Cinco horas após o megaterremoto que atingiu a costa leste do Japão, a região da ruptura já contabiliza pelo menos 35 aftershocks de grande magnitude, a maioria deles ultrapassando 6.0 graus. A maior réplica foi registrada 35 minutos após o evento maior, às 03h25 pelo horário de Brasília, a 19.7 km de profundidade.
Devido à grande intensidade e características da falha, são esperados novos fortes tremores nas próximas horas e nos próximos dias, mas que deverão diminuir de intensidade à medida que ocorra estabilização do local. No entanto, réplicas ainda deverão ocorrer por um longo período, que poderá ser superior a um ano.
Se o tremor dessa sexta-feira não for recalculado e tiver sua magnitude mantida em 8.9, a diferença de energia liberada entre esse evento e o terremoto do Chile em 2010, de 8.8 graus, será de 1,4 vezes. Em relação ao terremoto do Haiti, em 2009, que atingiu 7.0 magnitudes, esse sismo é 707 vezes mais forte.
Tempo de chegada das ondas
Tempo de chegada do tsunami em diversos países:
Chile: 20h03 BRT - Peru: 21h41 - México: 13h50 - Taiwan: 06h40brt - Filipinas: 08h00 - Indonésia: 08h40 - Havaí: 10h46 BRT - Austrália: 12h35 BRT - Fiji: 12h37 BRT - Nova Zelândia: 19h15 BRT
O mapa acima mostra a altura potencial das ondas gigantes antes de atingir a costa dos países sob alerta (ver abaixo).
Terremoto
Um intenso terremoto de 8.9 graus de magnitude atingiu a região leste de Honshu, no Japão. O evento equivale à detonação de 16 mil bombas atômicas e as primeiras imagens mostram carros e casas levadas pelo tsunami que seguiu o tremor.
De acordo com dados recebidos da Rede Sismográfica Global (Iris-GSN), o mega terremoto de foi registrado ao leste da costa de Honshu, no Japão, as 02h46, pelo horário brasileiro (11/03/2011). O tremor ocorreu a 10 quilômetros de profundidade, abaixo das coordenadas 38.00N e 142.90E, cerca de 130 km de Sendai, 178 km de Fukushima e 373 km da capital Tóquio.
Pelo menos 18 países estão sob alerta de tsunami, incluindo as ilhas do Havaí, costa oeste do Alasca, Papua Nova Guiné e costa oeste dos EUA. Também está sob atenção a costa oeste sul-americana.
Imagens de TV retransmitidas pela rede CNN (acima) mostram as ondas gigantes levando carros e casas nas localidades costeiras japonesas. As cenas também mostram diversos incêndios em refinarias, mas ainda não há informações sobre danos em usina nucleares.
Este é o maior terremoto sofrido pelo Japão na Era Moderna e apesar do país ser altamente preparado para eventos desse tipo, a magnitude do tremor é tamanha que os danos deverão ser incalculáveis.
Um terremoto de 8.9 graus de magnitude libera a mesma energia que a detonação de 16 mil bombas atômicas similares a que destruiu Hiroshima em 1945, ou a explosão de 335 milhões de toneladas de TNT.
Importante: Esta notícia pode sofrer alterações ao longo do dia