Revista ecoenergia*
Após o processo de produção do etanol, há uma sobra de leveduras que pode ser utilizada na complementação à ração animal. Mas o uso do antibiótico no processo faz com que esse excedente seja rejeitado pelo mercado. Eduardo Donato, diretor de negócios da empresa Beraca, especialista em desenvolver tecnologias no sentido da sustentabilidade, conta que a empresa investiu em uma nova tecnologia, cuja matéria-prima é o dióxido de cloro. Sua principal função é substituir o uso de antibiótico no controle do processo de fermentação.
O mercado está passando por uma transformação importante. Há alguns anos, não ouvíamos falar em tratamento de água nas torres de resfriamento nas usinas, o líquido era despejado nos rios sem nenhuma preocupação com o meio ambiente, o que raramente acontece atualmente, compara o executivo.
O foco de atuação serão as usinas de São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul e a expectativa é que até o final de 2013 o faturamento seja de pelo menos R$ 40 milhões. Fornecemos para a indústria sucroalcooleira há mais de 20 anos, diz. Para atender à demanda, a planta da Beraca em Santa Barbara dOeste dobrará o seu volume e saltará de uma produção de 500 toneladas ao mês para 1000 em itens para o tratamento em usinas de açúcar e álcool. Os resultados obtidos foram considerados positivos, pois houve uma redução significativa na contagem de células tipo bastonete e nas formações de produtos bacterianos, como os ácidos lático e acético.