com informações da RTP notícias
As novas reservas irão abranger 3,1 milhões de quilómetros quadrados ou mais de um terço das águas australianas.
As novas reservas irão abranger 3,1 milhões de quilómetros quadrados ou mais de um terço das águas australianas.
Este anúncio surge depois de anos de planejamento e consulta e antes do arranque da conferência Rio+20 sobre Desenvolvimento Sustentável, que terá lugar na próxima semana no Brasil.
"É tempo de o mundo dar um passo em frente no que se refere à proteção dos nossos oceanos e a Austrália lidera hoje esse próximo passo", afirmou o ministro australiano do Ambiente, Tony Burke, durante os preparativos para a conferência Rio+20.
Burke explicou que "esta nova rede de reservas marinhas vai ajudar a garantir que o ambiente marinho diversificado da Austrália, e a vida que ele suporta, se mantêm saudáveis, produtivos e resistentes para as gerações futuras".
A rede vai aumentar o número de reservas de 27 para 60, expandindo a proteção de criaturas como a baleia azul, a tartaruga verde, tubarão-enfermeiro e o dugongo.
Apesar de serem impostos alguns limites às empresas energéticas, algumas áreas da costa oeste da Austrália continuarão a estar abertas à exploração de petróleo e gás.
A pesca comercial será, porém, bastante afetada e alguns negócios deverão receber do Governo milhões de dólares de compensações pelas novas restrições à sua atividade.
"Nos próximos meses, o Governo vai consultar a indústria pesqueira e as agências de gestão das pescas sobre o desenvolvimento e implementação de um pacote de ajuda ao setor", garantiu o ministro australiano do Ambiente.
As novas reservas marinhas da Austrália deverão ser oficialmente anunciadas antes do final do ano, depois de um período de consulta de 60 dias.