Se prever terremotos é uma atividade praticamente impossível
nos dias atuais, não se pode dizer o mesmo das erupções
vulcânicas. Antes de explodir e ejetar o material magmático
do interior da Terra, os vulcões emitem uma série de
sinais e quando corretamente interpretados podem evitar
que populações inteiras sejam pegas de surpresa.
nos dias atuais, não se pode dizer o mesmo das erupções
vulcânicas. Antes de explodir e ejetar o material magmático
do interior da Terra, os vulcões emitem uma série de
sinais e quando corretamente interpretados podem evitar
que populações inteiras sejam pegas de surpresa.
Agora, cientistas das universidade de Indiana e Purdue nos
EUA, Leeds, na Inglaterra e Adis-Abeba, na Etiópia,
acreditam terem desenvolvido uma nova maneira de localizar
com precisão o local ocorrerão algumas erupções vulcânicas.
De acordo com os pesquisadores, as tensões induzidas na
crosta terrestre pelo movimento do magma durante uma
erupção podem de fato disparar outros vulcões, permitindo
que esses sejam previstos. Estudos anteriores já
apontavam para essa possibilidade, mas estavam
baseados em eventos isolados de erupção.
EUA, Leeds, na Inglaterra e Adis-Abeba, na Etiópia,
acreditam terem desenvolvido uma nova maneira de localizar
com precisão o local ocorrerão algumas erupções vulcânicas.
De acordo com os pesquisadores, as tensões induzidas na
crosta terrestre pelo movimento do magma durante uma
erupção podem de fato disparar outros vulcões, permitindo
que esses sejam previstos. Estudos anteriores já
apontavam para essa possibilidade, mas estavam
baseados em eventos isolados de erupção.
Para chegar a esta conclusão, os cientistas analisaram
a atividade vulcânica no deserto de Afar, na Etiópia,
durante o período entre 2005 e 2009 e depois de
estudarem uma rara sequência de 13 erupções
magmáticas, descobriram que cada intrusão de
rocha derretida entre as placas tectônicas arábica
e africana tinha uma causa perfeitamente mensurável.
De acordo com os resultados, as invasões não eram
aleatórias, mas estavam relacionadas devido à
mudança das tensões no interior da crosta terrestre.
a atividade vulcânica no deserto de Afar, na Etiópia,
durante o período entre 2005 e 2009 e depois de
estudarem uma rara sequência de 13 erupções
magmáticas, descobriram que cada intrusão de
rocha derretida entre as placas tectônicas arábica
e africana tinha uma causa perfeitamente mensurável.
De acordo com os resultados, as invasões não eram
aleatórias, mas estavam relacionadas devido à
mudança das tensões no interior da crosta terrestre.
A equipe focalizou os estudos em torno de um
dique (ou chaminé) vulcânico que eclodiu na
região em setembro de 2005, onde o magma foi
injetado ao longo de um dique entre 2 e 9 km
de profundidade. Um dique vulcânico é uma
longa fissura vertical criada quando o magma é
trazido à superfície através de canais no interior
da crosta da terra.
dique (ou chaminé) vulcânico que eclodiu na
região em setembro de 2005, onde o magma foi
injetado ao longo de um dique entre 2 e 9 km
de profundidade. Um dique vulcânico é uma
longa fissura vertical criada quando o magma é
trazido à superfície através de canais no interior
da crosta da terra.
Monitoramento e Previsão
Segundo o estudo, publicado na revista especializada
"Nature Geoscience", durante essa erupção os
vulcanólogos monitoraram uma grande rede de
sensores instalados próximos a 12 pequenos diques
da região e ao longo dos quatro anos da investigação
os níveis de tensão da superfície próximo a
cada dique aumentava significativamente durante cada
evento magmático.
Os dados dos sensores foram então introduzidos
em um modelo matemático de previsão baseado
nas tensões do solo, que confirmou que as 12
erupções subseqüentes seriam de fato as mais
prováveis de ocorrer de acordo com o resultado
do modelo.
em um modelo matemático de previsão baseado
nas tensões do solo, que confirmou que as 12
erupções subseqüentes seriam de fato as mais
prováveis de ocorrer de acordo com o resultado
do modelo.
"Nós demonstramos que uma erupção vulcânica
podem influenciar no disparo de outra, e isso
poderá ajudar a prever futuros eventos", disse I
an Hamling, principal autor do estudo, junto
à Escola de Terra e do Meio Ambiente da
Universidade de Leeds.
podem influenciar no disparo de outra, e isso
poderá ajudar a prever futuros eventos", disse I
an Hamling, principal autor do estudo, junto
à Escola de Terra e do Meio Ambiente da
Universidade de Leeds.
Aplicação
Hamling acrescentou que se o método
fosse aplicado este ano durante a erupção
do Ejafjallajokull, na Islândia, seria possível
prever com razoável exatidão se outros
vulcões próximos entrariam em erupção,
estimando-se a tensão na crosta terrestre.
"Conhecer o estado dessa tensão não
vai dizer quando uma erupção vai acontecer,
mas vai dar uma idéia melhor de onde é mais
provável de ocorrer", explicou o cientista, que
espera que o método possa ser usado junto
a outras formas de previsão atualmente em uso.
vai dizer quando uma erupção vai acontecer,
mas vai dar uma idéia melhor de onde é mais
provável de ocorrer", explicou o cientista, que
espera que o método possa ser usado junto
a outras formas de previsão atualmente em uso.
Ilustrações: Equipe de vulcanólogos durante as
observações no deserto de Afar, na Etiópia. Ian
Hamling aparece à esquerda da foto. Acima,
diagrama esquemático de um vulcão do tipo estrato.
1. Câmara magmática - 2. Rocha - 3. Chaminé -
4. Base - 5. Depósito de lava - 6. Fissura -
7. Camadas de cinzas emitidas pelo vulcão -
8. Cone - 9. Camadas de lava emitidas pelo vulcão
- 10. Garganta - 11. Cone parasita - 12. Fluxo de lava
- 13. Ventilação - 14. Cratera - 15. Nuvem de cinza.
Credito: Universidade de Leeds / Wikimedia Commons
Fonte: Apolo11 - http://www.apolo11.com/vulcoes.php?posic=dat_20101018-113410.inc