FAPEAM
As mudanças climáticas vêm ganhando cada vez mais destaque na pauta mundial. Em Manaus, o assunto sobre as causas dos fenômenos, as negociações internacionais que o tema envolve e seus efeitos sobre a população, tem sido discutido frequentemente.
Com a finalidade de mostrar alguns efeitos das mudanças climáticas no ambiente escolar, caracterizar o tipo de chuva, analisar a temperatura do ambiente e medir a umidade relativa do ar, o professor Euler Erlanger Aparicio dos Santos, da Escola Estadual Desembargador André Araújo, zona Leste de Manaus, elaborou o projeto “Estudo de alguns efeitos das Mudanças Climáticas em Manaus”, realizado no âmbito do Programa Ciência na Escola, (PCE) financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM) e Secretaria de Estado de Educação do Amazonas (SEDUC). De acordo com o coordenador, as modificações climáticas são intensificadas pelas atividades antrópicas (referente à interferência do homem no meio ambiente). "O Brasil tem desafios muito peculiares, como os relacionados ao desmatamento e gás metano. No Amazonas, existe a possibilidade de usar o gás natural, que é rico em metano, em indústrias de fertilizantes, bioquímica e geração de energia”, explicou. Segundo Santos, foram realizadas medidas diretas para determinação de temperatura ambiente e umidade relativa do ar em termômetros, “efetuamos coletas de águas de chuvas e em seguida executamos análises de pH e condutividade das amostras”, destacou.
De acordo com o coordenador, a água da chuva analisada é do tipo ácida, com baixa condutividade e em épocas de muito calor a temperatura obtida foi de 39 °C, no período de chuvas fortes a temperatura mínima obtida foi de 24°C e nesse ponto a umidade registrada foi de 100%.
"Foi constatado que em 2009 a capital do Amazonas sofreu a maior cheia de sua história, além disso, estudos recentes indicam precipitações de chuvas ácidas em Manaus, ocorrências de períodos chuvosos e de seca com mais intensidade, esse fato está bem caracterizado, pois no momento atual vivemos a maior seca de todos os tempos”, enfatizou Santos.
Para o professor, o resultado desse trabalho foi muito importante para a evolução dos alunos envolvidos, no sentido de enriquecer o conhecimento na área da iniciação científica, para fazer novos estudos futuramente.
Redação: Dalva Berquet
Edição: Cristiane Barbosa - Agência FAPEAM