quarta-feira, 7 de julho de 2010

A VOLTA

ESTA COPA NÃO PERDEMOS



Durante quase quatro anos, às vezes por mais de doze horas por dia estivemos pesquisando, organizando e escrevendo matérias que transmitissem ao leitor noções de civilidade, cidadania e até de cultura.

É claro que a critica ácida sempre esteve presente, o que nem sempre é entendido, mas deve-se lembrar que líderes de qualquer estirpe ouvem as opiniões que lhe são contrárias, para chegar ao equilíbrio de suas ações.



Pensamos ter atingido nossos propósitos e quem pode isto melhor avaliar são nossos leitores.



Folga-nos, no entanto ler no jornal “Folha de São Paulo”, de domingo 06/07/10 que o presidente Lula contradizendo o que foi por nós dito há um mês atrás, avalia que o presidente americano Barack Obama não “puxara-lhe o tapete” no fiasco do acordo Brasil/Turquia/Irã.



A afirmação do presidente, deve ser sincera e a falha deve ser debitada a Marco Aurélio Garcia, ao próprio Chanceler Amorim ou a um outro assessor imediato. O que não contradiz a afirmativa desta COLUNA.



Se Obama considerava o presidente “o cara”, um líder emergente a ser respeitado no conceito mundial, se não pessoalmente, teria recomendado a um funcionário de qualquer escalão para que alertasse o presidente do Brasil, sobre os riscos de atitudes mal elaboradas. Se não o fez, apenas sinalizou em seguida, que nas altas esferas do poder mundial imperam regras que estão muito acima de banais elogios piegas, que a imprensa oficiosa explorou à larga.



Este foi apenas um pequeno exemplo de como nossas opiniões sempre foram ouvidas no próprio círculo do poder. Houve muitas outras, que se perderam na memória, mas como elogio em boca própria é vitupério, deixamos a cargo do leitor esta análise.



Quem mais ganhou com isso, obviamente foram os que nos acompanharam, que tiveram em mãos informações, que não transitam pela mídia diária e que nas quais pôde depositar sua valiosa confiança.



Pela primeira vez durante todo esse tempo estivemos ausentes deste contato quase que diário e a todos que demonstraram a sua apreensão pelos nossos destinos, com a força que buscamos no fundo da alma dizemos – nossa luta continua, nossa estrela teve seu brilho momentaneamente esmaecido, mas não se apagou. E quando chegar a hora do findar, que é inexorável, pedimos para que olhem para o firmamento e certamente ao lado de estrelas enormes, de brilho candente, como a de Saramago, que nestes dias se foi, verá a nossa, que embora menor e não tanto luzente, jamais se apagará.



Obrigado a todo pelo conforto que suas palavras nos trouxeram.

Luiz Bosco Sardinha Machado, 07/07/2.010