Cerca de 40 pesquisadores entre israelenses, palestinos e
jordanianos começaram uma tarefa que desta vez está longe
de disputar uma fronteira. Os cientistas vão perfurar o Mar
Morto a 408 metros abaixo do nível do mar em busca do
sedimento e do lodo que irão revelar dados históricos
de até 500 mil anos atrás. As amostras vão ajudar a
entender questões muito antigas desde a geologia
do Oriente Médio, arqueologia até as alterações climáticas
da Terra.
jordanianos começaram uma tarefa que desta vez está longe
de disputar uma fronteira. Os cientistas vão perfurar o Mar
Morto a 408 metros abaixo do nível do mar em busca do
sedimento e do lodo que irão revelar dados históricos
de até 500 mil anos atrás. As amostras vão ajudar a
entender questões muito antigas desde a geologia
do Oriente Médio, arqueologia até as alterações climáticas
da Terra.
inundações e mudanças climáticas ao longo do tempo”,
afirmou Ulrich Harms, cientista alemão que lidera o
programa de perfuração International Continental
Scientific Drilling Program (DOSECC).
O projeto que precisou de um ano para ser aprovado
pela Alemanha custará 2,5 milhões de dólares e terá
duração de 40 dias. A broca utilizada em pesquisas
científicas pelo mundo tem capacidade de atingir
até 1.500 metros de profundidade. Os trabalhos
começaram neste fim de semana e a broca deverá
perfurar até 1.200 metros.
Por que o Mar Morto?
Porque sua costa é o ponto mais baixo da Terra, a
408 metros abaixo do nível do mar. O Mar Morto, na
verdade um grande lago de 402 km quadrados,
está localizado em um vale cercado pela Cisjordânia,
Jordânia e Israel. Apenas o rio Jordão deságua
ali, o que faz com que o acúmulo de sedimento em
seu interior profundo esteja praticamente intacto ao
longo de milhões de anos.
O Mar Morto se difere de todas outras porções de
O projeto que precisou de um ano para ser aprovado
pela Alemanha custará 2,5 milhões de dólares e terá
duração de 40 dias. A broca utilizada em pesquisas
científicas pelo mundo tem capacidade de atingir
até 1.500 metros de profundidade. Os trabalhos
começaram neste fim de semana e a broca deverá
perfurar até 1.200 metros.
Por que o Mar Morto?
Porque sua costa é o ponto mais baixo da Terra, a
408 metros abaixo do nível do mar. O Mar Morto, na
verdade um grande lago de 402 km quadrados,
está localizado em um vale cercado pela Cisjordânia,
Jordânia e Israel. Apenas o rio Jordão deságua
ali, o que faz com que o acúmulo de sedimento em
seu interior profundo esteja praticamente intacto ao
longo de milhões de anos.
água da Terra por sua alta salinidade, entre 28%
e 35%, enquanto os oceanos mais salgados do
planeta têm de 3% a 6% de salinidade. Como
ele é isolado do mar, qualquer água doce ou
salgada que deságue nele através do rio Jordão,
ficará alí até evaporar. Depois que a água evapora,
os minerais salgados ficam depositados no Mar.
Climas e Terremotos
A lama retirada do Mar Morto vai revelar através
de suas camadas claras e escuras, períodos
antigos e recentes de chuvas, secas e
alagamentos e por consequência o clima
dominante na Terra e os efeitos do aquecimento
global. O leito do Mar Morto acumula duas
camadas de sedimentos a cada ano.
Outro dado interessante é o indício de
terremotos onde as camadas de sedimento
não estão alinhadas. “Nós vamos ser
capazes de dizer se há 368 mil anos choveu
muito, ou não, ou ainda se houve
terremotos naquela região”, disse o
pesquisador Ben-Avraham, que estuda o
Mar Morto há 30 anos.
Para a antropologia o estudo vai ajudar
nas teorias sobre as migrações do
homem primitivo, que muitos pesquisadores
acreditam ter passado pela área da bacia do
Mar Morto.
Em outro aspecto, os estudiosos querem
entender a diminuição significativa que
o lago vem sofrendo nas últimas décadas.
Hoje, se sabe que o aumento da extração
de água do rio Jordão por Israel,
Palestina e Jordânia pode ser um dos
principais fatores.
Fotos: No topo, vista da perfuratriz DOSECC
sobre o Mar Morto, fotografada em 17 de
novembro de 2010. No momento da foto o
equipamento estava pronto para ser
rebocado até o local das perfurações, cerca
de 6 km a nordeste. Na sequência, imagem
feita em maio de 2006, pelo satélite Aster,
vemos o Mar Morto ao centro, com Israel
à esquerda e a Jordânia à direita. O acidente
geográfico visto na parte inferior é a
península jordaniana de El Lisan. Créditos:
International Continental Scientific Drilling
Program / Nasa-Modis/Apolo11.com.
Fonte: Apolo11 -
http://www.apolo11.com/mudancas_climaticas.php?posic=dat_20101123-082502.inc