quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Agricultura "inteligente" a nível energético para evitar a dependência dos combustíveis fósseis

Photo: ©FAO/Alberto Conti
A Malinese woman uses a low-cost, fuelwood-efficient mud stove to prepare a family meal.


"O desafio é dissociar os alimentos da oscilação e das altas dos preços dos combustíveis fósseis", afirmou FAO

O sistema global de alimentos deve diminuir a sua dependência dos combustíveis fósseis, a fim de alimentar a crescente população mundial, informou nesta terça-feira a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) em um relatório divulgado durante a conferência sobre mudança climática em Durban, na África do Sul. O setor de alimentos responde por aproximadamente 30% do consumo global de energia e produz mais de 20% das emissões de gases do efeito estufa no mundo, de acordo com o documento.

"Há uma preocupação justificável de que a atual dependência do setor de alimentos dos combustíveis fósseis pode restringir a sua capacidade para suprir as demandas globais...o desafio é dissociar os alimentos da oscilação e das altas dos preços dos combustíveis fósseis", revelou a FAO. A volatilidade dos combustíveis fósseis significa que os sistemas agroalimentares devem mudar para um modelo energético inteligente, segundo o relatório.

"O setor global de alimentos precisa aprender como usar a energia de maneira mais sensata. Em cada estágio da cadeia de abastecimento, as atuais práticas podem ser adaptadas para consumirem menos energia", afirmou o diretor-geral-adjunto da FAO para Meio Ambiente e Recursos Naturais, Alexander Mueller. A energia pode ser usada de modo mais eficiente a baixo ou nenhum custo para as práticas agrícolas existentes, disse Mueller.

Tais medidas incluem a utilização de máquinas eficientes no que se refere ao consumo de combustível, a aplicação de adubos compostos e fertilizantes de precisão, a adoção de práticas de plantio direto e o cultivo de variedades menos dependentes de insumos, de acordo com a organização. Após a fase de colheita, a melhora da infraestrutura, do isolamento das instalações de estocagem, bem como a redução de embalagens e do desperdício de alimentos também podem reduzir o uso de energia no setor, informou a FAO. 

As informações são da Dow Jones.

Veja o informe completo - Alimentos inteligentes a nível energético para gente e clima (Energy-Smart Food for People and Climate )
http://www.fao.org/docrep/014/i2454e/i2454e00.pdf