Que tal aproveitar as férias de julho para visitar um lugar que oferece contato com a natureza e ainda proporciona conhecimento sobre a fauna e flora da Amazônia?
Agência Museu Goeldi
Localizado no centro da cidade, o Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi, próximo de completar 117 anos de existência, é um marco na paisagem da cidade de Belém. O Parque funciona como acolhedor local de encontro com a Ciência, a História e a Natureza, atraindo visitantes do Brasil e do exterior. O espaço proporciona o contato com exemplares da fauna e flora amazônicas, monumentos históricos e diversas espécies ameaçadas de extinção.
Exposições com exemplares dos acervos da instituição de pesquisa mais antiga da Amazônia, são outras atrações que estimulam os visitantes.
Exposições com exemplares dos acervos da instituição de pesquisa mais antiga da Amazônia, são outras atrações que estimulam os visitantes.
Áreas verdes como o Parque do Museu Goeldi representam um refrigério para a vida urbana. Melhoram a qualidade do clima e do ar do entorno, já que a presença da vegetação ameniza o calor. Trata-se de uma área tranquila, excelente para fugir da correria do dia-a-dia. O contato com a natureza ameniza os ruídos urbanos e ajuda a perceberem sons agradáveis ao seu redor.
O Parque Zoobotânico (PZB) do Museu Goeldi, com mais de cinco hectares de área, não é apenas um local onde o público visitante pode desfrutar de uma sensação agradável de bem-estar, mas tem a importante missão de sensibilizar a sociedade para a necessidade de preservação do meio ambiente. Um contato próximo com animais e plantas da região ajuda nessa missão.
Nova moradora- Para além de um espaço de lazer, o Zoobotânico é um centro de tratamento e berçário para animais que, devido às ameaças que sofrem, têm suas chances reduzidas em um ambiente natural. Recentemente o Parque do Goeldi ganhou uma nova moradora. É um filhote de onça-preta (Panthera onca), com cerca de 4 meses de idade, pesando entre 6,5 a 7,0 kg. Ela foi resgatada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em Cametá, e trazida ao Museu para receber cuidados médicos até que esteja pronta para receber a visita do público. A Panthera onca é uma das espécies ameaçadas de extinção.
O trabalho de cuidar de animais que sofreram algum tipo de lesão, ou que foram submetidos a situações de risco, é uma das vertentes do atendimento do setor de veterinária do Parque. Ocasionalmente, quando dispõe de espaço, a instituição recebe animais resgatados em operações do Ibama ou da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). No Parque, eles recebem os cuidados necessários até que estejam bem de saúde. A possibilidade de serem vistos pelo público visitante do Museu Goeldi depende se o animal tratado será incorporado ao plantel permanente – e para isto aconteça deve ser verificado se há espaço condizente, e se o animal é uma espécie regional rara, ameaçada de extinção, ou se há necessidade de formar casais com outros bichos que já moram no Parque. Caso contrário, a instituição fica com a guarda temporária até que o Ibama possa destiná-lo a algum criadouro ou outro parque zoológico.
Dessa maneira, o PZB é reconhecido por trabalhar em prol da conservação das espécies amazônicas, e cumprir um papel educativo e científico. A diversidade da fauna e da flora encontrada no Parque serve de inspiração para trabalhos de estudantes, pesquisadores e a imprensa local e internacional.
Os bastidores do Museu – Além dos espaços ao ar livre, o visitante também tem a opção de visitar a exposição “O Museu que você não conhece”, situada no prédio da Rocinha. A exposição apresenta alguns detalhes sobre os bastidores do Museu Goeldi, que trabalhos são realizados diariamente por servidores, bolsistas,estagiários e colaboradores para que o público se sinta acolhido e faça da visita um momento de lazer e aprendizagem.
No trajeto expositivo, o visitante irá conhecer, por exemplo, o minucioso trabalho dos taxidermistas, especialistas que tratam da montagem ou reprodução de animais para exibição ou estudo, preservando a forma da pele e o tamanho dos animais. Além de ver filmes e painéis que abordam os cuidados com a flora e fauna e algumas das pesquisas desenvolvidas pelo Museu Goeldi que possibilitam conhecer mais a natureza amazônica.
História - Tombado como Patrimônio Histórico Nacional e Estadual, o Parque Zoobotânico do Museu Paraense foi criado em 1895 pelo naturalista suíço Emílio Goeldi. Possui hoje cerca de duas mil espécies vegetais e mil representantes de animais amazônicos. Dentre as espécies botânicas do espaço, destacam-se as árvores de grande porte, como a samaumeira e o ipê, mas também as espécies ameaçadas de extinção, como o mogno.
Já na coleção faunística, destacam-se as espécies em extinção em cativeiro, como a arara-azul, a onça e a ariranha, além dos muito conhecidos e procurados jacaré-açú e os macacos Coatá e Mico-de-cheiro. Mas, a fauna livre também é um grande atrativo para os visitantes e um diferencial do Parque. Nele, cotias, garças, guarás, preguiças, além das iguanas, que convivem livremente com os visitantes.
Com mais de um século de existência, o Parque do Museu Goeldi está sendo revitalizado. A proposta prevê a busca por uma contínua integração que valorize as relações entre planta-animal, com melhores ambientações para os animais. A ação de revitalização do Parque inclui ampliação das áreas verdes, a valorização da fauna e da flora, de prédios e monumentos históricos.
Serviço:Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi- End: Av. Magalhães Barata, 376. Horário de funcionamento: terça a domingo, das 9 às 17 horas. A exposição o Museu que você não conhece, em cartaz até dezembro de 2012, possui horário de funcionamento diferenciado aos sábados, domingos e feriados: das 9h às 15 h. Valor do ingresso: R$2,00. Crianças até 10 anos e adultos a partir de 60 anos têm acesso livre. Estudante, mediante a apresentação da carteira, paga R$1,00.
Texto: Isis Cordovil