Para utilização do dispositivo, o box deve ter sua estrutura totalmente fechada (Foto: Divulgação)
da Secretaria de Comunicação da UFJF
Com o intuito de colaborar para o uso sustentável dos recursos naturais, o Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) começou os testes para a implementação de um dispositivo que visa reduzir o consumo de energia em um banho de chuveiro elétrico.
Desenvolvido pelo professor Marco Aurélio Cunha Alves, o projeto parte do fundamento de que, com o aquecimento do ar ambiente, a temperatura da água para um banho confortável é menor, demandando menor gasto de energia com o aparelho.
Como o aquecimento do ar ambiente requer menos energia, o balanço energético final seria positivo para o meio ambiente, além de trazer economia financeira significativa ao consumidor. “Em uma residência pequena com quatro moradores, o chuveiro elétrico pode responder por até 45% do consumo de energia durante os meses mais frios e por cerca de 30% num período mais quente do ano” detalha Alves.
Como o aquecimento do ar ambiente requer menos energia, o balanço energético final seria positivo para o meio ambiente, além de trazer economia financeira significativa ao consumidor. “Em uma residência pequena com quatro moradores, o chuveiro elétrico pode responder por até 45% do consumo de energia durante os meses mais frios e por cerca de 30% num período mais quente do ano” detalha Alves.
As instalações de ensaios para realização da pesquisa consistem de um box totalmente fechado onde será levantado dados da temperatura do ar ambiente em relação a temperatura da água para um banho confortável. Alunos voluntários participam da pesquisa e tão logo os dados sejam coletados, será construído um novo box totalmente fechado, onde já estará incluso o chuveiro e um sistema de aquecimento do ar, que deverá ter a estrutura semelhante a de um secador de cabelo. Este aquecedor seria acionado somente por um minuto, devendo ser ligado antes do início do banho. “Além do pouco tempo de uso, o dispositivo também tem a vantagem de manter o ambiente aquecido mesmo após o chuveiro ser desligado, aumentando o conforto do usuário ao se trocar” explica o professor.
Segundo ele, já foi depositado o pedido de patente do produto e agora procura-se parcerias para o desenvolvimento do primeiro modelo. “Já entramos em contato com uma grande indústria nacional de chuveiros, que demonstrou interesse no projeto, e também uma fábrica de boxes da cidade, que deseja desenvolver o equipamento para o experimento.” A ideia é que o dispositivo seja construído usando materiais populares e de custo reduzido tornando o produto final “possível de ser comercializado a um preço acessível para toda a população”.
Na ponta do lápis
Segundo o professor, durante um banho de dez minutos – média de duração do banho brasileiro, segundo pesquisa da Eletrobras – são consumidos em média 0,515 kWh (verão) e 0,75 Kwh (inverno). “Neste cálculo levamos em consideração as características de um modelo simples de uma marca popular de chuveiros, com potência máxima de 4.500 watts e potência econômica de três mil watts” explica. Com o dispositvo espera-se que os chuveiros possam operar na potência econômica (verão) mesmo nos dias mais frios, o que geraria uma economia de 30% neste período. Essa economia de energia poderia alimentar uma geladeira simples em um mês (ver quadro).
Laís Morais – estudante de Comunicação Social
Os textos são editados por jornalistas da Secretaria de Comunicação
