Na terça-feira (21/12), às 11 horas, será inaugurado em Cachoeira Paulista o Tupã, como foi batizado o novo supercomputador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Capaz de realizar 258 trilhões de cálculos por segundo, o Tupã está entre os mais poderosos supercomputadores do mundo para previsão de tempo e estudos em mudanças climáticas.
Da cerimônia, que será conduzida pelo diretor do INPE, Gilberto Câmara, participam o secretário executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Luiz Antonio Rodrigues Elias, representando o ministro Sergio Rezende; e o diretor científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), Carlos Henrique de Brito Cruz.
Também estarão presentes, entre outras autoridades e pesquisadores, Carlos Nobre, chefe do Centro de Ciência do Sistema Terrestre (CCST) do INPE e coordenador do Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas; Luiz Augusto Toledo Machado, atual coordenador do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do INPE, e Osvaldo Luiz Leal de Moraes, recentemente anunciado como próximo coordenador do CPTEC/INPE.
MCT e FAPESP financiaram a compra do novo supercomputador, que atenderá ao CPTEC/INPE e CCST/INPE, além dos grupos de pesquisa, instituições e universidades integrantes da Rede Brasileira de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas (Rede CLIMA) do MCT, do Programa FAPESP de Pesquisa em Mudanças Climáticas Globais e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) para Mudanças Climáticas.
AplicaçõesO Tupã entrará em plena operação no início de 2011. O novo supercomputador permitirá ao INPE gerar previsões de tempo mais confiáveis, com maior prazo de antecedência e de melhor qualidade, ampliando o nível de detalhamento para 5 km na América do Sul e 20 km para todo o globo. Será possível prever ainda eventos extremos com boa confiabilidade, como chuvas intensas, secas, geadas, ondas de calor, entre outros. As previsões ambientais e de qualidade do ar também serão beneficiadas, gerando prognósticos de maior resolução, de 15 quilômetros, com até seis dias de antecedência.
A nova máquina também será fundamental para o desenvolvimento e implementação do Modelo Brasileiro do Sistema Climático Global, que incorporará todos os elementos do Sistema Terrestre (atmosfera, oceanos, criosfera, vegetação, ciclos biogeoquímicos, etc), suas interações e como este sistema está sendo perturbado por ações antropogênicas (por exemplo, emissões de gases de efeito estufa, mudanças na vegetação, urbanização, etc.). Este esforço envolve um grande número de pesquisadores do Brasil e do exterior, provenientes de diversas instituições, o que se constitui num projeto interdisciplinar de desenvolvimento de modelagem climática sem precedentes entre países em desenvolvimento.
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