Estudantes pesquisam valor nutritivo da macaxeira, banana pacovan e jerimum
Valor nutritivo da macaxeira é um dos alvos da pesquisa (Foto: Ricardo Oliveira/Ag.FapeamUm grupo de estudantes da Escola Estadual Ghuilherme Buzaglo, no município de Novo Aripuanã, a 225 quilômetros de Manaus, começaram a investigar o valor nutritivo de alimentos regionais, como a macaxeira, a banana pacovan e o jerimum, com o intuito de inclui-los no cardápio da merenda em todas as escolas do local.
O projeto, sob coordenação da professora Rosicléia de Sá Vinhoti, especialista em Historiografia do Amazonas, tem o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), via Programa Ciência na Escola (PCE)/ Seduc, com recurso no valor de aproximadamente R$ 4, 7 mil, previsto para o mês de outubro.
De acordo com a coordenadora da pesquisa, cinco bolsistas já receberam bolsas em parcelas de R$ 120 equivalentes a três meses, além do auxílio de R$ 461 para a coordenação e de R$ 360 para o apoio técnico, gerenciado pela professora Elaine Cardoso.
Com duração de seis meses, previsto para ser concluído em dezembro próximo, o projeto já conta com um levantamento bibliográfico sobre os nutrientes, além do contato feito com a Pastoral da Criança, para pesquisa de cardápios.
Próxima etapa da pesquisa
A próxima etapa, explica Vinhoti, será a visitação in loco na zona rural, onde, acompanhados de um técnico do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam), os jovens cientistas, a coordenadora e a responsável pelo apoio técnico, conhecerão como funciona o processo de plantio, colheita e armazenamento dos alimentos.
"Depois dessa fase, compraremos os produtos, escolheremos uma cozinha para prepararmos as merendas e levaremos à escola. A ideia é que todos da rede de ensino adotem o cardápio regional como complemento nutricional dos alunos", enfatizou.
Alguns dos itens do cardápio são compostos por bolo de macaxeira, mingau de banana, de jerimum, pudim, entre outros. A equipe solicitou também a participação de um nutricionista. "Atualmente a merenda é feita com jabá, arroz, feijão, mingau de arroz e sopa. Nossa ideia não é retirar esses alimentos e sim incluir valores nutritivos dos produtos regionais à alimentação dos alunos", destacou a coordenadora da pesquisa.
Sobre o PCE
O programa consiste em apoiar com recursos financeiros e bolsas, sob formas de cotas institucionais, estudantes de ensino fundamental e médio integrados no desenvolvimento de projetos de pesquisas de escolas públicas.
Saiba mais
A próxima etapa, explica Vinhoti, será a visitação in loco na zona rural, onde, acompanhados de um técnico do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam), os jovens cientistas, a coordenadora e a responsável pelo apoio técnico, conhecerão como funciona o processo de plantio, colheita e armazenamento dos alimentos.
"Depois dessa fase, compraremos os produtos, escolheremos uma cozinha para prepararmos as merendas e levaremos à escola. A ideia é que todos da rede de ensino adotem o cardápio regional como complemento nutricional dos alunos", enfatizou.
Alguns dos itens do cardápio são compostos por bolo de macaxeira, mingau de banana, de jerimum, pudim, entre outros. A equipe solicitou também a participação de um nutricionista. "Atualmente a merenda é feita com jabá, arroz, feijão, mingau de arroz e sopa. Nossa ideia não é retirar esses alimentos e sim incluir valores nutritivos dos produtos regionais à alimentação dos alunos", destacou a coordenadora da pesquisa.
Sobre o PCE
O programa consiste em apoiar com recursos financeiros e bolsas, sob formas de cotas institucionais, estudantes de ensino fundamental e médio integrados no desenvolvimento de projetos de pesquisas de escolas públicas.
Saiba mais
Valor Nutricional
Macaxeira - Excelente fonte de carboidratos, a macaxeira pertence ao grupo dos alimentos energéticos, fundamentais para fornecer energia ao organismo, garantindo o bom funcionamento do cérebro.
Jerimum - Conhecido em outros lugares como abóbora ou moranga, o jerimum é um legume de alto valor nutritivo, possui caroteno (como a cenoura), elemento que fortalece a visão, vitaminas do complexo 13 e sais minerais (cálcio, fósforo e ferro). Com poucas calorias, tem fácil digestão e ajuda crianças e adultos com problemas no aparelho digestivo.
Banana Pacovan - Fruta mais popular do Brasil, a banana tem alto valor nutritivo, muito rica em açúcar, potássio e sais minerais, principalmente cálcio, fósforo , ferro e vitaminas A, B, B1, B2, C e H. Como quase não tem gordura pode ser usada em dietas baixas em colesterol. A banana pacovan é a maior banana conhecida, chegando a pesar 500 g cada fruta e a ter comprimento de 30 cm. É achatada num dos lados, tem casca amarelo-escura, sendo mais rica em amido do que açúcar, o que a torna ideal para cozinhar, assar ou fritar.
Macaxeira - Excelente fonte de carboidratos, a macaxeira pertence ao grupo dos alimentos energéticos, fundamentais para fornecer energia ao organismo, garantindo o bom funcionamento do cérebro.
Jerimum - Conhecido em outros lugares como abóbora ou moranga, o jerimum é um legume de alto valor nutritivo, possui caroteno (como a cenoura), elemento que fortalece a visão, vitaminas do complexo 13 e sais minerais (cálcio, fósforo e ferro). Com poucas calorias, tem fácil digestão e ajuda crianças e adultos com problemas no aparelho digestivo.
Banana Pacovan - Fruta mais popular do Brasil, a banana tem alto valor nutritivo, muito rica em açúcar, potássio e sais minerais, principalmente cálcio, fósforo , ferro e vitaminas A, B, B1, B2, C e H. Como quase não tem gordura pode ser usada em dietas baixas em colesterol. A banana pacovan é a maior banana conhecida, chegando a pesar 500 g cada fruta e a ter comprimento de 30 cm. É achatada num dos lados, tem casca amarelo-escura, sendo mais rica em amido do que açúcar, o que a torna ideal para cozinhar, assar ou fritar.
Alessandra Leite - Agência Fapeam
Pesquisadores investigam aromas inspirados na flora amazônica
(Foto: Alessandra Leite/Ag.Fapeam
Fragrâncias inspiradas na flora amazônica começarão a ser desenvolvidas dentro do campus da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), no município de Itacoatiara, a 176 quilômetros de distância da capital, por um grupo de pesquisadoras.
Fragrâncias inspiradas na flora amazônica começarão a ser desenvolvidas dentro do campus da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), no município de Itacoatiara, a 176 quilômetros de distância da capital, por um grupo de pesquisadoras.
Aprovada pelo Programa de Infraestrutura para Jovens Pesquisadores – Programa Primeiros Projetos (PPP), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), com ajuda financeira no valor de R$ 30 mil, a proposta tem o objetivo de implementar, no Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia, um laboratório de desenvolvimento, aplicação e análise de fragrâncias em bases cosméticas usuais. O trabalho está sendo desenvolvido pelas pesquisadoras Margarida Carmo de Souza, Giana Thais Kaufmann e Sandra Sales Oliveira.
De acordo com a pesquisadora Margarida Carmo de Souza a ideia é fazer testes a partir de matérias-primas sintéticas e naturais. “As substâncias sintéticas imitam o óleo natural. Queremos experimentar os dois para a produção de sabonetes, cremes, loções e perfumes”, projetou.
Souza explicou que, embora haja no mercado inúmeros produtos fabricados a partir da biodiversidade amazônica, ainda há muitos aromas na floresta com potencial de utilização.
A opção em utilizar a matéria prima sintética, segundo Souza, tem o intuito de preservar o meio ambiente, já que a obtenção de produtos em larga escala poderia ser ecologicamente inviável. “A maioria dos insumos está presente, em baixas concentrações, nas espécies vegetais. Além disso, podem estar contidos em órgãos como caules e raízes, o que seria um agravante, pois para a extração do óleo seria necessário derrubar a árvore inteira”, explicou a pesquisadora.
Investimentos
O auxílio de R$ 30 mil será todo investido no espaço físico do laboratório, com a compra de equipamentos como balança analítica, centrífuga e viscosímetro (que testa a viscosidade). Somente o viscosímetro custa R$ 6 mil, conforme a pesquisadora.
De acordo com a pesquisadora Margarida Carmo de Souza a ideia é fazer testes a partir de matérias-primas sintéticas e naturais. “As substâncias sintéticas imitam o óleo natural. Queremos experimentar os dois para a produção de sabonetes, cremes, loções e perfumes”, projetou.
Souza explicou que, embora haja no mercado inúmeros produtos fabricados a partir da biodiversidade amazônica, ainda há muitos aromas na floresta com potencial de utilização.
A opção em utilizar a matéria prima sintética, segundo Souza, tem o intuito de preservar o meio ambiente, já que a obtenção de produtos em larga escala poderia ser ecologicamente inviável. “A maioria dos insumos está presente, em baixas concentrações, nas espécies vegetais. Além disso, podem estar contidos em órgãos como caules e raízes, o que seria um agravante, pois para a extração do óleo seria necessário derrubar a árvore inteira”, explicou a pesquisadora.
Investimentos
O auxílio de R$ 30 mil será todo investido no espaço físico do laboratório, com a compra de equipamentos como balança analítica, centrífuga e viscosímetro (que testa a viscosidade). Somente o viscosímetro custa R$ 6 mil, conforme a pesquisadora.
Os tipos de essências ainda não foram selecionados, mas serão os mais comuns no mercado. Em longo prazo, a ideia é tentar parcerias com indústrias em Itacoatiara e Manaus para fazer chegar os produtos no comércio.
O desenvolvimento do projeto, segundo as pesquisadoras, além de favorecer a implantação de um laboratório, contribuirá com a implantação de uma nova linha de pesquisa no Instituto, assim como despertar o interesse investigativo dos alunos envolvidos. “Desta maneira estamos formando novos recursos humanos para o desenvolvimento científico do nosso Estado”, destacou Souza.
Alessandra Leite – Agência FAPEAM