Agência da ONU organiza duas reuniões no mesmo dia durante Conferência Mundial para mostrar como agricultura pode ser rentável para os produtores e desenvolvimento nacional.
Susete Sampaio, da Rádio ONU em Lyon.
A 17ªedição da Conferência de Partes, COP 17, da Convenção-Quadro da ONU sobre Mudança Climática, Unfccc, começa nesta segunda-feira, em Durban, na África do Sul, e vai até 9 de dezembro.
Logo nesta terça-feira, dia 29, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, marcará presença com duas reuniões distintas para apresentar a sua visão das práticas agrícolas “inteligentes’’ em termos climáticos. Um conceito que a agência da ONU lançou no ano passado através da publicação “Práticas Agrícolas Inteligentes: Políticas, Práticas e Financiamento para a Segurança Alimentar, Adaptação e Atenuação”.
Conhecimento do conceito
Na primeira sessão com o nome de Dia do Conhecimento da Inteligência Climática, a FAO apresenta um relatório sobre como a agricultura pode tornar-se menos dependente de combustíveis fósseis e como as áreas das florestas e da pecuária podem adaptar-se e atenuar a mudança climática.
A reunião segue com os programas que a FAO elaborou na área, um fórum de diálogo, debates sobre desenvolvimento e mudança climática, também com o objetivo de encontrar parcerias na área da economia verde.
De acordo com a agência, a agricultura pode tornar-se mais adaptada ao clima e ao mesmo tempo reduzir a vulnerabilidade dos agricultores à mudança climática e reduzir a contribuição do setor para o aquecimento global.
Este tipo de agricultura pode aumentar a produtividade e rendimento, reforçar os meios de subsistências e a resistência dos ecossistemas a mudança climática e a variância, reduzir e eliminar os gases de efeito estufa, e melhorar a segurança alimentar e os objetivos de desenvolvimento dos países.
Para isso, a FAO refere a necessidade de uma melhor gestão dos recursos naturais, como terra, água, solo e biodiversidade; a prática da preservação agrícola, florestal e da gestão dos recursos e água; e a gestão integrada das pragas.
Diálogo civil
Já na segunda reunião do dia, com o título de Diálogo com a sociedade Civil, a FAO junta-se a representantes da sociedade civil a quem pretende mostrar os seus programas e receber opiniões construtivas. A constatação de um desenvolvimento rápido desse tipo de agricultura faz a organização pensar querer comprometer-se com decisores políticos para um diálogo construtivo e uma compreensão mútua do conceito.