terça-feira, 11 de janeiro de 2011

FONTES RENOVÁVEIS DE ENERGIA

 Energia eólica deve crescer 320% na próxima década
Torre de captação de energia eólica (Foto: Divulgação)
Com preço mais baixo, o grande potencial eólico brasileiro começa a sair do papel. A Projeção da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) aponta que a capacidade instalada das usinas movidas por ventos crescerá 320% ao longo desta década. Atualmente, as usinas eólicas instaladas somam 930 MW espalhados por 50 parques. As hidrelétricas, principal fonte de geração do País, têm 110.000 MW instalados.


Em 2011, estão previstos mais 510 MW distribuídos por 14 parques eólicos, totalizando 1.440 MW. Esse potencial é oriundo do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia (Proinfa), que fomentou a demanda no segmento, permitindo queda no preço.

A previsão é que em 2019 essas unidades geradoras tenham potência total de 6.041 MW, quase equivalente aos 6.400 MW das usinas de Santo Antônio e Jirau, que estão sendo erguidas no Rio Madeira, em Rondônia, por exemplo. Calcula-se que haja potencial para instalar até 300 mil MW de usinas eólicas.

A ideia do governo é que as termelétricas movidas a gás, óleo ou carvão cedam cada vez mais espaço às eólicas e outras fontes renováveis, bem menos poluentes e que já têm custos competitivos.

Energia eólica é de menor custo

O custo da energia eólica baixou e já chega a ser mais vantajoso do que a energia termelétrica, que gira em torno de R$ 140 a R$ 150 por MWh (megawatt-hora).
Nos três leilões feitos até hoje, o custo médio da eólica foi de R$ 140 por MWh. A geração hidrelétrica, a mais barata do mercado, custa, em média, R$ 110 por MWh.
Anteriormente, o custo para gerar pela força dos ventos ultrapassava os R$ 200 por MWh. Praticamente não havia fabricantes no País, e era preciso importar os equipamentos a custos elevados.
Segundo o presidente da EPE, Mauricio Tolmasquim, a perspectiva de crescimento está ligada ao fato de o preço ter caído. “Sempre tivemos potencial, mas, quando é caro, não dá para construir”, disse.

BNDES vai financiar nove parques na BA

O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 588,9 milhões para a construção de nove parques eólicos da Renova Energia na Bahia. A empresa vai instalar 14 parques eólicos no interior do Estado e conta também com empréstimo do Banco do Nordeste.
A carteira do BNDES para energia eólica já soma financiamentos de R$ 11 bilhões entre projetos aprovados, contratados ou em análise. Isso representa um total de 3.870 MW, patamar equivalente a quatro vezes a capacidade instalada hoje.
De acordo com o gerente do departamento de Fontes de Energias Renováveis do BNDES, Luis André Sá D’Oliveira, os projetos aprovados ou contratados são referentes a 48 parques eólicos. “Estamos começando a aprovar os projetos dos leilões de energia. Ocorreu um atraso por conta da demora no fechamento dos contratos de comercialização”, afirmou.

Agência FAPEAM
Com informações da Folha de São Paulo (Cirilo Júnior)