Consema aprova plano de manejo da Estação Ecológica de Bauru
Área passa a contar com critérios e definições de zoneamento, planos de gestão e regularização do uso público
O Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema) aprovou na terça-feira, 13, o Plano de Manejo da Estação Ecológica Sebastião Aleixo da Silva, no município de Bauru. A área passa a contar com critérios e definições de zoneamento, planos de gestão e regularização do uso público. Criada em 1987, a preservação da estação é de extrema importância para a região de Bauru, tanto pela sua rica biodiversidade quanto pela garantia de áreas verde, já que segundo o inventário florestal recentemente publicado pelo Instituto Florestal (IF) aponta que o município possui apenas 8,8% de cobertura vegetal natural.
O inventário do IF aponta ainda que apesar da estabilidade no índice de desmatamento no Estado de São Paulo, a região administrativa de Bauru foi a terceira em perda de vegetação natural, cerca de 10,38% nos últimos dez anos. "Por essas razões, foi imprescindível a elaboração do Plano de Manejo da Estação Ecológica de Bauru", explicou a bióloga e pesquisadora do Instituto Florestal, Teresa Toniato. Segundo ela, o plano de manejo tem o objetivo de preservar os processos ecológicos que asseguram não só o equilíbrio desses ecossistemas, mas também a sua recuperação e proteger os recursos hídricos - empreendendo ações voltadas à contenção de processos erosivos desencadeados pelo uso inadequado das terras nas propriedades vizinhas.
Programas de manejo
Conforme o Decreto 26.890, de 1987, a Estação Ecológica de Bauru foi criada com a finalidade de proteção ao ambiente natural, realização de pesquisas básicas e aplicadas e desenvolvimento de programa de educação conservacionista. No Plano de Manejo estão previstos a proteção dos recursos naturais, dentre elas, a prevenção de incêndios, proteção à fauna silvestre e a recuperação de áreas degradadas.
A implantação de um Programa de Educação Ambiental, na Unidade de Conservação ficará condicionada à instalação de uma infraestrutura mínima de apoio à visitação científica e cursos de nível superior e capacitação para funcionários. Estão previstos ainda, estudos e pesquisas no campo do conhecimento do ecossistema natural, recuperação de áreas alteradas, biologia e manejo de animais silvestres.
A integração com a comunidade do entorno, a administração e manutenção da UC também estão previstas no Plano, que foi elaborado pelas equipes da coordenação geral do IF: Eliana Maria Rangel de Almeida, Maria Teresa Toniato e Giselda Durigan.
Estação Ecológica de Bauru
A Estação Ecológica Sebastião Aleixo da Silva, também conhecida como Estação Ecológica de Bauru, está localizada em Tibiriçá, distrito do município de Bauru, que se insere na área gerida pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Tietê-Batalha. A Estação preserva uma amostra da Mata Atlântica, a única em uma região devastada, em conseqüência da ocupação agropecuária.
No entanto, esse município possui a quase a totalidade de seu território em Áreas de Proteção Ambiental - APA's (APA Estadual e APA Municipal do Rio Batalha e APA Municipal do Ribeirão Água Parada). Assim, a Unidade de Conservação de Bauru é extremamente importante para a educação, voltada às disciplinas que tratam das ciências da natureza, sendo um espaço valioso para a transmissão dos conhecimentos sobre os recursos naturais e sua conservação, através de um programa de Educação Ambiental que possa atender a diferentes públicos.
Ainda, por sua condição de fragmento florestal pequeno e isolado, a UC oferece condições ideais para experimentação, visando à restauração florestal, formação de corredores biológicos e contenção de efeitos de borda. Todos os serviços e infraestrutura que atendem à unidade, desde a sua criação, são da Estação Experimental de Bauru, ligada ao IF, e está subordinada à Diretoria Geral do IF. Atualmente a administração é compartilhada com a Fundação Florestal - FF, também da SMA.
Da Secretaria do Meio Ambiente