Caí no mundo e não sei voltar |
Eduardo Galeano O que acontece comigo é que não consigo andar pelo mundo pegando coisas e trocando-as pelo modelo seguinte só por que alguém adicionou uma nova função ou a diminuiu um pouco… Não faz muito, com minha mulher, lavávamos as fraldas dos filhos, pendurávamos na corda junto com outras roupinhas, passávamos, dobrávamos e as preparávamos para que voltassem a serem sujadas. E eles, nossos nenês, apenas cresceram e tiveram seus próprios filhos se encarregaram de atirar tudo fora, incluindo as fraldas. Se entregaram, inescrupulosamente, às descartáveis! Sim, já sei. À nossa geração sempre foi difícil jogar fora. Nem os defeituosos conseguíamos descartar! E, assim, andamos pelas ruas, guardando o muco no lenço de tecido, de bolso. Nããão! Eu não digo que isto era melhor. O que digo é que, em algum momento, me distraí, caí do mundo e, agora, não sei por onde se volta. O mais provável é que o de agora esteja bem, isto não discuto. O que acontece é que não consigo trocar os aparelhos de som uma vez por ano, o celular a cada três meses ou o monitor do computador por todas as novidades. Guardo os copos descartáveis! Lavo as luvas de látex que eram para usar uma só vez. Os talheres de plástico convivem com os de aço inoxidável na gaveta dos talheres! É que venho de um tempo em que as coisas eram compradas para toda a vida! É mais! Se compravam para a vida dos que vinham depois! A gente herdava relógios de parede, jogos de copas, vasilhas e até bacias de louça. |
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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
Os Protagonistas de 2011 - Eduardo Galeano " Caí no mundo e não sei voltar"
Os Protagonistas de 2011 - Stéphane Hessel "Indignez-vous!"
Em meio aos abalos econômicos com reflexos na constituição política da União Européia, o chamado de Stéphane Hessel à juventude francesa surtiu efeito mais proeminente na Espanha. Tendo sua edição
na França sido publicada em dezembro de 2010, a primeira em espanhol em fevereiro de 2011, só no mês seguinte foram três reimpressões nesta língua já tendo vendido mais de 600 mil exemplares.
O fenômeno editorial que parece ter despertado muitos dos manifestantes da Praça do Sol é uma convocação contra a indiferença. No prólogo, José Luis Sampedro esclarece que a indignação nasce da vontade de nos comprometermos com a história. O chamado contido na obra, de rápida leitura e demoradas reflexões, é para que as pessoas despertem da inércia individualista e resistam, retomando aspirações coletivas.
A partir de sua trajetória na resistência francesa durante a segunda guerra mundial, Hessel demonstra como as manobras realizadas no sistema financeiro internacional têm impactado diretamente conquistas sociais históricas. O autor aponta que as reformas estatais em curso no século XXI estão provocando perdas incomensuráveis na garantia de direitos alcançada no decorrer do século anterior.
Para ele, os avanços da 2ª metade do século XX estão sendo seguidos de retrocessos visíveis na década que inaugurou os anos 2000. A crise econômica que arrebatou inúmeros países recentemente não trouxe uma nova regulamentação para a circulação de capitais especulativos, nem sequer desbancou a supremacia de banqueiros. Hessel diz que ao menos poderia ter provocado o início de outra fase de desenvolvimento, mas isso não ocorreu.
Sua análise de conjuntura também fala do progresso nos acordos internacionais, por exemplo, que pactuaram os Objetivos do Milênio, mas não tarda em sinalizar a decorrocada de convenções internacionais no que tange a efetivação de seus compromissos. O caso típico são os fracassos seguidos no que tange às questões ambientais, que tem no encontro de Copenhagen seu ápice da ineficiência, mas que não levou a mudanças na política.
O exame da situação, porém, não parece ser o foco desta obra. Embora traga um relato da situação da faixa de Gaza, sua contribuição não parece ser a respeito da questão palestina ou mesmo da maneira como os sistemas político e econômico mundial se mantêm. O autor usa esses assuntos para demonstrar o que lhe toca, cabendo ao leitor reconhecer em sua realidade os motivos para indignar-se.
Trata-se de um manifesto pelo direito à indignação. Diz ele: “Olhem ao seu redor e encontrarão fatos concretos que justifiquem sua indignação” (HESSEL, 2011: 35). A indignação é tratada como uma faculdade daqueles que não se aguentam no estado de indiferença. Muito procurado por quem estuda movimentos sociais, o motivo para o engajamento cívico é explicitado de maneira simples e direta neste livro: a indignação.
A inquietação com o que não lhe parece apropriado move uma pessoa a se envolver com uma causa coletiva. Assim, o convite é à auto-responsabilização por meio da indignação, pois esta fortalece o sujeito a assumir seu papel histórico. Hessel embasa suas convicções no contraste entre duas visões de história uma que percebe o sentido de liberdade no curso dos acontecimentos, fruto da aproximação com Hegel, e outra que traz a eminência catastrófica como forma de observação do fluxo histórico, advinda de Walter Benjamin.
A resistência a qual são instigadas as pessoas que lêem este livro é a pacífica. Mesmo que o terrorismo se justifique também em Sartre, Hessel traz esta referência para reconhecer que o mundo de violência em que vivemos será superado com a não-violência. Dá o exemplo dos habitantes de uma cidade da Cisjordânia que todas as sextas-feiras vão ao muro que os isola do resto do planeta e sem empunhar nem pedras contra o exército israelense fazem seu protesto que foi chamado de terrorismo não-violento.
Como Galeano, o autor vê que o mundo só pode estar de pernas para o ar quando a resistência pacífica é chamada de terrorismo não-violento. Com estes e outros exemplos está compartilhado um olhar certeiro para contradições que perpassam a vida social contemporânea. Reconhecendo-se um otimista natural, Hessel fala que tudo que é desejável é possível. E, por isso, esclarece que “o por vir pertence à não-violência” (HESSEL, 2011: 41).
Se a primavera árabe não pode ser simplesmente pacífica, talvez tenha sido pela exasperação imposta pelas ditaduras à população daquela região do planeta. As manisfetações que rechassam outros totalitarismos ainda existentes se fazem de maneira singular como é a cultura local na Grécia, na Islândia, em Portugal ou na Espanha. Fato é que o espírito de uma época que se cansa de indiferença e se indigna, como conclama Hessel, parece estar nascendo.
O livro é útil não apenas para compreender o que passa em outras realidades. Afinal, no Brasil, onde a festa nos constiui as expressões de insatisfação também estão presentes. Ou estamos desatentos à indignação que inspira participantes de churrascos da gente diferenciada, de marchas de vadias, ou atos pela liberdade, entre twittaços, mamaços e outras tantas manifestações latentes?
O senhor que aos 93 anos, com a lucidez que lhe trouxe a vivência pessoal do ativismo paramilitar à diplomacia dos direitos humanos, encerra seu chamamento unindo-se a seus pares do Conselho Nacional de Resistência para dizer com afeto àqueles que farão o século XXI: “Criar é Resistir. Resistir é Criar” (pg. 48). Parece que alguns já escutaram o chamado, vale atenção ao porvir que faremos e pelo qual somos responsáveis.
Por Clóvis Henrique Leite de Souza - mestre em ciência política pela Universidade de Brasília e pesquisador associado ao Instituto de Estudos Socieconômicos – INESC e ao Laboratório de Conversas – Labcon/UCB/ reformapolitica.org.br
Referência bibliográfica
HESSEL, Stéphane. ¡Indignaos! Barcelona: Ed. Destino, 2011. 4ª reimpressão
Os Protagonistas de 2011 - José Luiz Sampedro por "José Saramago"
José Luis Sampedro por José Saramago
Esta tarde ouvi falar de José Luis Sampedro, economista, escritor, e, sobretudo, sábio daquela sabedoria que não é dada pela idade, ainda que esta possa ajudar alguma coisa, mas pela reflexão como forma de vida. Perguntaram-lhe na televisão pela crise de 29, que ele viveu em criança, mas que depois estudou como catedrático. Deu respostas inteligentes que os interessados em compreender o que está ocorrendo encontrarão nos seus livros, tanto escreveu José Luis Sampedro, ou procurando a reportagem na rede, mas uma pergunta que ele próprio fez, não o jornalista, ficou-me gravada na memória. Perguntava-nos o mestre, e também a si mesmo, como se explica que tenha aparecido tão rapidamente o dinheiro para resgatar os bancos e, sem necessidade de qualificativos, se esse dinheiro teria aparecido com a mesma rapidez se tivesse sido solicitado para acudir a uma emergência em África, ou para combater a sida… Não era necessário esperar muito para intuir a resposta. À economia, sim, podemos salvá-la, mas não ao ser humano, esse que deveria ter a prioridade absoluta, fosse quem fosse, estivesse onde estivesse. José Luis Sampedro é um grande humanista, um exemplo de lucidez. O mundo, ao contrário do que às vezes se diz, não está deserto de gente merecedora, como ele, de que lhe dêmos o melhor da nossa atenção. E façamos o que ele nos diz: intervir, intervir, intervir.
do caderno.josesaramago.org
do caderno.josesaramago.org
2012 será o Ano Internacional de Energia Sustentável para Todos
Objetivo é aumentar conscientização sobre eficiência energética e acesso sustentável aos recursos da área; em junho próximo, líderes internacionais se reunirão no Rio de Janeiro para Conferência sobre Desenvolvimento Sustentável.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
A Assembleia Geral das Nações Unidas declarou 2012, o Ano Internacional de Energia Sustentável para Todos.
O objetivo da iniciativa é chamar a atenção para a importância de se aumentar o acesso à energia renovável em todas as partes do mundo.
Fontes Modernas
Segundo as Nações Unidas, cerca de 1,4 bilhão de pessoas ainda não têm acesso a fontes modernas de energia.
E 3 bilhões dependem de recursos da “biomassa tradicional” como o carvão para atividades diárias como aquecimento e cozimento de alimentos.
Os serviços de energia têm um efeito profundo na produtividade, na saúde e na educação, além da segurança alimentar e serviços de comunicação.
De acordo com especialistas, a falta de acesso à energia limpa e barata impede o desenvolvimento sócio-econômico e humano de comunidades inteiras.
O acesso à energia sustentável é também uma das ferramentas para que o mundo alcance os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.
Para entender o presente é preciso relembrar o passado. Da ECO 92 a caminho da RIO+20
Em 1992 o Brasil foi sede da mais importante conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente e o desenvolvimento, a Cúpula da Terra, também conhecida como Rio 92.
Vinte anos depois, em junho de 2012, o Rio de Janeiro será novamente a sede de um encontro dos líderes globais para discutir as medidas de proteção ao planeta. A Rio+20 será também uma oportunidade de se estabelecer as bases para um modelo de desenvolvimento sustentável.
da ONU
Filme de 28 minutos legendado pelo Centro de Informação da ONU no Brasil mostra negociações, acontecimentos e curiosidades Cúpula da Terra de 1992.
Para entender o presente, é preciso relembrar o passado. Por isso, a aproximadamente sete meses da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), o Centro de Informação das Nações Unidas (UNIC Rio) disponibiliza o documentário “A Cúpula da Terra – Conferência da ONU sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (1992)”. O filme é uma oportunidade única para entender as negociações, os acontecimentos e as curiosidades do evento marco nas discussões em torno de desenvolvimento sustentável.
Não é só de ideais e reuniões que se faz uma Conferência Global. Por trás da tentativa de se firmar acordos, existem opiniões, gafes, protestos, personalidades e acontecimentos que, em alguns casos, moldam para sempre a história da política e da diplomacia internacional. E, na Cúpula da Terra de 1992, a mais importante conferência sobre o meio ambiente e desenvolvimento já realizada, não seria diferente.
Paralelamente às reuniões políticas, artistas, organizações não governamentais, ativistas e indígenas realizavam sua própria Cúpula da Terra, com fins de monitorar o trabalho da conferência oficial. Atitude justificável. Afinal, houve propostas curiosas e atípicas para discussões ambientais como a do Presidente de Uganda, Yoweri Kaguta Museveni: “Se vocês (países industrializados) não nos derem o dinheiro nós vamos cortar as nossas árvores”.
Outras declarações chegaram a tirar risos de jornalistas. O representante do governo norte-americano, Michael Young, por exemplo, disse que os “Estados Unidos nunca colocaram pressão em alguém” – algo visto com ironia pelos presentes.
Fora essas gafes e curiosidades, o filme relembra os principais pontos conhecidos da Cúpula da Terra: as palavras de cobrança da jovem canadense; os diferentes pontos de vista em torno da responsabilidade dos países; os intensos protestos da resistência dos EUA em assinarem a Convenção de Biodiversidade; a complexidade social do Rio de Janeiro; e, principalmente, a transformação da Conferência em uma referência absoluta para discussões sobre desenvolvimento sustentável. Discussões essas que terão um novo ponto alto na Rio+20 em junho de 2012.
De olho no futuro e nos protocolos ambientais que não foram cumpridos, os votos ditos no filme do então Secretário-Geral da Cúpula da Terra, Maurice Strong, são relembrados para a Rio+20: “Não acredito que a população vá permitir que seus líderes esqueçam o que eles fizeram aqui nem o que eles não fizeram por completo ou adequadamente. Nós temos que assegurar que o caminho do Rio seja rápido, seja uma via rápida para a ação, para implementar o que foi feito aqui, para que o Rio não seja um ponto final.”
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
Na aplicação de qualquer receita destinada à composição da felicidade, não te esqueças do aviso de que a felicidade nasce de ti mesmo.
Não aguardes do mundo a segurança que tão somente poderá ser construída por ti mesmo, dentro de ti.
Nunca menosprezes o trabalho que a vida te confiou.
A tarefa que desempenhas hoje é a base de teu apoio futuro.
Aceita-te como és e com aquilo de que disponhas para realizar o melhor que possas.
Observa que não existe criatura alguma destituída de valor e da qual não venhas a necessitar algum dia.
Quanto possível, conserva a luz da virtude que te norteia a elevação, mas não permitas que a tua virtude viva sem escadas para descer ao encontro daqueles que se debatem sob a ventania da adversidade a te pedirem socorro e compreensão.
Sê fiel ao campo da verdade que abraças, sem desconsiderar a parte da verdade em que os outros se encontram.
Usa a paciência nas pequenas dificuldades para que te não falte serenidade nas grandes crises que todos somos levados a facear nas trilhas do tempo.
Não te apegues aos anseios da juventude, nem te acomodes com o cansaço de muitos que ainda não aprenderam a viver com a criatividade da madureza.
Recorda que até hoje ninguém descobriu o ponto de interação onde termina a fadiga e começa a ociosidade.
Em qualquer tempo, exercita a fortaleza espiritual para que as tuas energias não se dissolvam, de inesperado, quando as calamidades da experiência humana se façam inevitáveis.
Resigna-te a transitar no mundo, entre os que se te revelem na condição de opositores naturais aos teus pontos de vista, mas não formes inimigos nem cultives ressentimentos.
Não abuses e nem brinques com os sentimentos alheios.
Guarda a tua paz, ainda mesmo nas grandes lutas.
Não creias em pessimismo e derrota, solidão e abandono, porque, se amas conforme determinam as Leis do Universo, descobrirás a beleza e a alegria em qualquer circunstância e em qualquer parte da Terra.
E jamais desesperes, porquanto sejas quem sejas e estejas onde estiveres, ninguém te pode furtar o privilégio da imortalidade e nem te arredar do esquema de Deus.
Nunca menosprezes o trabalho que a vida te confiou.
A tarefa que desempenhas hoje é a base de teu apoio futuro.
Aceita-te como és e com aquilo de que disponhas para realizar o melhor que possas.
Observa que não existe criatura alguma destituída de valor e da qual não venhas a necessitar algum dia.
Quanto possível, conserva a luz da virtude que te norteia a elevação, mas não permitas que a tua virtude viva sem escadas para descer ao encontro daqueles que se debatem sob a ventania da adversidade a te pedirem socorro e compreensão.
Sê fiel ao campo da verdade que abraças, sem desconsiderar a parte da verdade em que os outros se encontram.
Usa a paciência nas pequenas dificuldades para que te não falte serenidade nas grandes crises que todos somos levados a facear nas trilhas do tempo.
Não te apegues aos anseios da juventude, nem te acomodes com o cansaço de muitos que ainda não aprenderam a viver com a criatividade da madureza.
Recorda que até hoje ninguém descobriu o ponto de interação onde termina a fadiga e começa a ociosidade.
Em qualquer tempo, exercita a fortaleza espiritual para que as tuas energias não se dissolvam, de inesperado, quando as calamidades da experiência humana se façam inevitáveis.
Resigna-te a transitar no mundo, entre os que se te revelem na condição de opositores naturais aos teus pontos de vista, mas não formes inimigos nem cultives ressentimentos.
Não abuses e nem brinques com os sentimentos alheios.
Guarda a tua paz, ainda mesmo nas grandes lutas.
Não creias em pessimismo e derrota, solidão e abandono, porque, se amas conforme determinam as Leis do Universo, descobrirás a beleza e a alegria em qualquer circunstância e em qualquer parte da Terra.
E jamais desesperes, porquanto sejas quem sejas e estejas onde estiveres, ninguém te pode furtar o privilégio da imortalidade e nem te arredar do esquema de Deus.
EMMANUEL
FELIZ NATAL DO ECOZINHO!
Estudantes transformam restos de alimentos em adubo orgânico
Estudantes envolvidos no projeto (Foto: Divulgação)
Preocupada com a grande quantidade de comida gerada na escola e consequentemente com o desperdício, a professora Núbia Maria Souza desenvolveu, com o apoio do Governo do Estado do Amazonas via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), por meio do Programa Ciência na Escola (PCE), o projeto ‘Reaproveitamento de resíduos sólidos orgânicos no ambiente escolar’ que tem por objetivo transformar restos de alimentos em adubos orgânicos ou enviá-los aos criadouros de animais.
Núbia Maria Souza, que é coordenadora do projeto na escola e ministra a disciplina de ciências biológicas, explicou que devido ao fato do colégio funcionar em tempo integral existia uma grande quantidade de alimentos desperdiçados e, pensando nisso, resolveu criar um projeto que contribuísse para educação dos alunos e que ao mesmo tempo preservasse o meio ambiente.
“Eu estudei bastante sobre esse assunto durante o tempo de faculdade, então decidi criar e implantar o projeto aqui na escola, pois eu via muita comida desperdiçada. Hoje, o projeto além de ensinar um pouco sobre educação ambiental aos alunos também ajuda alguns proprietários de sítio na criação de animais”, disse a professora.
Núbia Maria Souza, que é coordenadora do projeto na escola e ministra a disciplina de ciências biológicas, explicou que devido ao fato do colégio funcionar em tempo integral existia uma grande quantidade de alimentos desperdiçados e, pensando nisso, resolveu criar um projeto que contribuísse para educação dos alunos e que ao mesmo tempo preservasse o meio ambiente.
“Eu estudei bastante sobre esse assunto durante o tempo de faculdade, então decidi criar e implantar o projeto aqui na escola, pois eu via muita comida desperdiçada. Hoje, o projeto além de ensinar um pouco sobre educação ambiental aos alunos também ajuda alguns proprietários de sítio na criação de animais”, disse a professora.
Sobre o projeto
O projeto está sendo desenvolvido no Centro de Ensino de Tempo Integral João dos Santos Braga e conta com a participação de quatro alunos, que diariamente fazem a separação dos alimentos.
A professora explica que no refeitório ficam dois baldes um destinado à comida e outro a copos descartáveis, facilitando assim o trabalho na hora de separar os resíduos.
Os estudantes também ministram junto com a professora, palestras voltadas para educação ambiental, explicando para o restante dos alunos da escola a importância do projeto.
Para Maria Isabel, 12, aluna participante do projeto, o lixo é um problema sério. “O ser humano está gerando muito lixo e não sabe como cuidar dele. O lixo da escola estava sendo destinado ao aterro sanitário e causando um impacto ambiental. O projeto é importante pra gente porque aprendermos muito e podemos ensinar para outras pessoas”, afirmou.
Contribuindo para preservação do meio ambiente
Parte dos restos da comida produzida na escola é destinada para criadouros de animais. Casca de frutas, verduras e legumes são transformados em adubo orgânico por meio da compostagem, o que contribui para a preservação do meio ambiente, uma vez que antes os restos de alimentos eram destinados ao aterro sanitário.
Diariamente, dois proprietários de sítios vão até a escola com uma balança para fazer a retirada dos resíduos. O senhor Edney Brandão é um dos beneficiados pelo o projeto.
“Como o preço da ração está alto, toda alimentação da minha criação de porcos e patos, vem da escola, o que me ajuda muito”, afirmou.
De acordo com a professora, desde o início do projeto, em julho, já foram acumulados, aproximadamente, 4 mil quilos de resíduos.
Sobre o PCE
O Programa Ciência na Escola é destinado a apoiar, com recursos financeiros e bolsas, sob formas de cotas institucionais, estudantes dos ensinos Fundamental e Médio integrados no desenvolvimento de projetos de pesquisas de escolas públicas.
Redação: Esterffany Martins
Edição: Ulysses Varela - Agência FAPEAM
CAMPANHA CÃO SEM FOME
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A campanha "Cão sem fome" tem como objetivo ajudar aqueles que ajudam os animais. Queremos reduzir a fome e desnutrição nesses locais garantindo uma boa qualidade de vida. Ajude-nos a divulgar essa campanha para todos os seus contatos. Acesse http://www.caosemfome.com.br QUEM SOMOS um grupo de voluntários da proteção animal que se uniu no propósito de ajudar a garantir alimentação para animais abrigados por organizações protetores. Com isso pretendemos reduzir os custos de manutenção nos abrigos e fazer com que os recursos possam ser direcionados para compras de medicamentos e outras ações. Dentre essas ações destacamos a realização de eventos para adoção, esterilizações dos animais abrigados e confecção de material educativo. do caosemfome.com.br |
Trabalho de excelência com chimpanzés é premiado
SANTUÁRIO AFRICANO PREMIADO
do gap.org.br
imagem minube.pt
A Federação Global de Santuários de Animais estabeleceu uma premiação anual a indivíduos e Santuários que lutam na África pela sobrevivência e recuperação de grandes primatas. Esta premiação, que tem o nome da primatologa Carole Noon - ela trabalhou em Santuários Africanos e depois idealizou e montou o maior Santuário de Chimpanzés dos Estados Unidos, o Save the Chimps, na Flórida. Infelizmente faleceu prematuramente dois anos atrás -, foi outorgada este ano ao Santuário de Chimpanzés da Ilha Ngamba e à sua chefe de tratadores, Stany Nyanwi.
Este Santuário faz parte da PASA – Aliança de Santuários Panafricanos – e realiza um extraordinário trabalho de reabilitação de chimpanzés. A tratadora Stany Nyanwi tem mais de 15 anos de sua vida dedicados aos cuidados de chimpanzés. Começou em 1990 no Burundi, num Santuário que o Instituto Jane Goodall iniciava naquele país, quando a situação era caótica.
Stany andava mais de 10 quilômetros por dia para chegar ao Santuário correndo perigo de morte, devido a violência que assolava o território. Dois companheiros dela morreram cumprindo sua missão de salvar chimpanzés.
Stany foi trasladada no fim de 1995 ao Kenya, junto com 20 chimpanzés, 10 deles bebês, para um novo Santuário que o IJG estava criando com o nome de Sweetwaters. Durante seis semanas, ela cuidou sozinha de 10 bebês chimpanzés e tinha que andar quilômetros a procura de comida e medicamentos para eles.
Hoje ela é chefe de tratadores e gerente assistente do Santuário da Ilha Ngamba, que é um dos Santuários mais respeitados da África. Junto com a premiação entregue no dia 9 de dezembro passado, uma doação de cinco mil dólares foi dada ao Santuário, para ajudar em seu trabalho.
No momento da entrega do prêmio, Stany declarou: “Meu coração está com os chimpanzés. Eu me importo com eles como me importo com meus filhos. As pessoas estão matando chimpanzés na selva, os bebês estão sofrendo. Eles precisam de nossa ajuda. Se ela não existe, eles vão terminar como os rinocerontes de Uganda – desaparecidos, extintos, e agora estamos pagando um alto preço para tentar recuperá-los.”
Dr. Pedro A. Ynterian
Presidente, Projeto GAP Internacional
Empresa chilena investe em irrigação a partir da energia solar
Painéis solares podem incrementar a produção frutícola em regiões desérticas do Chile em até 60%, diz empresa
Objetivo é produzir frutas de mesa com eficiência em regiões cercadas pelo deserto
por Tradução Luciana Franco/globorural
O deserto do Atacama, no Norte do Chile é o lugar mais seco e com maior radiação solar do planeta. E é onde a Subsole, uma das principais exportadoras nacionais de frutas de mesa, planeja seu crescimento mediante o uso de energia solar e eficiência energética.
Com empréstimos de US$ 32 milhões e assistência técnica do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a companhia planeja incrementar sua produção frutícola em 60% durante os próximos 4 anos, principalmente expandindo o cultivo no vale do Copiapó, a 800 quilômetros ao norte de Santiago, cercado pelo deserto.
Para poder impulsionar a produção de maneira competitiva,a Subsole planeja construir una planta de energia solar de 300 quilowatts/hora no vale para abastecer seus sistemas de irrigação. A nova planta fotovoltaica, a primeira na história de um produtor de frutas chileno, permitirá à empresa fornecer água proveniente de aquíferos subterrâneos a um baixo custo e de maneira sustentável em una região onde se compete pela escassa eletricidade disponível com uma pujante indústria mineira.
“A planta solar nos permitirá reduzir as emissões de carbono e ao mesmo tempo, assegurar custos estáveis de energia e maior eficiência energética”, afirmou Miguel Allamand, presidente de Subsole, e fundador da empresa há 20 anos. A companhia está consciente da poderosa combinação de qualidade e sustentabilidade.
O investimento permitirá que a Subsole permaneça na vanguarda da produção de fruta de mesa no Chile. A empresa, com sede em Santiago, é conhecida por seu modelo de negócio inclusivo, onde os benefícios do desenvolvimento da companhia são divididos entre os produtores agrícolas.
“Os investimentos da Subsole melhorarão as práticas sustentáveis e terão um grande impacto em toda a cadeia de abastecimento; beneficiarão diretamente a 275 pequenos e médios produtores e gerarão mais de 10 mil postos de trabalho diretos e indiretos. No total, beneficiarão cerca de 82 mil pessoas em toda cadeia de abastecimento’’, afirma Paola Bazan, chefe da equipe de projeto do Departamento de Financiamento Estruturado e Corporativo do BID. “O investimento garantirá que as práticas corporativas sustentáveis e responsáveis continuem apoiando a inovação, que é central para a estratégia do setor privado do BID”.
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