terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Sea Shepherd inicia mais uma operação para salvar as baleias dos navios japoneses





Por Karina Ramos da ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais


Na foto, navio da Sea Shepherd enfrentando falso "navio de pesquisa" japonês no inicio de 2009.



A mais nova campanha da Sea Shepherd Conservation Society para interromper as atividades da indústria baleeira japonesa no Oceano Antártico já está em andamento.



O capitão Paul Watson e sua tripulação partiram, recentemente, no navio Steve Irwin de C-Dock, Victoria Quay, em Fremantle, com um grande grupo de apoiadores e a imprensa local que lá estava para a despedida. Uma visita surpresa de Terry, Bindi e Bob Irwin foi comemorada, com Bindi dizendo esperar que neste ano os japoneses não conseguissem matar baleia alguma.



“Estamos muito próximos de levar a frota beleeira à falência e acredito que afetaremos seus lucros significativamente neste ano e conseguiremos fazer a frota parar. Agradecemos todo o apoio que temos recebido ao redor do mundo, principalmente da Austrália, que faz com que tudo isso seja possível”, disse Paul Watson.



Recentemente, Paul também postou comentários em um artigo da Animal Concerns explicando por que essa operação pode ser a mais perigosa para a organização:



“Meu trabalho é dizer coisas que as pessoas podem não querer ouvir, fazer coisas das quais algumas pessoas podem discordar. Meu trabalho é incomodar as pessoas, salvar o máximo de vidas que for possível, balançar o barco e fazer ondas. Não estou aqui para ganhar concursos de popularidade ou o maldito Prêmio Ambiental Chevron. Não estou aqui para fazer falsas promessas e críticas açucaradas. Estou aqui para fazer a diferença e as pessoas podem argumentar se estou fazendo ou não. Não me importo, a história vai dizer.”



O outro navio da organização, o Ady Gil, partiu de Hobart, na Tasmânia.



Fonte: Animal Concerns









FOTOS créditos:
 Barbara Veiga / Sea Shepherd
 Michael Williams / Sea Shepherd

O PRIMEIRO CONFRONTO DO SEA SHEPHERD


O primeiro confronto entre os baleeiros japoneses e os defensores de baleias do Sea Shepherd ocorreu nesta segunda-feira, dia 14 de dezembro, quando o navio australiano Steve Irwin e o baleeiro japonês Shonan Maru 2 usaram seus canhões d’água de alta pressão pela primeira vez. Tal ferramenta é utilizada como arma tanto pela polícia de choque no mundo todo quanto pelos ativistas da Sea Shepherd e seus opositores a bordo da frota baleeira japonesa rumo a Antártida.

O Shonan Maru 2 tem perseguido o Steve Irwin desde o dia 9 de dezembro, em Fremantle, na Austrália. Por volta das 14 horas desta segunda-feira (horário de Melbourne), o Steve Irwin deu a volta em um iceberg, realizou uma manobra em 8 fora da visão do Shonan Maru 2 e ressurgiu a menos de uma milha dos baleeiros japoneses, pegando-os totalmente desprevenidos.

Uma perseguição se iniciou e os japoneses ligaram dois canhões de alta pressão d’água. A tripulação do Steve Irwin respondeu imediatamente, deixando seus canhões d’água em estado de prontidão. A perseguição em alta velocidade entre o Steve Irwin e o baleeiro japonês Shonan Maru 2 durou quase duas horas, até que o Capitão Paul Watson decidiu interromper a busca e retomar o curso do Steve Irwin para a costa da Antártida.

Os baleeiros japoneses estão gastando uma enorme quantia de dinheiro para manter a frota japonesa informada da posição do navio do Sea Shepherd. Primeiro localizaram o Steve Irwin pelo ar e depois redirecionaram o curso do Shonan Maru 2 para encontrá-lo através das coordenadas informadas pelo avião. O Capitão Paul Watson precisa despistá-los para que a tripulação do navio do Sea Shepherd possa localizar a frota baleeira japonesa.

A tripulação do Steve Irwin ficou animada após o confronto.“Foi excelente assisti-los correndo como covardes quando viramos o Steve Irwin na direção deles”, disse o australiano e terceiro em comando, Vincent Hayes.

Com informações de Sea Shepherd, Ecorazzi e Instituto Sea Shepherd Brasil