quarta-feira, 20 de junho de 2012

Vencedores do Blue Planet Prize são anunciados



Thomas Lovejoy (Estados Unidos), William Rees (Canadá) e Mathis Wackernagel (Suíça) receberam, durante a RIO+20, o "Nobel do Meio Ambiente" (divulgação)


Agência FAPESP
O Blue Planet Prize de 2012 – considerado o “Nobel do Meio Ambiente” – foi concedido aos cientistas Thomas Lovejoy, da Universidade George Mason (Estados Unidos), William Rees, da Universidade de British Columbia (Canadá), e Mathis Wackernagel, da Global Footprint Network (Suíça).
Os vencedores foram anunciados no domingo (17/06) no Rio de Janeiro, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (RIO+20).
Lovejoy é biólogo, consultor-chefe de biodiversidade para o presidente do Banco Mundial, conselheiro sênior do presidente da Fundação das Nações Unidas e presidente do Centro Heinz para Ciência, Economia e Meio Ambiente. É professor da Universidade de Ciência Ambiental e Política na Universidade George Mason e presidente do Instituto Yale para Estudos da Biosfera, nos Estados Unidos.


Foi o responsável pela introdução do termo “diversidade biológica” na comunidade científica. Tem trabalhado na Amazônia brasileira desde 1965. Dirigiu o programa de conservação da World Wildlife Fund e foi secretário assistente para Assuntos Ambientais e Externos do Smithsonian Institution. No dia 16, Lovejoy recebeu também o Prêmio Muriqui.
Rees e Wackernagel são responsáveis por cunhar o conceito de pegada ecológica, uma ferramenta que mostra o impacto do consumo humano sobre os recursos naturais do planeta.
O prêmio é concedido pela fundação japonesa Asahi Glass Foundation desde 1992 – por ocasião da realização no Rio de Janeiro da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, mais conhecida como ECO-92.
Entre as personalidades laureadas com o prêmio, cujo nome é inspirado na máxima “a Terra é azul”, cunhada pelo cosmonauta russo Yuri Gagarin (1934-1968) após viajar pelo espaço, em 1961, está Gro Harlem Brundtland.
Brundtland presidiu no início da década de 1980, quando era primeira-ministra da Noruega, a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e coordenou a realização do documento nomeado Nosso futuro comum, publicado em 1987 e mais conhecido como Relatório Brundtland, que popularizou a expressão “desenvolvimento sustentável”.
O prêmio também foi concedido em 2008 a José Goldemberg, professor do Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo (USP), que era secretário do Meio Ambiente do Brasil durante a ECO-92.