terça-feira, 9 de novembro de 2010

A GRANDE BARREIRA DE CORAIS IV

Parque Marinho Grande Barreira de Corais

Mergulhadores encontram vida marinha abundante nas franjas dos recifes
© Island Effects / iStockphoto
Mergulhadores encontram vida marinha abundante nas franjas dos recifes
Com a invenção do mergulho autônomo do scuba (aparelho de respiração para mergulhadores), em 1943, o tráfego para a Grande Barreira de Corais cresceu. Adicione a isso a pesca excessiva, a mineração de calcário e a perfuração de petróleo e você vai entender por que a Austrália transformou a Grande Barreira em parque marinho em 1975.

O governo federal e o governo do Estado de Queensland trabalham juntos para gerenciar os assombrosos 344,4 mil km2 do parque. A administração do Parque Marinho Grande Barreira de Corais é responsável por proteger os recifes.

Apesar de o parque não incluir a seção mais ao norte dos recifes, ele é a maior área marinha protegida do mundo. Além dos recifes em si, o parque engloba várias outras comunidades marinhas, incluindo mangues, estuários, áreas de plantas marinhas e canais do mar profundo.

Quando o parque marinho foi criado, os administradores o dividiram por zonas específicas e descreveram que atividades poderiam ou não ser realizadas nelas. As zonas variavam de zonas de uso geral, onde pescar, nadar, navegar e a maioria das outras atividades eram permitidas, a zonas de pesquisa científica, proibidas a qualquer pessoa que não fossem os pesquisadores envolvidos. Com o aquecimento global e os relatos de que as populações animais estavam declinando, o governo australiano decidiu rever a configuração do parque.

O parque marinho é agora classificado em 70 tipos de habitat distintos, com pelo menos 20% de cada habitat designados como área "no-take". Isso significa que nada pode ser removido da área, por isso, atividades como pesca e coleta de conchas são proibidas. Antes da revisão, menos de 5% do parque estavam protegidos pela condição no-take. Agora, 33% do parque estão protegidos dessa maneira [fonte: Great Barrier Reef: Zoning].
O camarão Harlequin, um dos 250 tipos encontrados nos recifes australianos
© liveostockimages / iStockphoto
O camarão Harlequin, um dos 250 tipos de camarões encontrados nos recifes australianos
 
Turistas não são os únicos que se aglomeram no parque marinho. Cientistas consideram ideais para pesquisa os recifes relativamente imaculados e a vida marinha abundante. Por exemplo, cientistas do Instituto Australiano da Ciência Marinha identificaram e detalharam a camada protetora secretada pelos corais expostos ao ar e estão trabalhando com uma companhia farmacêutica para usá-la no desenvolvimento de um protetor solar [fonte: Sammon].

Levaria uma vida toda para explorar a miríade de recifes e cays da Grande Barreira de Corais, mas isso não impede as pessoas de tentar.