Ao passo que o mundo chega ao marco de 7 bilhões de pessoas, o novo relatório do PNUMA mostra as mudanças que o meio ambiente vem sofrendo nas últimas duas décadas.
Nairóbi – As mudanças ambientais que tomaram conta do planeta nos últimos 20 anos são destaque em uma nova compilação de dados estatísticos realizada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), divulgada hoje em um relatório intitulado “Keeping track of our changing Environment: From Rio to Rio+20″ (De olho no meio ambiente em mutação: Do Rio à Rio+20).
O relatório é parte da série GEO-5 (Panorama Ambiental Global – 5) do PNUMA, o documento de maior autoridade da ONU sobre o estado, as tendências e perspectivas do meio ambiente global. O relatório completo será lançado em maio de 2012, um mês antes da Conferência Rio+20 que acontecerá no Brasil no ano que vem.
O Subsecretário-Geral da ONU e Diretor Executivo do PNUMA, Achim Steiner, lembrou que “hoje termina o prazo para os governos, empresas e a sociedade civil apresentarem as suas observações sobre como a Rio+20 pode alcançar um resultado de transformação quanto à aceleração e intensificação do desenvolvimento sustentável para um mundo de sete bilhões de pessoas”.
“O relatório nos leva de volta ao nível básico, destacando desde o rápido acúmulo de gases de efeito estufa até a erosão da biodiversidade e o aumento de 40% no uso dos recursos naturais — mais rápido do que o crescimento da população global. Mas o relatório também mostra o modo como, quando há uma reação, é possível alterar drasticamente a trajetória de tendências perigosas que ameaçam o bem-estar humano — as iniciativas para acabar com produtos químicos que prejudicam a camada de ozônio compõem um exemplo vivo e poderoso”, acrescentou.
Através de dados, gráficos e imagens de satélite, o relatório do PNUMA oferece uma ampla gama de informações sobre uma série de questões-chave: população, mudanças climáticas, energia, eficiência no uso de recursos, florestas, segurança alimentar, uso do solo e água potável; com exemplos que vão desde o derretimento de geleiras no oceano Ártico até as novas tendências no uso de energia.
Os autores do relatório apontam que a falta de dados sólidos e sistemas de monitoramento para medir o progresso continuam a ser um dos obstáculos para alcançar os objetivos ambientais fixados pela comunidade internacional. O estudo mostra as peças que faltam no nosso conhecimento sobre o estado do ambiente e solicita que esforços globais promovam uma coleta de dados cientificamente credíveis para o monitoramento ambiental.
A Cúpula ‘Eye on Earth’, a ser realizada em Abu Dhabi no próximo mês, representa uma oportunidade onde cientistas, decisores políticos e governos vão trabalhar juntos para definir os principais desafios e soluções relacionados com o acesso e o compartilhamento de dados ambientais.
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