Campus de Ribeirão ganha reserva florestal de 98 hectares
Área destruída pelo fogo em 2011 é assunto em evento que reúne Brasil e Espanha
Um evento vai mobilizar estudantes e pesquisadores da USP que estudam temas relacionados ao meio ambiente, especialmente florestas e reservas ecológicas. Trata-se do “Workshop Binacional - Restauração em Ecossistemas Savânicos e Florestais: Princípios e Práticas” que contará com visitas monitoradas nos câmpus de São Paulo, Pirassununga e Ribeirão de 28 de junho a 5 de julho.
O destaque da programação científica fica por conta de convidados da Universidade de Barcelona para conferências internacionais. O workshop é uma promoção da Superintendência de Gestão Ambiental da USP.
Florestas da USP são “reservas ecológicas legais”
Mais de 11 milhões de metros quadrados de áreas verdes, localizadas nos câmpus da USP em São Paulo, Pirassununga, São Carlos, Lorena, Ribeirão Preto e Piracicaba, foram declarados como reservas ecológicas. A portaria nº 5.648, de 5 de junho de 2012, assinada pelo reitor João Grandino Rodas, declara “em caráter de preservação permanente e destinadas apenas à conservação, restauração, pesquisa, extensão e ao ensino, as áreas situadas nos campi da Universidade de São Paulo, denominadas Reservas Ecológicas da USP”.
A maioria das recentemente declaradas reservas ecológicas é composta por fragmentos de florestas e cerrados, que ainda mantêm integridade estrutural e funcional. Há áreas que se encontram menos preservadas e que serão objeto de trabalhos de restauração, como, por exemplo, a floresta de Ribeirão Preto que, em 2011, teve grande parte de sua extensão afetada por um incêndio.
Ao todo, serão 1.116 hectares referentes a 23 áreas localizadas nos seis campi: duas na Cidade Universitária “Armando de Salles Oliveira”, na capital, em um total de dois hectares; 13 no campus de Pirassununga, perfazendo 800 hectares; três em São Carlos, somando 35 hectares; uma em Lorena, com seis hectares; duas em Ribeirão Preto, com 98 hectares; e duas no campus de Piracicaba, totalizando 22 hectares que, além dessas duas áreas, têm incluídas as áreas de reserva legal e de preservação permanente já existentes, perfazendo 153 hectares.
O montante de áreas declaradas como reservas ecológicas nos campi representa iniciativa inédita da Universidade nos últimos quarenta anos. A única vez que uma área foi declarada como reserva na USP foi na década de 70. O local fica próximo ao Instituto de Biociências (IB), na Cidade Universitária, de São Paulo, e tem extensão de 10,2 hectares. A condição de reserva propiciou grande número de pesquisas, aulas de campo e, hoje, passa por processo de recuperação natural da floresta, que se encontrava parcialmente degradada.
Visita à reserva de Ribeirão Preto
No dia 5 de julho, os integrantes do workshop fazem visita ao campus de Ribeirão Preto, onde assistirão palestra da bióloga Elenice Mouro Varanda, professora da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP. Ela fala sobre “experiências de restauração ecológica para a área de Ribeirão Preto”, seguida de visita à floresta restaurada do campus.
Por : Ferraz Jr. e Ass.Imprensa da Reitoria
