quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Noruega é número 1 em Índice de Desenvolvimento Humano, diz ONU


Relatório, divulgado nesta quarta-feira, coloca Brasil em
 84º lugar, uma posição acima do ano passado; República Democrática do Congo aparece em última posição.

República Democrática do Congo é última no ranking
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
Um relatório das Nações Unidas revela que a Noruega é o país com o melhor Índice de Desenvolvimento Humano, IDH, do mundo.
A nação escandinava é seguida por Austrália, Holanda, Estados Unidos e Nova Zelândia. A pesquisa foi divulgada, pela ONU, nesta quarta-feira, em Copenhague, capital da Dinamarca.
Futuro Melhor
De acordo com o “Relatório Desenvolvimento Humano 2011: Sustentabilidade e Equidade, um Futuro Melhor para Todos”, o Brasil ocupa a posição 84 no ranking global dos 187 países pesquisados.
A classificação está uma posição acima se comparada ao do estudo anterior quando o Brasil ocupou o 85º lugar. Desde 2006, o país subiu três posições.
Com isso, o país continua no grupo das nações com desenvolvimento alto. A compilação inclui dados sobre saúde, educação, expectativa de vida e renda dos habitantes de cada país.
Desigualdade de Gênero
O estudo do Pnud também chama a atenção para o desenvolvimento sustentável e a desigualdade de gênero.
A encarregada de informação do Pnud, Carolina Gomma Azevedo, falou à Rádio ONU sobre os desafios ambientais e a ameaça que eles representam para o progresso global, principalmente entre os países pobres.
Mas segundo ela, com políticas acertadas, os problemas podem ser reduzidos.
“O que o relatório fala é que sustentabilidade ambiental pode sim ser alcançada, de maneira mais justa e eficaz, se as desigualdades de saúde, educação, gênero forem enfrentadas todas ao mesmo tempo. Com medidas globais, especialmente com distribuição de energia porque há muitas pessoas que não têm energia hoje, e protegendo os escossistemas.”
Mulheres no Parlamento
Um outro índice do relatório do Pnud é a questão de desigualdade de gênero. Neste quesito, o Brasil ficou com a pior nota dentre os países de língua portuguesa no que se refere ao número de mulheres no Parlamento.
As melhores colocações vão para Angola e Moçambique com quase 40% de cadeiras no Congresso ocupadas por parlamentares femininas. Já o Brasil tem apenas 9,6% um pouco menos que a Guiné-Bissau com 10%.
A desigualdade social, como um todo, permanece alta no Brasil.
No cômputo geral, o país lusófono com índice mais alto de desenvolvimento é Portugal, que caiu uma posição no ranking global, passando agora ao 41º lugar e o que tem o IDH mais baixo é Moçambique, no sul da África, na posição 184.
No ranking global, a nação menos desenvolvida é a República Democrática do Congo, no centro-sul do continente africano.