O plástico ainda é um material bastante utilizado em nosso cotidiano. E uma das razões para isso é o fato de conseguir assumir diversas formas e possuir diferentes propriedades. Ao mesmo tempo em que pode se apresentar como um material rígido, estrutural, também pode ser uma espuma mais mole ou ter o aspecto semelhante ao de um tecido. No entanto, quando é reciclado, o plástico perde algumas dessas possibilidades e fica muito difícil obter, por exemplo, materiais mais macios ou flexíveis. Além disso, normalmente, o processo dereciclagem é feito em larga escala e o conhecimento desse processo se mantém no meio industrial.
Com o intuito de modificar esse contexto, tornando a reciclagem de plásticos possível em pequena escala e garantindo a manutenção das propriedades originais do material após a reciclagem, quatro pesquisadores da Royal College of Art, de Londres, criaram uma máquina que transforma plástico em fibras de polipropileno, chamadas de Polyfloss, que podem ser utilizadas na criação de novos e variados objetos de forma artesanal.
O princípio é bastante semelhante ao das máquinas de produção de algodão-doce: o plástico é picado e jogado em um forno rotativo. Através da força centrífuga, o plástico derretido é projetado para pequenos orifícios no centro do tambor, onde esfria e endurece, gerando fibras esponjosas.
Para produzir objetos com elas, basta comprimi-las com as mãos em um molde aquecido que tenha o formato que se deseja dar à nova criação. Atualmente, a equipe criadora da Polyfloss vem trabalhando com empresas, recolhendo seus resíduos plásticos e transformando-os em objetos de uso cotidiano ou em elementos úteis para a arquitetura.
Os produtos feitos com as fibras de polipropileno também podem ser triturados e devolvidos à máquina para a criação de novos objetos.
fonte REVISTA ECO ENERGIA/ Natura Ekos