sábado, 14 de agosto de 2010

LA NINÃ - O DESCONTROLE DO CLIMA

Fenômeno La Ninã provoca chuvas no Nordeste e secas no Sul do Brasil







O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) aponta que o fenômeno climático La Niña vai resultar em chuvas acima da média no Nordeste brasileiro e seca no Sul do país. Além dessas consequências, o instituto relaciona as baixas temperaturas de inverno registradas este ano nos estados do Sul do Brasil ao surgimento do fenômeno.


O chefe da divisão de pesquisas aplicadas do Inmet, Expedito Rebello, afirma que o La Niña não vai alterar totalmente os fatores climáticos no Brasil. O especialista explica que o fenômeno já ocorreu várias vezes e que não há motivos para alarde.

"É um fenômeno natural, que é responsável pelo esfriamento das águas do Oceano Pacífico. Ele modifica o clima em determinado período. Temos registros do seu aparecimento desde 1886. O fenômeno pode ser benéfico para alguns lugares e ruim para outros."

Segundo o especialista, o La Niña tem efeito oposto ao El Niño. Enquanto o primeiro esfria as águas do Pacífico, o segundo aquece. "Essa mudança de fenômenos altera as correntes na atmosfera. E essas são responsáveis por, em anos de La Niña, chover mais no Nordeste e menos no Sul e em anos de El Niño ocorrer o contrário."

De acordo com o Inmet, o La Niña tem duração de nove a doze meses e causa mudanças de 1 grau Celsius (ºC) a no máximo 4ºC na temperatura das águas no Pacífico.

"Vale ressaltar, que o efeito do La Niña é global, não só no Brasil. Casos de enchentes no Paquistão, calor na Europa, por exemplo, também têm relação com o fenômeno", disse Expedito.

De acordo com o Inmet, a última ocorrência do La Niña foi entre os anos de 2007 e 2008.
Fonte: Agência Brasil