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O pesquisador da UFSC Paulo Manso desenvolveu um equipamento que evita o desperdício de água no processo de destilação. O Watersave pode ser usado por universidades, fabricantes de baterias, farmácias de manipulação e homeopatia, laboratórios de análises, indústrias químicas e farmacêuticas, entre outros estabelecimentos que utilizam destiladores em suas atividades.
Integrante dos grupos de pesquisa do Núcleo de Estudos do Mar (Nemar/Centro de Ciências Biológicas) e do Laboratório de Sistemas Nanoestruturados (LabSiN/Centro de Ciências Físicas e Matemáticas), Manso conta que o Watersave, como projeto piloto, foi criado em 2006.
Integrante dos grupos de pesquisa do Núcleo de Estudos do Mar (Nemar/Centro de Ciências Biológicas) e do Laboratório de Sistemas Nanoestruturados (LabSiN/Centro de Ciências Físicas e Matemáticas), Manso conta que o Watersave, como projeto piloto, foi criado em 2006.
Até 2010 o protótipo ficou em testes e, em parceria com a empresa privada de soluções em microbiologia Kit Labor, foi solicitada pesquisa para patenteamento. Esse levantamento mostrou que não existe tecnologia similar no Brasil ou em outros países. Feito o depósito da patente, e após o período legal e regulamentar de sigilo, o Watersave está pronto para entrar no mercado. Um aparelho está instalado e em funcionamento no Núcleo de Estudos do Mar.
Benefícios
O desperdício de água em cada destilador pode chegar a 300 litros por hora (cada aparelho funcionando 24 horas joga no ralo cerca de 7.200 litros de água por dia). Como comparação, uma família com quatro pessoas consome aproximadamente 800 litros de água no mesmo período.
Segundo Manso, os benefícios com a economia de água amortizam o investimento para instalação do Watersave.“O preço se paga também com os benefícios. Além de economizar água, o Watersave elimina custos ambientais associados ao processo de destilação, o usuário se apropria do marketing ambiental e responsabilidade social”. Ele destaca também que o equipamento possui baixo consumo de energético (300 a 500W, dependendo do modelo).
Manso explica que já foram desenvolvidos novos modelos, que se adaptam às necessidades de diferentes regiões, levando em conta as condições climáticas do País. O fabricante também está estudando a viabilidade da implantação de placas solares ao equipamento, o que permitiria a redução total do consumo energético do produto. “A ideia é oferecer o serviço adicional às empresas e deixar a escolha a critério de cada uma”, completa o pesquisador.
Entenda como funciona
No processo convencional, o destilador aproveita uma ínfima parte de todo volume de água que circula pelo seu sistema. E a água não aproveitada é desprezada com uma temperatura muito alta. O Watersave capta a água que seria desprezada, processa em um sistema de troca térmica que a resfria e a devolve ao processo de destilação.
O produto também elimina as instabilidades de vazão e pressão da água da rede de abastecimento, otimizando o processo. Além disso, se houver falta de água de abastecimento, o Watersave desliga automaticamente todo o sistema de purificação, o que dispensa a observação de um operador e possibilita seu funcionamento 24 horas.
Mais informações: www.watersave.com.br
Nayara Batschke / Bolsista da Agecom / UFSC
Ilustração: Vitor Medeiros Muniz / Bolsista do Curso de Design na Agecom/UFSC.