Fotos:
Antonio ScarpinettiEdição das imagens:
Luís Paulo Silva JORNAL DA UNICAMP
O Museu Exploratório de Ciências da Unicamp (MC) inaugurou na tarde desta segunda-feira (13) a Praça Tempo Espaço, local dotado de equipamentos com os quais os visitantes podem interagir e assim aprender um pouco mais sobre aspectos relacionados a essas duas dimensões. A cerimônia contou com a presença do reitor Fernando Ferreira Costa, pró-reitores, professores, alunos, funcionários e integrantes da equipe do Museu. O público presente também assistiu a uma apresentação do Carcoarco, quarteto instrumental de cordas e percussão.
De acordo com o diretor do Museu, professor Marcelo Firer, os equipamentos instalados na praça constituem a primeira exposição permanente do órgão. Ele explica que os instrumentos convidam os visitantes a aprender, de forma lúdica e interativa, artifícios científicos e tecnológicos desenvolvidos pelo homem ao longo dos séculos, para melhor dimensionar o tempo e o espaço. No local podem ser encontrados, por exemplo, globo terrestre, mesa de bússolas, piscina de ondas, relógio de sol, teodolito e praxinoscópio, máquina através da qual é possível movimentar mecanicamente, numa dada velocidade, sequências de desenhos ou fotografias, repetindo o princípio usado pelo cinema.
Conforme Cristina Meneguello, diretora associada do Museu, a expectativa é que a Praça Tempo Espaço atraia ainda mais estudantes ao lugar, sobretudo dos ensinos médio e fundamental, para que eles possam ter uma relação mais próxima com a ciência. “As visitas das escolas já são e continuarão a ser acompanhadas por monitores. A partir de março de 2011, porém, queremos colocar monitores também aos sábados, para que eles possam recepcionar os visitantes que chamamos de espontâneos, ou seja, aquelas pessoas que estão de passagem ou passeando pelo campus”, disse.
O reitor Fernando Costa lembrou que todas as principais universidades do mundo mantêm algum tipo de projeto semelhante ao do Museu Exploratório de Ciências. “Para a Unicamp, iniciativas dessa natureza são prioritárias, pois são fundamentais para divulgar e popularizar a ciência. Na medida das possibilidades orçamentárias da Universidade, nós vamos continuar apoiando novos esforços do Museu nesse sentido”, afirmou.
O custo de implantação da Praça Tempo Espaço foi de aproximadamente R$ 500 mil. O local estava abandonado e teve que passar por profundas reformas. De acordo com Marcelo Firer, foram utilizados recursos do próprio Museu, da Unicamp e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A praça está instalada em uma área de 900m², ao ar livre, no ponto mais alto da Unicamp. Em condições meteorológicas ideais, a exposição oferece vista privilegiada de 360º por mais de dez quilômetros no horizonte, proporcionando raros momentos de contemplação.
Concebida por uma equipe profissional multidisciplinar, a Praça Tempo Espaço desdobra conceitos fundamentais associados às medidas da passagem do tempo, de localização geográfica e de objetos próximos ou distantes. Os instrumentos expositivos foram pensados de acordo com a relevância das descobertas científicas, que possibilitaram diferentes maneiras de perceber e medir as variações de tempo, de espaço e as relações entre estes conceitos essenciais para as ciências.