ESCOLAS TEM DEZ ANOS PARA ADOTAR PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS
A Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que se realiza neste mês de junho, tem mobilizado não só chefes de Estado e ativistas de todo o mundo. Os professores da rede pública da cidade do Rio de Janeiro também se mobilizam para desenvolver, junto aos alunos, trabalhos pedagógicos voltados à construção de hábitos e valores que contribuam com a sustentabilidade do planeta. Para orientar essas ações, a Secretaria Municipal de Educação (SME) elaborou a Carta de Princípios Escolares para um Mundo Sustentável, que propõe inúmeras práticas a serem incorporadas pelas escolas nos próximos dez anos.
Os 20 princípios da Carta giram em torno de recomendações que devem ser perseguidas por cada unidade escolar: da formulação teórica do Projeto Político Pedagógico da escola a propostas concretas de redução do desperdício e reutilização dos materiais. Entre vários outros princípios, o documento propõe, ainda, que as escolas busquem parcerias com universidades e instituições públicas, privadas e do terceiro setor, a fim de colocar em prática ações voltadas à sustentabilidade.
A inserção da pauta do desenvolvimento sustentável nas escolas municipais tem sido intermediada por vários setores da SME. O Grupo de Trabalho de Educação Ambiental, por exemplo, apresenta, na Feira de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia da Rio+20 (FEMACTRio+20), um grande painel coletivo de fotos e desenhos que representam os trabalhos que já vêm sendo feitos nas escolas municipais. Segundo o responsável pela realização da Feira, Douglas Falcão, o objetivo da FEMACTRio+20 é o de incentivar os jovens a se colocarem no papel de protagonistas diante das questões contemporâneas relacionadas ao meio ambiente e a ciência e tecnologia. A FEMACTRio+20 reúne cerca de 120 trabalhos de alunos do Ensino Fundamental e Médio das escolas públicas e particulares do estado do Rio de Janeiro.
Capilaridade
Para as ações e recomendações da SME chegarem às salas de aula, as Coordenadorias Regionais de Educação (CREs) realizaram várias reuniões com as escolas. Cada uma elaborou o seu próprio projeto e, após a aprovação da proposta pela CRE, os professores colocaram a mão na massa. Por exemplo, a Escola Municipal Marechal Canrobert Costa, por exemplo, localizada em Jacarepaguá, apresentou um projeto de debate a partir do Tratado de Educação Ambiental, que foi elaborado durante a Conferência Rio92, mas que e está sendo revisto pela Cúpula dos Povos – a conferência paralela da Rio+20, que reúne organizações da sociedade civil de todo o mundo.
A professora Jaqueline Guerreiro, responsável pela Sala de Leitura da E. M. Mal. Canrobert Costa e uma das articuladoras da Rede Brasileira de Educação Ambiental na Cúpula dos Povos, explicou que o debate com os alunos foi, primeiramente, feito em um blog desenvolvido pelo Laboratório de Informática da escola. O blog apresentou a 2ª Jornada Internacional de Educação Ambiental, que está sendo realizada pela Cúpula dos Povos, e abriu a discussão sobre o assunto. “Escolhemos os alunos do Grêmio Escolar para ler o Tratado de Educação Ambiental. A ideia é que eles sejam os multiplicadores dos conteúdos do Tratado junto aos alunos e à comunidade escolar”, explicou Jaqueline.
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COM INFORMAÇÕES DO MULTIRIO.RIO.RJ.GOV.BR