Da Radioagência NP
No primeiro semestre deste ano foram vendidas 8,6 milhões de toneladas de fertilizantes no Brasil. Um aumento 5% maior, se comparado ao ano passado. Também no primeiro semestre de 2010, foram apreendidos 10,8 mil toneladas de fertilizantes.
No primeiro semestre deste ano foram vendidas 8,6 milhões de toneladas de fertilizantes no Brasil. Um aumento 5% maior, se comparado ao ano passado. Também no primeiro semestre de 2010, foram apreendidos 10,8 mil toneladas de fertilizantes.
Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), os principais motivos da apreensão foram os problemas encontrados com os rótulos, que omitiam a composição química dos produtos.
A integrante da organização Terra de Direitos, Larissa Packer, explica que o crescimento do uso de fertilizantes está relacionado à presença dos transgênicos nas lavouras.
“Para a soja, era permitido um resíduo de agrotóxico de 0,2 ppm (partes por milhão). Com a introdução da soja RR, da Monsanto, que é resistente ao glifosato, a quantidade de agrotóxico aumentou para 2 ppm. Posteriormente, subiu para 10 ppm. No Paraná, os fiscais autuaram produtores por terem encontrado 50 ppm de resíduos. Imagine as consequências para quem se alimenta de derivados da soja!”
Larissa avalia que a apreensão de produtos ilegais no mercado se tornou comum depois que o Brasil foi tomado por empresas estrangeiras no ramo de agrotóxicos.
“Os campos cultivados de soja e de milho, por exemplo, têm uma determinada semente que é viciada em determinado agrotóxico. Os agricultores não encontram outras sementes e agrotóxicos disponíveis e, com essa compra do pacote tecnológico, é a população quem sofre pela redução de seu padrão alimentar.”
Segundo a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), aproximadamente 15% dos alimentos consumidos pelos brasileiros apresentam taxa de resíduos de veneno em um nível prejudicial à saúde.
