Muitas dúvidas e expectativas cercam a realização da Rio+20, a conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável que será realizada este mês na capital fluminense. No entanto, uma coisa é certa: o mundo espera do Brasil uma postura de liderança nas discussões sobre a transição para uma economia verde. Mas será que o anfitrião do evento tem feito por merecer tamanha responsabilidade?
Para responder essa questão, a revista Unesp Ciência (confira a edição completa) investigou as iniciativas brasileiras em relação a temas que estão na base da economia verde e do desenvolvimento sustentável, tais como a proteção e aproveitamento econômico da biodiversidade, a redução das emissões de gases estufa, a adoção de alternativas renováveis de energia e de um modelo sustentável de agricultura e pecuária.
A reportagem faz um balanço da situação e mostra o quanto o país ainda precisa amadurecer para que sua economia consiga receber o selo verde. Especialistas de diversas áreas discutem dados e chamam a atenção para os avanços, as contradições, os impasses e as escolhas difíceis que já estão ou devem aparecer no caminho.
Não existe uma receita para a economia verde. Por isso, enquanto tenta encontrar seu rumo, “o Brasil precisa escolher o que quer ser: protagonista, coadjuvante ou atropelado pelos outros”, afirma a pesquisadora da UFRJ Suzana Kahn, que está à frente da Subsecretaria de Economia Verde do Estado do Rio de Janeiro.
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Assessoria de Comunicação e Imprensa