segunda-feira, 28 de novembro de 2011

FAO promove visão de agricultura inteligente em conferência sobre clima

Agência da ONU organiza duas reuniões no mesmo dia durante Conferência Mundial para mostrar como agricultura pode ser rentável para os produtores e desenvolvimento nacional.

Foto: FAO
Susete Sampaio, da Rádio ONU em Lyon.
A 17ªedição da Conferência de Partes, COP 17, da Convenção-Quadro da ONU sobre Mudança Climática, Unfccc, começa nesta segunda-feira, em Durban, na África do Sul, e vai até 9 de dezembro.
Logo nesta terça-feira, dia 29, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, marcará presença com duas reuniões distintas para apresentar a sua visão das práticas agrícolas “inteligentes’’ em termos climáticos. Um conceito que a agência da ONU lançou no ano passado através da publicação “Práticas Agrícolas Inteligentes: Políticas, Práticas e Financiamento para a Segurança Alimentar, Adaptação e Atenuação”.
Conhecimento do conceito
Na primeira sessão com o nome de Dia do Conhecimento da Inteligência Climática, a FAO apresenta um relatório sobre como a agricultura pode tornar-se menos dependente de combustíveis fósseis e como as áreas das florestas e da pecuária podem adaptar-se e atenuar a mudança climática.
A reunião segue com os programas que a FAO elaborou na área, um fórum de diálogo, debates sobre desenvolvimento e mudança climática, também com o objetivo de encontrar parcerias na área da economia verde.
De acordo com a agência, a agricultura pode tornar-se mais adaptada ao clima e ao mesmo tempo reduzir a vulnerabilidade dos agricultores à mudança climática e reduzir a contribuição do setor para o aquecimento global.
Este tipo de agricultura pode aumentar a produtividade e rendimento, reforçar os meios de subsistências e a resistência dos ecossistemas a mudança climática e a variância, reduzir e eliminar os gases de efeito estufa, e melhorar a segurança alimentar e os objetivos de desenvolvimento dos países.
Para isso, a FAO refere a necessidade de uma melhor gestão dos recursos naturais, como terra, água, solo e biodiversidade; a prática da preservação agrícola, florestal e da gestão dos recursos e água; e a gestão integrada das pragas.
Diálogo civil
Já na segunda reunião do dia, com o título de Diálogo com a sociedade Civil, a FAO junta-se a representantes da sociedade civil a quem pretende mostrar os seus programas e receber opiniões construtivas. A constatação de um desenvolvimento rápido desse tipo de agricultura faz a organização pensar querer comprometer-se com decisores políticos para um diálogo construtivo e uma compreensão mútua do conceito.