terça-feira, 1 de novembro de 2011

Em setembro, sistema DETER do INPE registra 253,8 km² de alertas de desmatamento e degradação na Amazônia

do INPE 



O DETER, sistema de detecção do desmatamento em tempo real do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), identificou 253,8 km² de áreas de alerta de novos casos de desmatamento e degradação na Amazônia em setembro de 2011. A distribuição das áreas de alerta nos estados da Amazônia Legal é apresentada na tabela a seguir:
Mato Grosso
110,8 km²
Rondônia
49,9 km²
Pará
46,9 km²
Amazonas
27,7 km²
Acre
6,1 km²
Maranhão
7,7 km²
Roraima
2,5 km²
Tocantins
2,2 km²
TOTAL
253,8 km²


No mapa abaixo os pontos amarelos mostram a localização dos alertas emitidos pelo DETER. Os locais não monitorados devido à cobertura de nuvens são mostrados em rosa. Em setembro de 2011, apenas 5% da Amazônia não foram observados. 
O sistema DETER produz alertas diários sobre o desmatamento na Amazônia que servem para orientar a fiscalização e garantir ações eficazes de controle da derrubada da floresta. O sucesso do uso desse sistema de alerta pode ser comprovado pelos resultados anuais do PRODES (sistema do INPE que mapeia o corte da floresta em detalhe) que desde o início da operação do DETER vem registrando o desmatamento em expressiva queda.
Cada um dos sistemas do INPE possui características próprias e diferentes finalidades: enquanto a taxa de desmatamento é medida anualmente pelo PRODES, as áreas indicadas como alertas de desmatamento pelo DETER podem ser rapidamente verificadas pelos órgãos de fiscalização e, assim, o sistema contribui para a conservação da floresta. Outra diferença importante diz respeito à escala observada, pois o DETER não capta pequenos desmatamentos.


Alerta 


Em operação desde 2004, o DETER é um sistema de alerta para suporte à fiscalização e controle de desmatamento. Embora os dados sejam divulgados em relatórios mensais ou bimestrais, os resultados do DETER são enviados diariamente ao Ibama, responsável por fiscalizar as áreas de alerta.
Em função da cobertura de nuvens variável de um mês para outro e, também, da resolução dos satélites, o INPE não recomenda a comparação entre dados de diferentes meses e anos obtidos pelo DETER.
O DETER utiliza imagens do sensor Modis do satélite Terra, com resolução espacial de 250 metros, que possibilitam detectar polígonos de desmatamento com área maior que 25 hectares. Nem todos os desmatamentos são identificados devido à eventual cobertura de nuvens. 
A menor resolução dos sensores usados pelo DETER é compensada pela capacidade de observação diária, que torna o sistema uma ferramenta ideal para informar rapidamente aos órgãos de fiscalização sobre novos desmatamentos.
Este sistema registra tanto áreas de corte raso, quando os satélites detectam a completa retirada da floresta nativa, quanto áreas classificadas como degradação progressiva, que revelam o processo de desmatamento na região. 
Os números apontados pelo DETER são importantes indicadores para os órgãos de controle e fiscalização. No entanto, para computar a taxa anual do desmatamento por corte raso na Amazônia, o INPE utiliza o PRODES (www.obt.inpe.br/prodes), que trabalha com imagens de melhor resolução espacial capazes de mostrar também os pequenos desmatamentos.

A cada divulgação sobre o sistema de alerta DETER, o INPE apresenta também um relatório de avaliação amostral dos dados. Os relatórios, assim como todos os dados relativos ao DETER, são públicos e podem ser consultados em www.obt.inpe.br/deter