madeireira no Nordeste, verificou-se que 508 (43%) estavam inseridos no Bioma Caatinga, o que mostra a importância desse bioma para a região. O estudo apontou que o grupo de produto florestal não-madeireiro mais expressivo é o de apícolas, representando 61% dos empreendimentos do bioma, seguido pelo conjunto dos grupos de fibras, madeiras, frutas e medicinais (26%) e pelos grupos de artesanato, ceras, cipó, ração animal e sementes (13%).
"O setor gera emprego e renda e apresenta potencial para contribuir com o desenvolvimento de forma social, ambiental e economicamente sustentável", afirma Caroline. Estão envolvidos nos empreendimentos analisados quase 3 mil pessoas, o que mostra que a atividade faz parte do meio de vida da população rural analisada. De acordo com o Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Caatinga (2004), a renda média 'per capita' na caatinga é de R$ 105,74. A análise mais detalhada de uma amostra de 18 empreendimentos de PFNM mostrou que a renda individual média gerada pela PFNM foi de R$ 280,00, variando de R$ 53,00 (para o grupo de medicinal) a R$ 382,00 (para o grupo de artesanato)
O trabalho da pesquisadora envolveu uma análise geral da situação da produção florestal não-madeireira (PFNM) no Bioma Caatinga, no que se refere à diversidade de produtos e de espécies, organização social, comercialização e aspectos econômicos. Após avaliar 1.177 empreendimentos de produção florestal não-madeireira no Nordeste, verificou-se que 508 (43%) estavam inseridos no Bioma Caatinga, o que mostra a importância desse bioma para a região. O estudo apontou que o grupo de produto florestal não-madeireiro mais expressivo é o de apícolas, representando 61% dos empreendimentos do bioma, seguido pelo conjunto dos grupos de fibras, madeiras, frutas e medicinais (26%) e pelos grupos de artesanato, ceras, cipó, ração animal e sementes (13%).
"O setor gera emprego e renda e apresenta potencial para contribuir com o desenvolvimento de forma social, ambiental e economicamente sustentável", afirma Caroline. Estão envolvidos nos empreendimentos analisados quase 3 mil pessoas, o que mostra que a atividade faz parte do meio de vida da população rural analisada. De acordo com o Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Caatinga (2004), a renda média 'per capita' na caatinga é de R$ 105,74. A análise mais detalhada de uma amostra de 18 empreendimentos de PFNM mostrou que a renda individual média gerada pela PFNM foi de R$ 280,00, variando de R$ 53,00 (para o grupo de medicinal) a R$ 382,00 (para o grupo de artesanato)
Para Caroline, formada em Engenharia Florestal, o importante é gerar apoio às cadeias produtivas para consolidar e fortalecer o setor. Em outubro, a pesquisadora viajará para o World Agroforestry Centre, na Indonésia, no intuito de conhecer a metodologia de avaliação de benefícios ambientais e socioeconômicos em sistemas produtivos baseados em recursos
florestais.
florestais.
Fotos da Galeria: Carlos Goldgrub