Em 1992 o Brasil foi sede da mais importante conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente e o desenvolvimento, a Cúpula da Terra, também conhecida como Rio 92.
Vinte anos depois, em junho de 2012, o Rio de Janeiro será novamente a sede de um encontro dos líderes globais para discutir as medidas de proteção ao planeta. A Rio+20 será também uma oportunidade de se estabelecer as bases para um modelo de desenvolvimento sustentável.
da ONU
Filme de 28 minutos legendado pelo Centro de Informação da ONU no Brasil mostra negociações, acontecimentos e curiosidades Cúpula da Terra de 1992.
Para entender o presente, é preciso relembrar o passado. Por isso, a aproximadamente sete meses da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), o Centro de Informação das Nações Unidas (UNIC Rio) disponibiliza o documentário “A Cúpula da Terra – Conferência da ONU sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (1992)”. O filme é uma oportunidade única para entender as negociações, os acontecimentos e as curiosidades do evento marco nas discussões em torno de desenvolvimento sustentável.
Não é só de ideais e reuniões que se faz uma Conferência Global. Por trás da tentativa de se firmar acordos, existem opiniões, gafes, protestos, personalidades e acontecimentos que, em alguns casos, moldam para sempre a história da política e da diplomacia internacional. E, na Cúpula da Terra de 1992, a mais importante conferência sobre o meio ambiente e desenvolvimento já realizada, não seria diferente.
Paralelamente às reuniões políticas, artistas, organizações não governamentais, ativistas e indígenas realizavam sua própria Cúpula da Terra, com fins de monitorar o trabalho da conferência oficial. Atitude justificável. Afinal, houve propostas curiosas e atípicas para discussões ambientais como a do Presidente de Uganda, Yoweri Kaguta Museveni: “Se vocês (países industrializados) não nos derem o dinheiro nós vamos cortar as nossas árvores”.
Outras declarações chegaram a tirar risos de jornalistas. O representante do governo norte-americano, Michael Young, por exemplo, disse que os “Estados Unidos nunca colocaram pressão em alguém” – algo visto com ironia pelos presentes.
Fora essas gafes e curiosidades, o filme relembra os principais pontos conhecidos da Cúpula da Terra: as palavras de cobrança da jovem canadense; os diferentes pontos de vista em torno da responsabilidade dos países; os intensos protestos da resistência dos EUA em assinarem a Convenção de Biodiversidade; a complexidade social do Rio de Janeiro; e, principalmente, a transformação da Conferência em uma referência absoluta para discussões sobre desenvolvimento sustentável. Discussões essas que terão um novo ponto alto na Rio+20 em junho de 2012.
De olho no futuro e nos protocolos ambientais que não foram cumpridos, os votos ditos no filme do então Secretário-Geral da Cúpula da Terra, Maurice Strong, são relembrados para a Rio+20: “Não acredito que a população vá permitir que seus líderes esqueçam o que eles fizeram aqui nem o que eles não fizeram por completo ou adequadamente. Nós temos que assegurar que o caminho do Rio seja rápido, seja uma via rápida para a ação, para implementar o que foi feito aqui, para que o Rio não seja um ponto final.”