quarta-feira, 30 de março de 2011

ENCONTROS TÉCNICOS





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AGENDE-SE E PARTICIPE DO CALENDARIO IMAIS 2011 - ENCONTROS TÉCNICOS

Os encontros técnicos GMGA (Grupo Multidisciplinar de Gestão Ambiental) são aguardados com ansiedade pelos especialistas e profissionais da sustentabilidade pela programação diferenciada que sempre apresenta. São temáticas levantadas em enquete pelo Instituto Mais junto a massa critica da sustentabilidade. Pratica que vem sendo adotada desde o inicio destes encontros, em 2002. 


Em 2010, uma enquete com mais de 300 profissionais atuantes em sustentabilidade apontou os seguintes temas de interesse: Inovações,  Energia, Consumo, Mídias e Tecnologias Sociais,  Economia de Baixo Carbono,  e Tecnologias Limpas. Baseado nestes indicadores, o Instituto MAIS convidou especialistas nos temas apontados e gestores que tiveram cases selecionados para integrar o Ranking Benchmarking 2010 dos detentores das melhores práticas de sustentabilidade. 


Os encontros técnicos acontecem sempre na ultima 5ª feira dos meses de abril, junho, agosto e outubro, no auditório da Secretaria de Desenvolvimento Social (Rua Bela Cintra, 1032), das 9h00 as 12h00, em São Paulo. As vagas são limitadas, e as  inscrições pela internet por ordem de recebimento. A participação é aberta e gratuita com direito a certificado, também pela internet. O primeiro encontro do ano se realizará em 28 de abril e tratará do tema Energia e Inovações. Mais informações na URL  www.institutomais.org/calendario 

NA BUSCA DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Óleos essenciais: pelo desenvolvimento sustentável de Nova Friburgo

Débora Motta



Divulgação

Extraídos a partir de plantas aromáticas, os óleos essenciais
   podem ser opção para o desenvolvimento de Nova Friburgo

Uma mistura de substâncias voláteis extraída de plantas pode ser uma alternativa para impulsionar o desenvolvimento sustentável de Nova Friburgo. Trata-se do óleo essencial, matéria-prima importante para as indústrias cosmética e farmacêutica, além de largamente utilizado em práticas terapêuticas, como a aromaterapia.


 O projeto Aromas da Mata Atlântica – coordenado pela empresa Entrefolhas, ligada à incubadora de empresas inovadoras Origem, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) – propõe o cultivo de plantas aromáticas da região e a extração de óleos essenciais delas. Contemplada pela FAPERJ em 2010 com o edital Apoio ao Desenvolvimento de Modelos de Inovação Tecnológica Social, a iniciativa já vem gerando impactos positivos na região, tanto sociais como ambientais.

De acordo com a empreendedora Regina Célia Braga, da Entrefolhas, a região de Nova Friburgo tem clima favorável e um enorme potencial para o plantio em grande escala de ervas aromáticas e para a produção de óleos essenciais a partir delas. "O objetivo é consolidar parcerias com pequenos produtores rurais em um projeto que inclui a  implantação de cultivo em sistema orgânico. Com isso, agregar valor à agricultura regional e ajudar Nova Friburgo a se tornar um pólo de extração de óleos essenciais do Estado do Rio de Janeiro", afirma a terapeuta corporal.

Aproveitando as características regionais favoráveis, ela decidiu promover o cultivo de espécies nativas ou historicamente presentes em Nova Friburgo e adjacências. "Entre as espécies que cultivamos, estão a erva cidreira (Lippia alba) e a Mentha arvensis, ambas bem adaptadas ao local. Pesquisamos a extração de óleos de espécies nativas da Mata Atlântica, como o alecrim-do-campo (Baccharis dracunculifolia) e a espinheira santa (Maytenus ilicifolia), além de outras com comércio garantido, como RosmarinusPellargonium Patchouli", detalha.

Para cultivar essas espécies, foram selecionados até o momento 22 pequenos proprietários rurais. Cada um deles recebe treinamento técnico específico para plantar em suas propriedades as mudas preparadas e distribuídas pela Entrefolhas, segundo os critérios da produção orgânica (sem agrotóxicos). "A tecnologia de cultivo orgânico é repassada aos produtores locais por meio da capacitação deles e da assistência técnica agronômica", conta Regina.

 Para estimular a adesão dos agricultores ao projeto, a empresa oferece garantia de compra das plantas que serão matéria-prima para a extração dos óleos essenciais. "Fechamos contratos com os agricultores para garantir a compra de toda a produção deles durante um ano, o que evita que eles tenham prejuízos".

Impactos sociais e ambientais


O projeto vem trazendo benefícios sociais para a população rural de Nova Friburgo, como emprego e renda. "Uma das principais características do óleo essencial é o elevado valor agregado ao produto. O plantio dessas espécies permite rendimentos significativos em pequenas áreas de cultivo, sendo uma excelente opção para os pequenos agricultores rurais e gerando novos empregos, melhorias de condições na economia das famílias rurais da nossa região e desenvolvimento sustentável", justifica Regina Braga.
Divulgação

Embalagem rústica de fibras vegetais e material reciclado valoriza o artesanato produzido por comunidade do local 
Ela ressalta que a necessidade de movimentar a economia local torna-se mais evidente ainda depois dos deslizamentos de terra causados pelas fortes chuvas, que afetaram a região no início de 2011. Outra forma de envolver a força de trabalho da região foi o fechamento de uma parceria para a produção de embalagens especiais para os óleos, concebidas segundo critérios ecologicamente corretos. “As embalagens ganharam novas atribuições. Elas são personalizadas com o artesanato produzido por mulheres da comunidade de Galdinópolis, com fibras vegetais e materiais reciclados”, diz a empreendedora.Depois da etapa do cultivo e da coleta das plantas, o próximo passo é o processo de extração dos óleos essenciais, realizado no laboratório da própria Entrefolhas, que deve ser incrementado com a chegada de um destilador de maior porte. "Com o apoio da FAPERJ, em breve vamos trabalhar com o destilador D-100, capaz de comportar 100 kg de plantas durante cada operação para extração de óleos essenciais", adianta. "Poderemos obter uma média de 600 a 800ml de óleo essencial para cada uma hora e meia do processo de extração", estima.

Outro desdobramento do projeto é a preservação ambiental.

 "O trabalho junto às comunidades rurais, na troca de conhecimentos das plantas medicinais da flora local, no preparo e uso de suas aplicações, contribui para a conscientização ambiental da população e de seus valores patrimoniais naturais", explica a empreendedora. Nesse intuito, a recuperação de áreas degradadas da Mata Atlântica também se destaca. "Nas propriedades rurais responsáveis pelo cultivo das plantas, há um cuidado de reativar solos degradados por desmatamentos anteriores, por meio do plantio diversificado. Não cultivamos apenas plantas medicinais, mas prezamos pela mistura delas com outras espécies nativas para não criar uma monocultura, o que dificultaria a recuperação desses solos", destaca.

A comercialização do produto final para as indústrias que utilizam óleos essenciais, no entanto, ainda depende de alguns procedimentos técnicos e legais, como o registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). "Depois dessa fase de trâmites legais e testes técnicos decisórios, estaremos prontos para prospectar os clientes. Estaremos abertos a parcerias nesse sentido para inserir o produto no mercado", conclui Regina Braga. Também fazem parte da equipe da Entrefolhas o sócio Leonardo Pinheiro, especialista em agricultura biodinâmica, o farmacêutico Janilson Pereira Burkhardt , o engenheiro agrônomo Beny Attias e a assistente administrativa Andrea Almeida.

© FAPERJ – Todas as matérias poderão ser reproduzidas, desde que citada a fonte.

terça-feira, 29 de março de 2011

RAIOS GAMA E O MISTÉRIO DOS RELÂMPAGOS

Pulso de raios gama terrestre pode explicar mistério dos relâmpagos

Normalmente, os mais intensos pulsos de raios gama ocorrem no espaço, próximos aos buracos negros ou outro fenômeno cósmico de alta energia. No entanto, alguns desses flashes acontecem aqui na atmosfera da Terra, deixando os pesquisadores intrigados desde 1990, quando foram detectados pela primeira vez.


Raios gama terrestres

Batizados de Raios Gama Terrestres, ou TGFs, esses poderosos pulsos aparentam ter alguma conexão com os tradicionais relâmpagos, apesar de serem completamente diferentes.


Algumas estimativas apontam que partículas individuais em um TGF podem ultrapassar a marca de 20 mega-eletrons volt (MeV). Para se ter uma idéia, as coloridas auroras que ocorrem devido ao choque das partículas solares na alta atmosfera não chegam a 1 milésimo dessa energia.
"Até 1990, ninguém sabia da existência desse fenômeno. Com toda essa energia, o TGF é o mais potente acelerador natural de partículas que existe na Terra", disse Doug Rowland, ligado ao GSFC, Centro Espacial Goddard, da Nasa.

Até o momento, existem muito mais perguntas sobre a natureza dos TGFs do que respostas. O que causa esses flashes de alta energia? Eles auxiliam no processo de disparo dos relâmpagos? Poderiam ser responsáveis por algumas partículas de alta energia encontradas no Cinturão de Van Allen que provocam danos aos satélites?Para investigar essa e outras questões, Rowland e seus colegas projetaram um pequeno satélite que será colocado em órbita na alta atmosfera terrestre e que deverá retornar as primeiras medições simultâneas de TGFs e relâmpagos. Batizado de Firefly, o satélite tem o tamanho de uma bola de futebol e custará menos de 1 milhão de dólares.

Formação


A maior parte do conhecimento sobre os TGFs foi adquirido com base nos dados de missões espaciais que observam os raios gama vindos do espaço profundo, entre eles o Observatório Compton de raios gama, que descobriu os TGFs em 1994. Na ocasião, o observatório detectou flashes de raios gama quando ainda se dirigia ao espaço e para surpresa dos pesquisadores descobriu-se que os pulsos registrados tinham origem na atmosfera terrestre.



No céu acima das tempestades, poderosos campos elétricos gerados pela tormenta são disparados para o alto, muitos quilômetros acima da atmosfera superior. Estes campos elétricos aceleram os elétrons livres próximos à velocidade da luz, que quando colidem com as moléculas de ar produzem raios gama de alta energia e também mais elétrons, criando uma verdadeira cascata de colisões e talvez mais TGFs.
Aos nossos olhos, um TGF não parece grande coisa. Ao contrário dos raios comuns, que liberam sua a energia na forma de luz visível, os TGFs a liberam na forma de raios gama, invisível aos nossos olhos. No entanto, essas erupções invisíveis podem ajudar a explicar como os relâmpagos são disparados.
MistérioUm mistério de longa data sobre os relâmpagos é como os disparos têm início. Os cientistas sabem que a turbulência no interior de uma nuvem separa as cargas elétricas, produzindo enormes voltagens. Entretanto, a tensão necessária para ionizar o ar e gerar uma centelha é de cerca de 10 vezes maior do que a tipicamente encontradas dentro das nuvens de tempestades.

"Nós sabemos como as nuvens se carregam, mas não sabemos como se descarregam", disse Rowland. "Esse é o mistério."Segundo o pesquisador, o TGF poderia providenciar a faísca necessária. No entender de Rowland, a geração de um violento e repentino fluxo de elétrons poderia ajudar a disparar o raio, fornecendo o restante da energia necessária à ionização.


Se for assim, deverá existir muito mais TGFs por dia do que o conhecido atualmente. Dados do satélite Compton e outros observatórios indicam que esse número não ultrapasse100 TGFs por dia em todo o mundo, mas a quantidade de raios é superior a 1 milhão por dia.

Isso pode ser explicado pelo fato de que nem o telescópio Compton ou outro observatório procura pelos raios gama vindos da Terra. O objetivo do Firefly será o de olhar especificamente para a atmosfera da Terra e não para o espaço e produzir a primeira pesquisa sobre a atividade de TGFs.

Os sensores do Firefly terão alta sensibilidade, capaz de detectar os flashes mais fracos ou que são atenuados pela atmosfera. Com os novos os dados cientistas terão mais subsídios para estimar o número real de TGFs em todo o mundo e determinar se existe ou não ligação entre eles a centelha inicial das descargas atmosféricas.


Arte: Concepção artística mostra como os flashes de raios gama partem em direção à alta atmosfera. Os campos elétricos são gerados pela tormenta e disparados para o alto, em direção à atmosfera superior. Ali, os elétrons livres são acelerados próximos à velocidade da luz e quando colidem com as moléculas de ar produzem raios gama de alta energia. Crédito: Nasa/GSFC.Direitos Reservados

Ao utilizar este artigo, cite a fonte usando este link: Fonte: Apolo11 - http://www.apolo11.com.spacenews.php?posic=dat_20100202-102159.inc



USO ABUSIVO DE AGROTÓXICOS

Sistema Inteligente auxilia no uso de agrotóxicos
Pesquisas acontecem no campo e no laboratório (Foto: Divulgação)
O uso abusivo de agrotóxicos é um fator preocupante no Brasil, ainda mais quando se verifica que o setor de agronegócio já representa 26,4% do Produto Interno Bruto (PIB) e 39% dos empregos no País.



Atenta à problemática, a doutora em Biologia de Água Doce e Pesca Interior pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Andrea Viviana Waichman, por meio do projeto ‘Desenvolvimento de um sistema inteligente de suporte à decisão para avaliação de riscos do uso de agrotóxicos no Estado do Amazonas’, propôs um estudo que orientasse o uso adequado destes produtos.


Com o apoio do Programa Integrado de Pesquisa e Inovação Tecnológica (Pipt) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), o sistema inteligente consiste na junção de diversos softwares, pelo qual é avaliada uma determinada área agrícola. Assim, segundo a pesquisadora, pode ser realizada uma agricultura ambientalmente mais correta ao avaliar opções de aplicação dos agrotóxicos que sejam menos prejudiciais ao homem e ao ambiente.


O sistema inteligente consegue apresentar soluções relativamente simples extraídas de situações pertinentes à realidade agrícola, além da capacidade de incorporar novas informações e ferramentas. “Em geral esses sistemas são utilizados por gestores das agências de controle ambiental e de apoio à produção, além auxiliarem no registro de agrotóxicos em diversos países, mas ainda não tinham sido utilizados em regiões tropicais”, afirma Waichman.

Agrotóxicos prejudiciais

Em Manaus os resíduos de agrotóxicos foram encontrados no solo, na água superficial, na subterrânea, em verduras comercializadas nas feiras e supermercados. Porém, Andréa Waichman ressalta que “a presença dos agrotóxicos no ambiente não significa necessariamente que existam riscos à saúde humana e ao ambiente, a menos que estejam em níveis acima do aceitável, ou dos padrões de qualidade vigente”.


De acordo a doutora os riscos nas regiões tropicais são decorrentes das formas de uso dos agrotóxicos na produção agrícola. “Vários fatores contribuem para estes riscos, como a falta de treinamento e de conhecimento dos perigos dos agrotóxicos que contribuem para uma manipulação descuidada durante a preparação, a aplicação e a disposição das embalagens vazias, que muitas vezes são descartadas nos corpos d’água próximos às áreas de plantio ou na floresta”, disse.


O que é um agrotóxico

Os agrotóxicos são produtos de processos físicos, químicos ou biológicos destinados ao combate de pragas ou doenças que afetem as culturas agrícolas. Eles podem ser classificados como pesticidas ou praguicidas, que combatem insetos em geral, fungicidas, que atingem os fungos, e herbicidas, que matam as plantas invasoras ou daninhas.

Dicas para uso adequado de agrotóxicos

* Respeite os prazos de carência na aplicação dos agrotóxicos;
* Não borrife as frutas e verduras até o momento de serem comercializadas;
* Agrotóxicos matam não somente as pragas, mas também outros organismos que são necessários à manutenção da própria produtividade das áreas agrícolas, como os polinizadores e os organismos que vivem no solo e são de fundamental importância para fazer a decomposição da matéria orgânica e manter a fertilidade do solo;
* Excesso de agrotóxicos coloca em risco o fornecimento de alguns serviços ecossistêmicos;

Sobre o Pipt

O Programa Integrado de Pesquisa e Inovação Tecnológica da FAPEAM consiste em apoiar, com auxílio-pesquisa e bolsas, mestres e doutores vinculados a instituições públicas e privadas, sem fins lucrativos, interessados em realizar pesquisas científicas e tecnológicas no Amazonas.


Redação: Margarete Rocha
Edição: Fábio Guimarães – Agência FAPEAM

segunda-feira, 28 de março de 2011

POLÍTICA NACIONAL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA

Por Júlio Santos, da Agência Ambiente Energia
 Assim como empresas de setores como energia, industrial, hoteleiro, alimentício e supermercadista, governos nas três esferas buscam identificar o tamanho de suas “pegadas” de carbono. 
A criação de políticas e leis específicas sobre mudanças climáticas, que estabelecem metas de redução das emissões de gases de efeito estufa de 20% a quase 40%, aponta a forte intenção de estados e municípios entrarem de vez na economia verde. Com a aprovação da Política Nacional sobre Mudança do Clima, estima-se que, até 2020, sejam necessários investimentos de quase R$ 400 bilhões para mitigação e adaptação à uma economia de baixo carbono.



Na esteira da legislação, um item básico começa a ganhar espaço também no setor público. Trata-se do inventário das emissões de gases de efeito estufa (GEE). Estados como São Paulo e Paraná, e as cidades do Rio de Janeiro e Curitiba (PR), por exemplo, já fizeram os diagnósticos de suas “pegadas”. A expectativa de especialistas em sustentabilidade é que, com a regulamentação das leis estaduais e municipais sobre clima, este tipo de análise seja feito por um maior número de cidades e estados.
A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) pretende divulgar, em breve, o resultado da audiência pública do 1º Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Estado de São Paulo, um primeiro passo para cumprir a meta de redução das emissões em 20% até 2020, conforme estabelecido pela Política Estadual de Mudanças Climáticas. O estudo, que abrange o período 1990-2008, envolve os setores de agropecuária, energia, indústria, resíduos e uso da terra, com os seus vários subsetores.
Instituído pela Política Estadual de Mudanças Climáticas (PEMC – Lei Estadual nº 13.798/2009) e regulamentado pelo Decreto 55.947/2010, o Inventário Estadual foi desenvolvido com apoio da Embaixada Britânica no âmbito do Projeto “Apoio à Política Climática do Estado de São Paulo”, desenvolvido sob a responsabilidade do Programa de Mudanças Climáticas do Estado de São Paulo – Proclima da Cetesb.
Desenvolvido numa parceria entre a prefeitura e o Centro Clima da Coppe/UFRJ, o inventário de emissões de GEE da cidade do Rio de Janeiro, com base em 2005, avaliou as emissões de Dióxido de Carbono (CO2), Metano (CH4) e Óxido Nitroso (N2O). Considerou os setores de energia; processos industriais e uso de Produto; agricultura; florestas e outros usos do solo; e resíduos. O diagnóstico apontou, naquele ano, uma emissão total de 13 milhões de toneladas de CO2 equivalente.
Por setores, o de energia figurou em primeiro lugar, com 64% das emissões de GEE, devido, sobretudo, à queima de combustíveis fósseis no setor de transporte rodoviário. O setor de resíduos ficou em segundo lugar, com 31%, sendo os resíduos sólidos urbanos os principais responsáveis. Os processos industriais e uso de produtos representam 3% das emissões.
Em novembro de 2010, o estado do Paraná divulgou o seu primeiro “Inventário de Gases de Efeito Estufa/GEE de Resíduos”, que avaliou a emissão anual do gás metano no efeito estufa entre os anos de 1990 a 2005, considerando os setores de resíduos sólidos (lixo), esgoto doméstico, esgoto comercial e os efluentes industriais. No período, estes setores responderam pela emissão de 1.542,39 gigagramas (Gg) de gás metano (CH4), sendo que, em 1990, a emissão era de 93,55 Gg e em 2005 aumentou para 129,11 Gg. O estudo constatou o crescimento de 69% no volume de gases emitidos pelos resíduos no Paraná.
Workshop - No dia 9 de abril, o Portal Ambiente Energia promove, no Rio de Janeiro, o Workshop Inventário de Emissões de GEE, que tem como objetivo apresentar os principais conceitos e metodologias de cálculo para a realização de inventários corporativos de gases de efeito estufa. O workshop será ministrado por Carlos Roberto Sanquetta, professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e diretor do Instituto de Pesquisass em Biomassa e Sequestro de Carbono (Biofix).
Com larga experiência nas áreas de Ecologia, Mudanças Climáticas e Sequestro de Carbono e autor de quatro livros sobre clima global, mercado de carbono e fixação de carbono, Sanquetta atuou na coordenação do Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa da cidade de Curitiba, em 2010. Também trabalhou na elaboração do projeto de MDL florestal para a Companhia Paranaense de Energia (Copel); e do projeto de quantificação de carbono na biomassa em reflorestamentos no entorno da Usina Barbosa Lima Sobrinho e suas implicações no balanço de emissões, pelo Cenpes/Petrobras.


Serviço
Workshop Inventário de Emissões de GEE
Data: 09 de abril
Local: Avenida Rio Branco, nº 103/21º andar
Horário: 8:30 às 18:30
Inscrições: R$ 520,00
Telefone: (21) 3872-0355

A HORA DO PLANETA



RIO DE JANEIRO BRASIL
   Thais Leitão
Agência Brasil
Alguns dos principais cartões-postais do Rio de Janeiro, como o Cristo Redentor, as praias de Copacabana e do Arpoador, além da Catedral Metropolitana, e dos Arcos da Lapa, ficaram às escuras por uma hora na noite de ontem (26), durante a Hora do Planeta. A iniciativa faz parte de uma mobilização mundial, promovida pela organização não governamental World Wide Fund (WWF), com o objetivo de chamar a atenção da população para a necessidade de preservação do meio ambiente.

domingo, 27 de março de 2011

VENDA DE CARNE DE PEIXE-BOI DÁ MULTA

Ibama multa responsáveis por distribuição de carne de peixe-boi no Pará

Por Nelson Feitosa, do Ibama


Belém – Nesta quarta-feira (23/03), a prefeitura e o secretário de Meio Ambiente de Abaetetuba, Raimundo Rodrigues Cardoso, foram multados cada um em R$ 5 mil por distribuir a carne de um peixe-boi à população da cidade, a 101 km de Belém, no nordeste do Pará.

O episódio ocorreu em 2010 e ganhou repercussão após a exibição no Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) de um vídeo amador em que o animal aparece sendo esquartejado por um pescador

sábado, 26 de março de 2011

FAPESP FAZ CHAMADA PARA O PRONEX


FAPESP lança chamada para Pronex

Fundação e CNPq apoiarão projetos de pesquisa fundamental e aplicada em temas relacionados a diversas áreas do conhecimento, no âmbito do Programa de Apoio a Núcleos de Excelência

A FAPESP e o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), por intermédio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), lançam chamada de propostas de pesquisa no âmbito do Programa de Apoio a Núcleos de Excelência (Pronex).

Podem participar da seleção pesquisadores vinculados a instituições de ensino superior e de pesquisa, públicas e privadas sem fins lucrativos, no Estado de São Paulo.
A chamada tem como objetivo identificar, selecionar e apoiar projetos de pesquisa fundamental e aplicada, de classe mundial, em temas relacionados às mais diversas áreas do conhecimento, em consonância com os objetivos do Pronex.
O programa visa a nortear a formação de grupos organizados de pesquisadores e técnicos de alto nível, em permanente interação, com reconhecida competência e tradição em suas áreas de atuação técnico-científica, capazes de funcionar como fonte geradora e transformadora de conhecimento científico-tecnológico para aplicação em programas e projetos de relevância ao desenvolvimento do país.

sexta-feira, 25 de março de 2011

A HORA DO PLANETA

Está chegando a Hora do Planeta

Por Ana Carolina Amaral, da Envolverde




Apagar as luzes das 20h30 às 21h30 no próximo sábado, 26. Esse é o pedido da ONG WWF para que o mundo demonstre sua preocupação com o aquecimento global. 

O projeto busca se diferenciar pelo uso de menos energia na chamada de atenção, em vez do protesto através de mais gasto. “Apague a luz para ver um mundo melhor” é o mote que traduz essa lógica.

GEOTERMIA - ALTERNATIVA NA PRODUÇÃO DE ENERGIA


Geotermia poderia abastecer a demanda energética mundial

Do Correio do Brasil
 Por Redação, com DW - de Berlim
Energia Termal
Energia Termal
Já os antigos romanos usavam as termas – uma espécie de oásis relaxante destinado aos ricos e poderosos da Antiguidade –  construídas sobre fontes quentes, de onde jorravam águas sulfurosas.
Mesmo séculos depois, o mundo continua aproveitando o calor vindo do interior da Terra. Na Itália, em 1913, foi fundada a primeira usina capaz de gerar eletricidade a partir das altas temperaturas no subsolo. Era desenvolvida uma nova forma de energia: a geotérmica.

quinta-feira, 24 de março de 2011

CONTADOR GEIGER MEDE RADIAÇÃO EM TÓQUIO


Voluntário transmite ao vivo nível de radiação em Tóquio




Diante da terrível situação pela qual passa o Japão, é natural que as autoridades tentem controlar as informações que chegam à população. Recentemente, um boato de que os níveis de radiação em Tóquio estariam elevados fez com que diversas pessoas deixassem a capital. No entanto, um voluntário localizado nos arredores da cidade está monitorando os níveis de radiação e colocando ao vivo as imagens na internet.

contador Geiger


O instrumento utilizado pelo voluntário japonês é o conhecido como contador Geiger-Muller, inventado em 1913 pelo alemão Hans Geiger e aperfeiçoado em 1928, em conjunto com seu compatriota Walther Müller.


BIODIVERSIDADE - A CAÇA EM DISCUSSÃO

A caça e as ameaças à biodiversidade

Membro do INCT Biodiversidade e Uso da Terra na Amazônia, projeto Perda de Bbiodiversidade nos Centros de Endemismo do Arco do Desmatamento, Carlos Peres discute os impactos da ação humana no ecossistema amazônico e os fatores “invisíveis” que estão ausentes do debate sobre efeitos globais do desmatamento, atualmente dominado pelo tema emissões de carbono

Agência Museu Goeldi -É senso comum pensar que a manutenção da cobertura vegetal amazônica garante o equilíbrio do ecossistema e da biodiversidade, todavia, estudos demonstram que a conservação ambiental ainda é um grande desafio para a ciência. 

Na palestra “Erosão da biodiversidade compromete os serviços ecossistêmicos das florestas amazônicas”, que inaugurou a programação do Museu Emilio Goeldi no Ano Internacional das Florestas, Carlos Augusto da Silva Peres, pesquisador da Universidade de East Anglia (Norwich, UK) e PhD em Ecologia Tropical e Conservação, chamou atenção para o fato de que a complexidade da floresta e sua dinâmica interna são fundamentais para o equilíbrio dos serviços ecossistêmicos, e explicou que, para além das atividades conhecidas, fatores “invisíveis” contribuem para este fenômeno. 

quarta-feira, 23 de março de 2011

CÓDIGO FLORESTAL E OUTRAS COISINHAS MAIS

Sobre prostituição e peixes

 
Por José Truda Palazzo Jr.
Autor desconhecido.
Autor desconhecido.
Juntando as notícias sobre o bestial aumento recente do desmatamento na Amazônia e o lobby do “comunista” amante do latifúndio, Aldo Rebenta, tentando emplacar o fim do Código Florestal Brasileiro, com o apoio velado e safado do (des)governo reinante, não é de se estranhar que estejamos entrando 2011 com o mesmo, eterno predomínio dos temas florestais na agenda ambiental brasileira, enquanto o mar continua mais abandonado que filhos de favelados do bolsa-esmola.
Neste clima de só se pensar em florestas, e de ao menos parte das ONGs que lidam com o tema marinho serem dependentes de fundos e de salamaleques oficiais e por isso não meterem a boca no mundo sobre os descalabros que se sucedem nas águas de nossa combalida Banânia, não é de se estranhar, pois, que tenha passado totalmente despercebida a notícia de que o (des)governo dilmento e luLLesco está por chancelar a prostituição definitiva dos recursos marinhos brasileiros para as grandes máfias internacionais da pesca industrial, através da cessão pura e simples dos direitos de pesca para a maior empresa atuneira do Japão, a instalar-se, com beneplácito e jabás oficiais, no Rio Grande do Norte . 

MICROSCÓPIO MAIS POTENTE DO MUNDO

Com método inovador, cientistas criam microscópio mais potente do mundo

Foto: Nature Communications
As contas reúnem e refocam as ondas que normalmente se perdem
Cientistas britânicos conseguiram fazer com que um microscópio ótico conseguisse enxergar objetos de cerca de 50 nanômetros (bilionésimos de metro), oferecendo um olhar inédito sobre o mundo "nanoscópico".
A técnica, que alcança a maior resolução de que se tem notícia, poderia ser utilizada para observar vírus, diz a equipe de pesquisadores.

A IMPORTÂNCIA DO SANEAMENTO BÁSICO

Crianças sem acesso ao saneamento básico podem ficar menos inteligentes

Por Ana Carolina Amaral, da Envolverde




“O saneamento é provavelmente o investimento mais importante em saúde pública, afinal grande parte dos parasitas são transmitidos pela água."  A afirmação do doutorando em Biologia da Universidade do Novo México (EUA) não vem de uma preocupação propriamente com as doenças infecciosas, mas com a relação negativa entre elas e o coeficiente de inteligência (QI).

terça-feira, 22 de março de 2011

DESEQUILÍBRIO ECOLÓGICO

Raposas entram nas cidades

Animais selvagens como a raposa se aproximam cada vez mais dos espaços urbanos.
Animais selvagens como a raposa se aproximam cada vez mais dos espaços urbanos. (RDB)
or Jean-Michel Berthoud, swissinfo.ch

A população de raposas na cidade de Zurique aumenta constantemente.

Esse é um problema presente em todas as metrópoles do país, mas que pode ser resolvido através da cooperação entre guardas florestais e a população.

Parada de Schmiede Wiedikon, em um bairro de Zurique. Os passageiros enfrentam o frio na plataforma com pesados casacos e esperam pacientemente o trem. Apenas um dos presentes parece estar com muita pressa: uma raposa, que corre entre as pernas das pessoas, uma cena não muito incomum em Zurique.