quinta-feira, 14 de junho de 2012

Escritório da ONU conta custo de 20 anos sem ações contra mudanças climáticas e redução de riscos

Foram um milhão e 300 mil mortos, 4,4 bilhões afetados e US$ 2 trilhões em perdas econômicas.
A representante especial do Secretário-Geral para Redução do Risco de Desastres, Margareta Wahlström, pediu hoje (13/6) aos Estados-Membros da ONU que enfrentem as realidades do impacto humano e econômico de desastres desde a Cúpula da Terra no Rio de Janeiro, vinte anos atrás.
“Espero que a Conferência das Nações Unidas deste mês sobre o desenvolvimento sustentável tenha em conta as perdas que este planeta sofreu nos vinte anos desde a última conferência desse tipo. Durante esse tempo vimos um recorde em perdas econômicas, um grande número de pessoas mortas e bilhões deslocadas, feridas ou desabrigadas por causa da crescente exposição a eventos extremos, alimentados pela rápida urbanização, pobreza, degradação ambiental, mudanças climáticas e falta de boa governança”, disse Wahlström.


Ao longo dos últimos vinte anos, a Estratégia Internacional das Nações Unidas para a Redução de Desastres (UNISDR) estima que, a partir de dados conservadores, os desastres já mataram um milhão e 300 mil pessoas, afetou outras 4,4 bilhões e resultou em perdas econômicas de US$ 2 trilhões. “Estes são números surpreendentes quando você considera o que isso significa em termos de oportunidades perdidas, vidas destroçadas, habitações perdidas, escolas e unidades de saúde destruídas, perdas culturais e estradas levadas”.
Para Wahlström, a Conferência Rio +20 precisa ser um marco e introduzir os objetivos de desenvolvimento sustentável, a partir de prazos realistas, de modo a erradicar o enorme desperdício de recursos humanos, sociais e econômicos. “Sabemos como fazê-lo. Temos as ferramentas”, afirmou.
Todos os Estados-Membros da ONU aprovaram, lembrou a representante da ONU, o Marco de Ação de Hyogo, que detalha quais as prioridades em termos de redução do risco de desastres e a adaptação à mudança climática. “No entanto, precisamos acelerar as ações. Isto é especialmente importante na ausência de qualquer progresso significativo na luta contra a mudança climática e pela redução das emissões de gases de efeito estufa.”
com informações da ONU